tag:blogger.com,1999:blog-82595155148519531832024-03-19T21:06:38.435+00:00Notas da Minha MargemBlog que tem de tudo um poucoJaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.comBlogger74125tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-18199866614907854062020-10-13T12:14:00.002+01:002020-10-13T12:14:38.912+01:00<p><span style="background-color: white; color: #c5232c; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">(Diálogos Lusófonos)</span></p><div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;"><div><br /></div><h1 style="color: #c5232c; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 33.8px; margin: 0px; padding-bottom: 12px;">OS JUDEUS ESQUECIDOS DE ANGOLA:</h1><h1 style="color: #c5232c; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 33.8px; margin: 0px; padding-bottom: 12px;">Mito e realidade na herança sefardita</h1><div dir="ltr"><span style="color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13.6px;">Por JAIME AZULAY 13 de maio de 2014</span><br /></div><div dir="ltr"><span style="color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13.6px;"><br /></span></div><div>A recuperação do cemitério judaico da Várzea assinalou a passagem de mais de 150 anos da chegada dos primeiros judeus sefarditas a Cabo-Verde. </div><div>Pretendeu-se assim preservar a sua memória e honrar as contribuições que prestaram ao desenvolvimento do arquipélago.</div><div>Um dos benfeitores do<b> Projecto de Preservação da Herança Judaica em Cabo-Verde é o Rei Mohamed VI do Marrocos, que se fez representar no evento pelo seu conselheiro sénior André Azoulay.</b> </div><div><br /></div><div><b>Temos assim a situação insólita de “um monarca muçulmano a contribuir para um projecto judaico num país cristão”</b>. </div><div><br /></div><div>No mesmo âmbito estão previstas pesquisas e trabalhos de investigação com instituições universitárias locais bem como um simpósio internacional em 2015 com a participação de pesquisadores africanos, da Europa e dos Estados Unidos da América. Para além do interesse científico, Cabo-Verde terá ganhos com o fluxo anual de mais turistas interessados em conhecer a herança judaica naquele país africano.</div>De acordo com a Wikipédia, o chamado povo judeu não é actualmente reduzido somente à religião, raça ou cultura. O termo "judeu" originalmente era usado para os filhos de Judá, filho de Jacó. Posteriormente foi atribuído aos nascidos na Judeia. Depois da libertação do cativeiro da Babilónia, os hebreus começaram a ser chamados de judeus.<br /><div><br /></div><div>A palavra portuguesa "judeu" tem origem do latim "judaeu" e do grego "ioudaîos". Ambas vêm do aramaico," ?????," que se pronuncia "iahude". </div><div><br /></div><div>A origem dos judeus é tradicionalmente datada de aproximadamente 2000 a.C. Na Mesopotâmia, a destruição de Ur e da Caldeia forçou a população a imigrar para outros lugares. A família de Abraão estava entre os que imigraram para a Assíria. Abraão é considerado o fundador do Judaísmo. Judeus anteriormente presos e escravos dos romanos chegaram a “Sefarad” na Espanha, de onde viriam a ser expulsos mais tarde, em 1492, indo para o norte de África.</div><div><br /></div><div>Os "Sefarditas", oriundos de Marrocos e Gibraltar chegaram a Cabo-Verde em meados do século XIX, após a abolição da escravatura e um acordo entre Portugal e a Inglaterra. Eles dedicaram-se predominantemente ao comércio internacional, à navegação e à administração pública.</div><div>Entretanto, foi assinalada uma presença anterior ao século XIX que é, no entanto, difícil de documentar. Tratavam-se de judeus convertidos ao cristianismo, os chamados “cristãos-novos”, como sustenta a pesquisadora Carol Castiel que lidera o <b>projecto de Preservação da Herança Judaica em Cabo-Verde (CVJHP, sigla inglesa)</b>.</div><div><br /></div>A viagem contínua de judeus sefarditas ao longo da costa oeste da África continental, no século XIX, estendeu-se a partir de pontos intermédios localizados nos arquipélagos dos Açores, Cabo-Verde e São-Tomé e dali em direcção às antigas colónias de Angola (com entrepostos ou filiais comerciais em Banana e Goma, actual R.D.C.) e Moçambique. Foram provavelmente atraídos por uma florescente actividade mercantil que lhes permitia, com os seus conhecimentos e aptidões, rapidamente obter fontes de sustento longe dos seus países de origem onde eram alvo de perseguição.