segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

(Diálogos Lusófonos) Alcácer Ceguer, a cidade redonda

Alcácer Ceguer, a cidade redonda


O arco da Couraça de Alcácer Ceguer
A história de Alcácer Ceguer encontra-se intimamente ligada ao Estreito de Gibraltar e à travessia entre as suas margens. Assim foi no período do Al-Andalus, servindo de base para o embarque dos exércitos muçulmanos durante as várias ofensivas na Península, como durante o período das praças-fortes portuguesas, assegurando uma continuidade do domínio da navegação ao longo da costa marroquina, uma espécie de vigia de alerta à actividade do “corso da barbária”.
Apesar disso, Alcácer Ceguer nunca assegurou o domínio territorial terrestre português na margem Sul do Estreito, apesar da sua reduzida distância a Ceuta e Tânger, devido à irregularidade do terreno e à luta constante que as tribos da região e o poder do Reino de Fez impuseram. À semelhança de todas as outras praças-fortes, Alcácer foi um reduto fechado ao território envolvente, abrindo-se apenas para o mar, tenda na sua Couraça o elemento prático e simbólico dessa abertura.
Abandonada após a evacuação portuguesa, a cidadela degradou-se e tornou-se num sítio arqueológico. Desde há alguns anos que começou a ser escavada e estudada e hoje os seus principais vestígios encontram-se em recuperação e valorização, permitindo uma visita esclarecedora daquilo que foi o “castelo da travessia” durante o período da ocupação portuguesa.
O Estreito de Gibraltar, vendo-se ao centro o Rochedo de Gibraltar, “Jebel Tarik” ou Montanha de Tarik
Antes do século X existia no local um ribat que conheceu várias designações, como Kasr Sad (nome de uma surat do Alcorão), Marsa Bab Al-Yem (Porto da Porta do Mar), Marsa Al-Yem (Porto do Mar), Bab al Kasr (Porta do Castelo), Madinat Al-Yem (Cidade do Mar) e Al-Kasr Al-Awel (O Primeiro Castelo). Estas designações reflectem bem a vocação marítima do castelo. Aliás, as pequenas baías e praias situadas entre Ceuta e Tânger cumpriram um papel fundamental na logística de travessia do Estreito por Tarik Ibn Zyad e Mussa Ibn Nussayr em 711 e 712. Posteriormente, Alcácer Ceguer seria o ponto de travessia para as invasões Almorávida e Almóada, tendo as tropas de Yussuf Ibn Tachfin utilizado o local em 1088 e as de Abdel Moumen em 1195. (EL BOUDJAY, 2017, entrevista citada)
No período Almóada o castelo chama-se Qasr Masmuda, nome de uma das principais confederações de tribos Berberes de Marrocos. O geógrafo Al-Idrisi, na sua Geografia do Ocidente, fala assim do Estreito de Gibraltar e da localização do Qasr Masmuda:
“O comprimento deste estreito conhecido pelo nome de Zuqâq (“a ruela”) é de doze milhas. Na sua extremidade oriental, vemos a cidade de Algeciras (Al-Jazîrat Al-Khadrâ, “A Ilha Verde”) e do lado ocidental a de Tarifa (Jazîra Tarîf, “Ilha de Tarîf”), em face da qual, na margem oposta, está situado Qasr Masmûda (…) Entre Tarîfa e Qasr Masmûda, a distância é de doze milhas.” (AL-IDRISI, 1999, pág. 247)
Nesse período o castelo já se encontrava associado a uma estrutura urbana muralhada, como Al-Idrisi comenta:
“Contam-se doze milhas de Ceuta a Qasr Masmûda para ocidente. É um grande burgo fortificado à beira do mar. Constroem-se aí navios e barcos destinados à navegação para o Al-Andalus. Está situado no estreito, no ponto mais próximo das cidades do Al-Andalus. De Qasr Masmûda a Tanger, contam-se vinte milhas, para ocidente.” (AL-IDRISI, 1999, pág. 249)
O Castelo de Alcácer Ceguer