<br />Tal como atrás foi referido, ao longo dos séculos XVI-XVIII já pululavam pelo actual território de Angola os chamados “cristãos-novos” misturados aos grupos traficantes, contratadores e armadores envolvidos no tráfico negreiro Atlântico, como referem vários autores.<br /><div><br /></div><div>Em 1492, entre 120 a 150 mil judeus espanhóis foram expulsos por monarcas católicos para Portugal, onde se juntaram aos 100 mil judeus portugueses. Nessa altura Portugal tinha 1 milhão de habitantes.</div>Pressionado pela vizinha Espanha, o rei de Portugal ordenou, por Decreto, a conversão em massa de judeus que, não tendo outro local para ir, resignaram-se ao catolicismo, formando os “cristãos-novos”.<br /><div><br /></div><div>Segundo frisou a pesquisadora brasileira Anita Novinsky num trabalho sobre o passado judaico no Brasil (Os cristãos-novos da Baía, Editora Perspectiva, 1972) a conversão à força dos cristãos-novos, os anussim ou injuriosamente designados por marranos por não comerem carne de porco, não correspondeu aos padrões do chamado cripto-judaísmo, conformado numa prática sincrética de cristianismo e judaísmo (oculto) utilizada posteriormente pelos judeus brasileiros.</div><div><br /></div><div>As entradas desses emigrantes no território, ao contrário do que acontecia noutras colónias, não foram objecto de registo. <b>A saga em Angola é considerada pouco visível quando comparada à dimensão observada em outras áreas geográficas da diáspora judaica</b>, como refere Aida Freudenthal, colaboradora do Centro de Estudos Africanos e Asiáticos do <b>Instituto de Investigação Científica Tropical no livro “Judeus em Angola-séculos XIX e XX”.</b> Devido à sua incontornável referencialidade da obra em causa, a ela recorreremos sistematicamente ao longo da nossa abordagem, bem como à indispensável <b>“Enciclopédia Judaica, Jerusalém, 1971” editada por Cecil Roth e G. Wigoder</b>, </div><div>“<b>Os judeus em Moçambique, Angola e Cabo Verde, Lisboa, 1975</b>”<b> de Alberto Iria e ainda “Survival and adaptacion. The portuguese jewish diaspora in Europe, África and the new world, New-York, 2002” de Joseph Levi</b>, entre outros.</div><p></p><p style="color: #2d2d2d; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin: 0px; padding-bottom: 26px;"><strong>EM BUSCA DA PROLE SEFARDITA</strong><br />Há cerca de 20 anos, assumi a responsabilidade de abordar a questão dos judeus de Angola, a pedido de uma fundação hebraica brasileira que me contactou através de um fax enviado para a estação de rádio LAC. Falei com o <b>escritor Raúl David</b>, a quem expus as linhas do meu projecto. Raúl aceitou trabalhar comigo. Na altura, o veterano escritor angolano contava mais de 80 anos de idade. No entanto, gozava de uma saúde juvenil e era privilegiado com uma memória de elefante. Como valor acrescentado, ele conhecera pessoalmente muitos judeus espalhados por Angola desde as primeiras décadas do século XX. Eram esses indivíduos o nosso alvo e a quem iríamos seguir o rasto até aos seus descendentes actuais.<br /></p><div>Sabia-se de antemão que, com a necessidade de integração social, foi frequente a união entre judeus sefarditas e “filhas da terra”, o que tinha dado origem a agregados familiares com numerosa prole amestiçada. </div><div>A proveniência urbana dos sefarditas marroquinos ou gibraltinos tê-los-ia imunizado contra as teses racistas que estavam em crescendo sobretudo na Europa (Aida Freudental, idem) o que provavelmente, na prática, terá facilitado esses relacionamentos. <b>Contudo, punha-se a questão de os cânones hebraicos não considerarem judeus os filhos nascidos de uniões mistas, quaisquer que elas sejam</b>.</div><b>A tradição normativa religiosa do hebraísmo, a Halachá (Lei tradicional da Torá) define que uma pessoa nascida de mãe judia é um judeu </b>(<a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=http://www.chabad.org.br&source=gmail&ust=1602671879709000&usg=AFQjCNGyrL2MjgUeMYbZUJF12Xro71iAHA" href="http://www.chabad.org.br/" style="color: #1155cc;" target="_blank">www.chabad.org.br</a>), independentemente da sua cor ou nacionalidade. Um não-judeu pode converter-se somente de acordo com as condições haláchicas e a aceitação de todos os mandamentos da Torá. Segundo tais critérios, os casamentos mistos e a assimilação afastam o povo judeu das suas raízes. Para a Torá, todo o judeu tem valor intrínseco e é um componente essencial do povo judeu, sem o qual a nação inteira não pode realizar o seu pleno potencial” (idem). <b>Na descendência judaica a linha matrilinear é maioritária, apoiada pelo "judaísmo rabínico", ortodoxo e conservador e é a que ganha mais força por ser apoiada pelo Estado de Israel.</b><br />Todavia, existe a tese do judaísmo reformista que tem introduzido novas filosofias. A partir de Março de 1983 foi reconhecida a descendência paterna, mesmo que a mãe não seja judia, bastando que a criança "seja criada como judeu e se identifique com a fé judaica". Igualmente, contrariando as considerações “haláchicas” são destacados outros factores seculares, políticos e identificações ancestrais que definem quem é judeu de forma mais abrangente. O certo é que o povo judeu é heterogéneo do ponto de vista racial, fruto das migrações constantes e consequentes ligações com outros povos, que resulta numa miscigenação com evidentes disparidades morfológicas entre os indivíduos (vide a UNESCO e questão racial na ciência moderna, em <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=http://pt.wikipedia.org&source=gmail&ust=1602671879709000&usg=AFQjCNEzlX-1-etrlNqM1cGCL5JyoEOtZg" href="http://pt.wikipedia.org/" style="color: #1155cc;" target="_blank">http://pt.wikipedia.org</a>). Como o assunto é eivado de divergências insanáveis, deixámo-lo em aberto, pelo menos por enquanto.<br />A procura de traços identitários de uma possível comunidade de descendentes judeus em Angola chegou a interessar também à Dra. Tamar Golan que ocupou o cargo de primeira embaixadora plenipotenciária de Israel em Luanda entre 1995 a 2001. Ela ficaria em Angola até 2003. Tamar tinha projectos culturais interessantes que não chegaram a concretizar-se. Em diversos momentos procurou estabelecer contacto com os descendentes dos judeus que viveram em Angola. Chegou a convidar-me para algumas celebrações judaicas em Luanda. Da única ocasião em que por lá apareci, lembro-me de ter visto pessoas conhecidas de famílias angolanas descendentes. Quando faleceu a minha<b> tia Isabel Azulay,</b> a embaixadora enviou-me uma fraterna mensagem de condolências. Contudo, as coisas ficariam por ali. Tamar Golan viria a falecer no dia 30 de Março de 2011.<br />Com o escritor Raul David, tínhamos garantido um filão para explorar com o qual sustentaríamos as conclusões da pesquisa. Entretanto, observa-se o recrudescer da guerra em Angola ao longo de toda a década de 90. Pouco tempo mais tarde o inesperado acontece: Raul David morre em Benguela. O duro golpe e a situação de beligerância armada vigente no país levar-me-ia a arquivar o projecto por absoluta falta de motivação. Nesse interim receava-se pela integridade de um dos poucos testemunhos materiais indispensáveis a qualquer pesquisa sobre o assunto. Os vestígios dos túmulos judeus no cemitério de Benguela corriam o risco de desaparecer ou serem profanados, conforme várias pessoas alertavam.<br />Tal como eu tinha inicialmente projectado com R. David, o desafio consistia em investigar a saga de judeus sefarditas que chegaram dispersos às então colónias portuguesas de Cabo-Verde, Moçambique e sobretudo Angola, no regurgitar da actividade comercial no século XIX. Depois disso, os judeus da África Ocidental ou os seus descendentes, ficaram esquecidos durante mais de um século. <b>Sabia-se, isso sim, que tinham constituído famílias angolanas não só em Luanda e Benguela mas também no sertão, como na vila de Longonjo, onde por volta de 1930 os irmãos Benoliel tinham instalado uma cerâmica e com uma relativa prosperidade ficaram muito conhecidos em toda a região centro</b>. Até hoje lá se encontram bem visíveis as <b>ruínas da fábrica.