Al-Hassan Al-Wazzan Al-Fassi, conhecido como Leão “o Africano”, afirma na sua obra “Descrição de Africa” a propósito de Alcácer:
“Esta pequena cidade foi edificada sobre o mar Oceano, distante de Tânger aproximadamente doze milhas, e dezoito de Ceuta, por Mansour, rei de Marrocos, o qual passando todos os anos a Granada, encontrava uma certa passagem entre algumas montanhas por onde se vai ao mar, que é difícil de passar; pelo que, construiu esta cidade numa bela planície, que descobre toda a costa de Granada, e que está à ao alcance desta. A cidade é fortemente defendida, os seus habitantes são quase todos marinheiros, fazendo frequentemente a viagem entre a Barbária e a Europa. Outros são tecelões de teares, muitos são ricos mercadores e gente corajosa. O rei de Portugal tomou-a de assalto, e o rei de Fez tentou, várias vezes, reavê-la por todos os meios que pode: mas trabalhou em vão, no ano de 863 da Hegira (1458 d.C.)” (LÉON AFRICAIN, 1896, pág. 247-248)
Marmol y Carvajal descreve-a desta forma:
“É uma pequena cidade construída por Yacub Almansor sobre a costa do Oceano, quase a meio caminho de Ceuta e de Tânger, no local mais apertado do estreito, que está apenas a cinco milhas de trajecto frente a Tarif. Este príncipe sendo tão guerreiro que vinha quase todos os anos fazer guerra em Espanha, e porque o caminho até Ceuta onde ele embarcava normalmente era incómodo para a passagem de um exército, construiu esta cidade num lugar mais cómodo que está apenas a três léguas da costa de Espanha, num lugar mais vantajoso do estreito, onde existe um bom porto para os navios. Enviou de lá o seu exército e os seus navios com menos perigo que de Ceuta, e chamou-lhe Alcácer Ceguer ou Pequeno Palácio, porque inicialmente construiu apenas um pequeno alojamento em comparação com Alcácer Quibir e outros. Mas em pouco tempo mandou construir várias casas e mesquitas, e encheu-a de uma grande quantidade de mercadores, artesãos e gente do mar.” (MARMOL y CARVAJAL, 1667, pág. 233)
Alcácer Ceguer pré-portuguesa. Fonte Jorge Correia e Charles Redman
As muralhas actuais terão a sua origem no período Merinida, durante o qual o castelo toma o nome de Kasr El Majaz e Kasr El Jawaz, ou Castelo da Travessia ou da Passagem.
Segundo Abdelatif El Boudjay, arqueólogo conservador do local, Alcácer Ceguer “não era uma grande cidade. Foi construída com base num projecto urbano estabelecido e pensado previamente. Tem uma muralha perfeitamente circular construída no reinado do sultão merínida Youssef Ibn Abd Al-Haq em 1287. É uma muralha com altura de quase 8 metros, largura de 1,60 metros, defendida por 29 torres semi-circulares e rasgada por três portas monumentais (Bab Al-Bahr, Bab Fès e Bab Sebta). Um tal projecto urbano apenas podia ser realizado por um poder central.” (EL BOUDJAY, 2017, entrevista citada)
Jorge Correia salienta a singularidade da forma circular do perímetro muralhado e questiona a sua eventual relação com outros exemplos longínquos:
“O desenho quase perfeito de uma circunferência não parece corresponder nem aos canones do mundo islâmico nem à tradição de construção de cortinas fortificadas no Norte de Africa nem no Al-Andalus, representada pelos Almorávidas, os Almóadas ou os Merinidas. Contudo, poderemos ler em Qsar es-Seghir uma réplica do modelo circular da grande capital Abássida, Bagdade?”(CORREIA, 2013, pág. 2)