<br />Aida Freudenthal </b>considerou prematuro definir uma identidade judaica sefardita em Angola, em razão da sua condição de minoria dispersa na vastidão do território. Os judeus acolhidos pela sociedade colonial nos séculos XIX e XX não tiveram a possibilidade de constituir uma comunidade coesa arreigada numa identidade própria, capaz de preservar os factores aglutinadores comuns, que os judeus mantiveram noutras áreas geográficas da sua conturbada diáspora. Para a pesquisadora, os dados até agora reunidos <b>não permitem a elaboração do seu perfil sociológico, nem a sua identificação em judeus ricos e pobres, de assimilados, liberais e ortodoxos.</b> Contudo, tratando-se de<b> indivíduos provenientes da região africana do Magrebe com uma vivência cultural resultante da estrutura social judaico-marroquina “não é absurdo supor que partilhavam uma História e uma Cultura comuns”.</b><br /><div>Para além da <b>religião, há a peculiar forma como os judeus se alimentam, se vestem, as suas músicas e o uso do dialecto haquitia que integrava elementos do hebraico, espanhol e árabe, para além das línguas inglesa e francesa que dominavam, em função das suas proveniências.</b> </div><div><b>Muitos tinham a cidadania inglesa obtida em Gibraltar ou a portuguesa concedida por mercê régia, ao longo do séc. XIX (J. M. Abecassis, Genealogia Hebraica, Portugal e Gibraltar, Lisboa, 1990)</b>.</div>Portanto, não existem evidências em Angola de práticas religiosas comuns entre os judeus sefarditas (vide Aida, ibidem, pág 257). Quanto a nós, parece-nos que o facto se explica devido ao reduzido número de membros. Havia dificuldade, por exemplo, em conseguir reunir o núcleo designado por myniam que é constituído por um mínimo de dez homens, indispensável nas práticas litúrgicas. A falta de um rabino e de um templo, por exemplo, inviabilizavam certo tipo de cerimónias religiosas.<br />Freudenthal sustenta que o declínio do comércio na colónia de Angola, com a crise de 1929, devido à redução das transacções, afectou muitas firmas comerciais, o que poderá ter motivado o retorno de comerciantes sefarditas cujos negócios tinham ramificações em vários países da Europa. O afrouxar das transacções no comércio colonial trouxe alterações profundas que provocaram a diminuição da comunidade sefardita e a consequente integração dos seus descendentes na sociedade colonial. <b>Para os que ficaram, “assimilar passou a ser a palavra de ordem, daí ter sido um facto a aculturação dos judeus sefarditas</b>”, concluiu a pesquisadora.<br />Nos tempos que correm, a questão é <b>descobrir quantos são e em que localidades se encontram a viver os descendentes dos emigrantes oriundos do Magrebe africano e da Europa que se quedaram por Angola mesmo depois da crise de 1929</b>. De certeza que não se tinham pura e simplesmente eclipsado, daí existir uma grande curiosidade perante certas dúvidas. Seria que ainda viviam em Angola? Com que matrizes se caracterizavam? Manteriam em comunidade os traços da milenar religiosidade e cultura judaicas ou se tinham simplesmente convertido ao cristianismo como acontecera com os marranos (cristãos-novos)? Ou ainda seria que tinham diluído as suas manifestações ancestrais nas práticas sincréticas dos cultos africanos?<br /><div>Na altura havia também a considerar uma delicada situação: <b>seria que os angolanos detentores de ascendência judaica estariam na disposição de aceitarem em público o facto de serem eles, também, judeus descendentes? </b></div><div>Após a independência de Angola em 11 de Novembro de 1975, muitos deles tinham conseguido ascender a lugares de destaque na hierarquia do poder. Outros se tinham integrado nas forças armadas e tinham participado nas guerras angolanas sem que alguém lhes tivesse impedido sequer de lutarem pela sua pátria devido ao facto de terem a correr nas suas veias resquícios de sangue judeu.</div><b>Actualmente, na sua totalidade, estes indivíduos encontram-se profundamente inseridos na matriz sócio-cultural angolana</b>. São detentores das inerentes qualidades de nacionalidade e cidadania como os demais. Para muitos deles, talvez não exista interesse na exposição das suas raízes judaicas. Preferirão, provavelmente, a fim de evitar mal-entendidos e a eventualidade da acção de sectores arreigados aos seus atávicos preconceitos anti-semitas.<p></p><p style="color: #2d2d2d; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin: 0px; padding-bottom: 26px;"><strong>JACQUES ATTALI E O FRASCO DE ENXOFRE</strong><br />Inesperadamente, ou talvez não tanto, eis que, novamente, tenho em mãos o assunto dos judeus em Angola, após o mesmo ter hibernado por longo tempo no baú do esquecimento. Não obstante os anos passados, o enigma permanece. Não restam dúvidas de que se trata de uma abordagem complexa, intrincada e provavelmente polémica, muito susceptível a eventuais conexões que se lhes pode aduzir.<br />Experimento a mesma sensação que arrasou Henry Sobel quando escreveu o prefácio da edição brasileira de um livro fascinante e perturbador de Jacques Attali que analisa de forma brilhante e extensa as possíveis razões históricas, sociais e teológicas que permitiram que os judeus se catapultassem para o domínio das finanças internacionais, municiando, em contraponto, o tradicional leque de inimigos e detractores anti-semitas que vão desde os cristãos que acusaram os judeus de “terem sugado o sangue de Cristo” até o acicatar das versões mais perversas do fundamentalismo Islâmico.<br />Jacques Attali é um judeu francês de ascendência argelina, um Guru em matéria de banca e finanças. Funcionou no Eliseu como conselheiro especial do presidente François Miterrand durante 10 anos, na década de oitenta. Actuamente é um dos intelectuais mais respeitados no seu país, a França. Publicou dezenas de obras literárias, entre as quais o polémico “ Les juifs, l´argent et le monde” publicado no Brasil em 2011 pela Editora Saraiva com tradução literal do sugestivo título original: “Os judeus, o dinheiro e o mundo”.<br />No prefácio, Henry I. Sobel que é o presidente do Rabinato da Congregação Israelita de S. Paulo disse, num sincero assomo de desencanto e perplexidade: “preferia que tal obra jamais tivesse sido escrita”. E por ali não ficou. Não suportou o irreprimível melindre pelo facto de J. Attali, o autor, ter esmiuçado a relação “supostamente obsessiva” entre os judeus e o dinheiro desde tempos remotos. “Não entendo – frisou o rabino – porque uma pessoa esclarecida queira retomar o assunto logo agora, numa época em que o anti-semitismo dá sérios sinais de recrudescimento no mundo inteiro”.<br />Pareceu-me que o único conforto encontrado nas palavras escritas pelo rabino de São Paulo é que o autor, já na etapa final do livro, por intermédio de novas interpretações de factos já conhecidos, conseguiu comprovar a salvadora tese, segundo a qual, o propalado apego dos judeus ao dinheiro não resultou de uma “opção”, mas sim de uma “imposição” de factores circunstanciais. É consequência dos seculares exílios, das perseguições e da dispersão desde as viagens dos patriarcas com a peregrinação pelo deserto do Sinai a caminho da Terra Prometida. Resultou destas circunstâncias que “o dinheiro foi o único bem portátil dos judeus e o seu privilegiado instrumento de sobrevivência”.<br />Tal como sucedera com Henry Sobel, a bola sobraria irremediavelmente para mim, desde o momento em que o jornalista Itamar Souza publicou na edição de Julho de 2013 da revista “África 21” um artigo com o título “Judeus, o destino passou por Benguela”, no qual alude a um projecto de instalação de uma colónia de 600 mil judeus em Angola, empreitada sonhada por um grupo de intelectuais judeus, entre os quais Alfredo Bensaúde, Jacob Teitel, Wolf Terló e Israel Zangwill, isso no início do século XX. No entanto, os 159 colonatos previstos nunca chegariam a ser instalados nas terras férteis vale do Cavaco, no litoral de Benguela, onde “não existiam árabes palestinianos” (<a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=http://www.fmsoares.pt/aeb/crono/id?id%3D01855&source=gmail&ust=1602671879709000&usg=AFQjCNEQJ6hg3lkxiUloLG885TvkRvmTdw" href="http://www.fmsoares.pt/aeb/crono/id?id=01855" style="color: #1155cc;" target="_blank">www.fmsoares.pt/aeb/crono/id?<wbr></wbr>id=01855</a>).<br />A verdade, porém, é que nunca se viria a verificar uma migração em massa de judeus da Europa e do Norte de África, rumo à colónia portuguesa de Angola, com o fito se instalarem, conforme pretenderam Alfredo Bensaúde e seus pares. Nem foram encontradas referências credíveis de judeus que fugiram da Europa por alturas da Segunda Guerra Mundial iniciada em 1939.