A designação actual, Ksar Seghir ou Castelo Pequeno, remonta provavelmente ao final do século XV, quando se torna num ninho de corsários. No período da ocupação portuguesa o nome é adaptado para Alcácer Ceguer ou simplesmente Alcácer. Apesar de os esforços portugueses se encontrarem centrados na conquista de Tânger após a tomada de Ceuta, a proximidade de Alcácer Ceguer a esta última cidade constituía um entrave aos movimentos dos cavaleiros portugueses no seu território exterior e mantinha um enclave inimigo entre uma e outra e uma base para ataques à navegação no Estreito de Gibraltar. São disso exemplo o facto de em 1416 o adail de Ceuta ter sido capturado com mais cinco soldados e encarcerado em Alcácer Ceguer, bem como existe notícia do resgate de 15 cativos em 1426. (REDMAN, 1979, pág. 8, citando Jerónimo de Mascarenhas)
Uma das torres Merinidas da Porta do Mar
No ano de 1458 uma esquadra de 220 navios e 25.000 homens, segundo Rui de Pina, 280 navios e 26.000 homens segundo Damião de Góis, parte do Porto, Lisboa e Lagos com destino a Alcácer Ceguer. Seria a primeira conquista africana do jovem Rei D. Afonso V, muito influenciado pela política expansionista e belicista do infante D. Henrique. Com ele “a política de expansão em Marrocos toma o primeiro plano das preocupações reais”. (LOPES, 1989, pág. 22)
No dia 21 de Outubro a armada chega diante da cidade, que é cercada. O ataque português é implacável, baseado no poder de fogo da artilharia pesada, com o qual as muralhas são seriamente danificadas. No final do dia 22 a cidadela rende-se “condicionalmente, isto é, os moradores sairiam livremente, com as suas fazendas, e entregariam todos os cativos cristãos que estavam em seu poder” (LOPES, 1989, pág. 22). No dia 23 de manhã as tropas portuguesas ocupam Alcácer Ceguer. A conquista foi facilitada pelo facto de parte da armada portuguesa ter sido desviada acidentalmente pelo vento para diante de Tânger, acontecimento que confundiu os marroquinos, e evitou que concentrassem forças na sua defesa.
Marmol y Carvajal tem a seguinte descrição da tomada da cidade:
“Assim que o Rei chegou diante da praça, preparou todos os barcos e chalupas para fazer o desembarque, que rapidamente se encheram, tendo em conta a quantidade de navios e o desejo que cada um tinha de combater. Mas o desembarque não foi tão fácil como se pensara, por causa de cinco centenas de cavaleiros que vieram opor-se, com uma quantidade de infantaria (…) No entanto, os habitantes vendo em perigo os seus bens, as suas vidas e a sua liberdade, começaram a fortificar-se o melhor que puderam. Mas não lhes foi dado o tempo necessário para tal, já que estando tudo pronto e em boa ordem, o Rei deu ordem de carga, e de atacar por todos os lados; o que se fez com tanta fúria, que apesar de os Mouros se defenderem bem, devido à artilharia e fogos de artifício, foram obrigados a retirar para a cidade. Os Cristãos perseguiram-nos até às portas (…) O desagrado do Rei foi grande, ao ver a resistência dos sitiados, e as baixas que sofreu, que de imediato fez aproximar os manteletes para sapar as muralhas e mandou o Infante D. Henrique colocar as escadas para iniciar o assalto. O combate foi grande (…) durou até à meia-noite com muitos mortos e feridos de parte a parte.” (MARMOL y CARVAJAL, 1667, pág. 234-235)
De acordo com Marmol y Carvajal, os habitantes renderam-se, e os combates cessaram com a libertação dos prisioneiros cristãos que estavam na prisão da cidade e com a entrega de reféns mouros. Na manhã seguinte abandonaram a cidade com os seus bens e as tropas portuguesas entraram no seu interior.
Muralhas e torreões de Alcácer Ceguer