<br />As gerações de angolanos que existem actualmente com sangue judaico, descendem, salvo alguma excepção, dos judeus sefarditas que chegaram esparsamente a Angola na segunda metade do século XIX. Freudenthal menciona uma reduzida lista com os nomes de famílias entre as quais despontam Amzalak, Ashai, Azulay, Bendrão, Benchimol, Benoliel e Cohen. Estes são descendentes de judeus que nada tinham a ver com os planos de Israel Zangwil e Alfredo Bensaúde. Individualmente ou em pequenos grupos familiares, se foram estabelecendo progressivamente entre Benguela e Luanda, factos aliás, já referenciados por Aida Fredenthal no livro “Judeus em Angola-séculos XIX-XX”, que vimos referindo e no qual é analisada a diáspora sefardita na mais importante colónia lusitana de África.<br />Porquê voltar a falar dos judeus em Angola? O que se pretende? Ora, não estão descuradas interpretações grosseiras, nem o evoluir de premeditados preconceitos de que seja intenção do autor reconstituir árvores genealógicas com potencial suficiente para fazer ressurgir na sociedade angolana uma categoria de pessoas diferenciadas.<br />Assistem-nos razões justificadas exclusivamente pela investigação científica, para pegarmos em mãos a abordagem da questão, ainda que com a estranha sensação de estar destapando uma vasilha de enxofre no meio de um público imprevisível que, a qualquer momento, nos pode fazer sentir o desconforto do estigma. Referimo-nos a pessoas que cultivam preconceitos e esperam simplesmente oportunidades, quaisquer que sejam, para destilá-los de forma hostil contra os judeus, tido por povo errante desde a antiguidade, condenado à dispersão e ao exílio permanente sofrendo na carne e no espírito ignomínias e uma infinidade de crimes horrendos que a História registou nos seus anais.</p><p style="color: #2d2d2d; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin: 0px; padding-bottom: 26px;"><strong>CONCLUSÕES</strong><br />À guiza de conclusão dos factos apontados, não pode ser posta em causa a existência de uma herança judaica em Angola. Contudo, concordamos com Aida Freudenthal quando formula que na actualidade, não existe no país uma comunidade judaica como tal, formada por descendentes dos judeus sefarditas, provida de sinais identitários exteriores comuns. Portanto, os descendentes já não praticam a religião dos seus antepassados.<br />Nas pesquisas sobre a presença de Judeus em Angola, nunca foram encontrados sinais ou relatos credíveis da edificação no território de uma sinagoga ou outro templo para servir como local de culto mesmo nas zonas de maior concentração como Catumbela e Benguela. Em Moçambique, foi construída uma sinagoga e judeus abastados saíam de Angola para a colónia do Índico a fim de cumprirem os rituais judaicos, como atestam os historiadores.<br />Ao longo de século e meio, as sucessivas gerações foram assimilando os aspectos da cultura local e nela se integraram naturalmente como mais uma peça do mosaico angolano de tal sorte que, para se conhecer a dimensão e composição da prole deixada pelos judeus sefarditas, é exigido trabalho apurado devido à falta de fontes materiais.<br />Do que se investigou até hoje, para além dos nomes e sobrenomes de raiz hebraica que se mantiveram intactos, os vestígios materiais da herança judaica em Angola resumem-se nas nove sepulturas alinhadas com inscrições em hebraico e português no cemitério municipal de Benguela ao lado de campas cristãs. São referidas outras 13 na vila da Catumbela (Alberto Iria, idem) e umas poucas na antiga vila de Bela-Vista, hoje chamada Catchiungo, na província central do Huambo.