Damião de Góis, na sua Crónica do Príncipe D. João, confirma de forma geral os factos descritos por Marmol y Carvajal, dando conta do desembarque português na praia na tarde do dia 21 de Outubro, utilizando centenas de bateis, “e como os que iam nos bateis cada um desejasse para si a honra de ser o primeiro que saísse, foi a voga feita com tanta pressa, que quase todos vararam na praia de modo, que nunca se pode saber na verdade qual fora o primeiro que chegara, nem a primeira pessoa que saíra.” (GOIS, 1724, pág. 47)
Na praia estavam à sua espera “mais de quinhentos Mouros de cavalo, e muitos de pé”, que, no seguimento da batalha, muitos se recolheram para a Vila e outros fugiram para a serra. “Dos nossos ao desembarcar foram muitos feridos, dos quais morreram Rui Gonçalves de Marchena, Capitão de homens de pé, e Rui Barrero Comendador da Ordem de Cristo, homens nobres, e bons Cavaleiros, e na fugida dos Mouros, por seguir o alcance deles até muito perto da Vila, João Fernandes Darca, homem nobre, e bem cortesão lhe deram uma pedrada, de que logo caiu morto”. (GOIS, 1724, pág. 47-48)
Entretanto chegou a noite e o Rei mandou retirar, preparando-se os apetrechos necessários para o tomar de assalto a Vila. Na manhã seguinte, dia 22, foi dada ordem de ataque e “fazer rosto às tranqueiras da Vila”, sendo recebidos por tiros de artilharia. Os mouros não conseguiram suster o ataque e retiraram para dentro de muros, “do que sendo sabedores os de cavalo da Companhia do Infante D. Henrique, quebraram as portas das mesmas tranqueiras, e entrando de tropel por elas, foram acometer as da Vila, as quais por serem barradas de grossas chapas, e lâminas de ferro, não puderam quebrar”. (GOIS, 1724, pág. 49)
Os portugueses não conseguiram entrar na Vila até ao sol posto e “foram constrangidos a se afastar deixando o combate, até que se pusessem as mantas ao muro, e outros engenhos, para com menos perigo entrarem a Vila”. (GOIS, 1724, pág. 49-50) Era meia noite, quando se verificou que não se conseguia tomar a Vila escalando os seus muros, pelo que foi colocada uma bombarda de grande calibre com a qual se destruiu parte do pano da muralha. Os moradores perceberam que não conseguiriam evitar a derrota e propuseram entregar a Vila com a “condição de os deixarem sair dela livremente sem receberem dano, levando consigo suas mulheres, filhos, familiares e fazenda”. (GOIS, 1724, pág. 52)
As torres Merinidas integradas no Castelo e a Porta do Mar
Assim foi, e na manhã seguinte, “que era quarta-feira 23 dias de Outubro de 1458 despejaram os Mouros a Vila, levando consigo suas mulheres, filhos e fazenda, sem dos nossos receberem nenhum agravo: porque o Infante D. Fernando tomou a cargo a segurança deles, e se pôs da banda do Sertão com sua gente, para defender que lhes não fosse feito nojo, e também para por vigias que não levassem consigo nenhum Cristão ou Cristã cativo. (GOIS, 1724, pág. 53)
“Como a Vila foi despejada, que seria horas de meio dia, El Rei entrou nela a pé, e em procissão se foi à Mesquita, e a fez consagrar, e dedicar ao nome de nossa Senhora da Conceição.” (GOIS, 1724, pág. 53)
Durante os meses de Novembro e Dezembro, a cidade é cercada durante 53 dias pelo sultão de Fez Abdel Haq, numa tentativa de a reaver, mas o cerco é levantado sem resultados. Nos meses de Julho e Agosto do ano seguinte Alcácer é de novo cercada, mas volta a resistir. Os louros da sua invencibilidade são atribuídos pelo cronista Zurara ao capitão da Praça, D. Duarte de Meneses, filho do capitão de Ceuta, D. Pedro de Meneses.
As datas e duração exacta do cerco não são consensuais nas fontes, conforme refere João Braga da Cruz, já que, “segundo Luis del Mármol y Carvajal o cerco inicia-se por volta do mês de Dezembro. De acordo com Elaine Sanceau, o cerco ocorre de 13 de Novembro de 1458 a 2 de Janeiro de 1459. Já na crónica de Zurara, o dia 11 de Novembro parece marcar o início de um assédio que duraria mais de 50 dias”. (CRUZ, 2015, pág. 41)
Alcácer Ceguer durante o século XV. Fonte Jorge Correia
O período inicial da ocupação portuguesa, em termos de intervenções nas estruturas defensivas, foi ocupado com as reparações dos estragos feitos durante a conquista da cidade. Mas o cerco do final de 1458 demonstrou que Alcácer não estava adaptada às necessidades dos portugueses e obrigaria à realização de obras mais profundas que se realizaram durante o século XV e que tiveram uma filosofia claramente tardo-medieval. Segundo Jorge Correia, terá provavelmente sido desse período a regularização do traçado da muralha, formado um circulo perfeito de 200 metros de diâmetro e cerca de 30.000 m2 de área, a construção dos torreões semicirculares e a abertura do fosso.
“Dúvidas não existem no que à abertura de uma cava em torno da vila diz respeito, depois de uma avaliação do capitão ter constatado a planura da implantação da vila. Desta forma, a água permitia formar um canal em redor da praça, aproveitando, eventualmente, parte do curso fluvial.”(CORREIA, 2008, pág. 152)
Mas havia que voltar costas ao território e abrir a cidadela ao mar, protegendo-a dos ataques terrestres e garantindo o seu abastecimento por via marítima. É então construída uma primeira couraça, ligando a muralha ao rio, que segundo Rui de Pina, “a dita coiraça se começou logo à segunda feira de Ramos XXII dias de Março do ano de mil quatrocentos e cinquenta e nove (…) a dita coiraça não se acabou senão depois do S. João do dito ano”. (PINA, 1902, pág. 5-6)
“A palavra couraça significa, em termos gerais, uma muralha perpendicular ao muro de uma fortificação, realizada para proteger o abastecimento. Deriva do árabe qawraya, que sabemos se empregava pelo menos desde o século XIII (…) As couraças, como assinala Huici Miranda, protegiam um caminho até um poço ou, como nos diz Robert Ricard, a um rio ou inclusivamente ao mar.” (GOZALBES CRAVIOTO, 1980, p. 365)
As couraças seriam um elemento constante e marcante das fortificações portuguesas em Marrocos, garantindo não só que as manobras de abastecimento se realizassem em segurança, como o próprio controlo da zona ribeirinha enquanto território vital à sua sobrevivência.



5 comentários:

Rui disse...

Muito interessante este artigo histórico !
Ao iniciar a leitura e lendo Alcácer Ceguer, lembrei-me de imediato de Arzila e Tânger !
É que é curioso e muitos não sabem, a expansão portuguesa pelo mundo, se iniciou precisamente com a conquista de Ceuta, em Marrocos e demorou cerca de 50 anos para se conquistar Arzila e Tânger ! ... Aproximadamente ao mesmo tempo se descobre a Madeira e S. Miguel, nos Açores e a partir daí, foi o que todos já conhecem, quer no sentido da Índia, contornando África, quer no sentido do Brasil !
Foram 100 anos gloriosos dos nossos Navegadores !!!

Elvira Carvalho disse...

Gostei de ler. Gosto dos textos históricos, e mais ainda quando se trata da nossa história.
Nunca passei além de Gibraltar.
Abraço

Jaime disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jaime disse...

Obrigado, Elvira, pelo seu comentário.
Para quando passar um pouco para lá de Gibraltar?
Beijinhos.

Jaime disse...

Obrigado, Rui, pelo seu comentário.
Fico grato por saber que gostou deste texto.
Somos um País pequeno, mas rico em História.
Abraço.