</p></div><div dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;"><img alt="Inline image" class="CToWUd a6T" data-image-whitelisted="" height="254" src="https://mail.google.com/mail/u/0?ui=2&ik=784529a307&attid=0.1&permmsgid=msg-f:1680347845815398787&th=1751cb7680eb7183&view=fimg&sz=s0-l75-ft&attbid=ANGjdJ80DZ9xCja8ifjMD-d_c3AVU1vnedf8LVCKZp8YLduDQmP6x0gm5ggkaUqTViseh60vVokt94bEGZylUxMg5fs48YaTRYviByXoUtz8HNQwv8XnYJv86bLmqak&disp=emb" style="cursor: pointer; max-width: 612px; outline: 0px; width: 611.997px;" tabindex="0" title="Inline image" width="606" /><br /><br /><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=http://jornalcultura.sapo.ao/dialogo-intercultural/os-judeus-esquecidos-de-angola-mito-e-realidade-na-heranca-sefardita&source=gmail&ust=1602671879709000&usg=AFQjCNEBzkQKj2z0Fkqi2Ia0fR1RJUfpxQ" href="http://jornalcultura.sapo.ao/dialogo-intercultural/os-judeus-esquecidos-de-angola-mito-e-realidade-na-heranca-sefardita" rel="nofollow" style="color: #1155cc;" target="_blank">http://jornalcultura.sapo.ao/<wbr></wbr>dialogo-intercultural/os-<wbr></wbr>judeus-esquecidos-de-angola-<wbr></wbr>mito-e-realidade-na-heranca-<wbr></wbr>sefardita</a></div>Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-81004111332128228132018-02-28T12:11:00.000+00:002018-02-28T12:11:09.243+00:00(Diálogos Lusófonos) Chove. E é triste.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div>
<b style="background-color: #d36a53;">Basta de sermos apenas espectadores!</b></div>
<div>
<b><br /></b></div>
<div>
<b>In Expresso Curto</b></div>
<div>
<span style="background-color: #fdf869;">"Estranho mundo este em que um dia de chuva nos preocupa como se fosse uma guerra e uma guerra nos parece tão banal como um dia de chuva"</span></div>
<div>
<table align="center" bgcolor="#FFFFFF" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="border-collapse: collapse; color: #222222; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; max-width: 600px; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td height="10" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px;"></td></tr>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px;"><center>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="border-collapse: collapse; max-width: 520px; width: 520px;"><tbody>
<tr><td style="margin: 0px;" width="56"><img alt="Ricardo Marques" class="CToWUd" height="96" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEiKVHDL_cDpDOvrBkhYoBVRe7xIyWojloVv_AGDnYtVzh18PKRNKIxvQw8VCBhkNnVK5PmNU1n5CobZGkLAi-lUOfSk7h7LLc1sbn5mhf-T7ew3rERIlqEjlErR02C22c9EqsAHI6JxBEtd0KOJDZHESc_pOIq-LVaB7jwwndCWB-RjKh3K-XqfqqovNJk4XFUKhG0=s0-d-e1-ft&mw=120" style="display: inherit;" width="120" /></td><td style="font-size: 0px; line-height: 8px; margin: 0px; padding-bottom: 10px; vertical-align: bottom;"><div style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: bold; line-height: 17px; text-transform: uppercase;">
RICARDO MARQUES</div>
<div style="font-family: Georgia, "Times New Roman", Times, serif; font-size: 12px; line-height: 16px; text-transform: uppercase;">
JORNALISTA</div>
</td></tr>
</tbody></table>
</center>
</td></tr>
<tr><td height="16" style="border-top: 1px solid rgb(190, 190, 190); font-family: arial, sans-serif; margin: 0px;"> </td></tr>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px;"><center>
<table align="center" bgcolor="#FFFFFF" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_-7967615849614027421ydp4d4f0786yiv9604287434bodyContent" style="border-collapse: collapse; max-width: 520px; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td style="margin: 0px;"><div class="m_-7967615849614027421ydp4d4f0786yiv9604287434title" style="font-family: Georgia, "Times New Roman", Times, serif; font-size: 32px; font-weight: bold; line-height: 38px;">
Chove. E é triste</div>
</td></tr>
<tr><td style="margin: 0px; min-height: 20px;"></td></tr>
</tbody></table>
<table style="border-collapse: collapse; max-width: 520px; width: 520px;"><tbody>
<tr><td style="color: #015782; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px;">28 de Fevereiro de 2018</td><td align="right" style="margin: 0px;"><table style="border-collapse: collapse;"><tbody>
<tr><td style="margin: 0px;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://impresa.us9.list-manage.com/track/click?u%3D8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6%26id%3D932985b5a1%26e%3D4eb8941eb4&source=gmail&ust=1519905475897000&usg=AFQjCNFjBsZTcRFwvYxJuJII5cWxO9zyag" href="https://impresa.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=932985b5a1&e=4eb8941eb4" rel="nofollow" style="color: #196ad4;" target="_blank"><img alt="Facebook" class="CToWUd" height="30" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEiB4Akih51OeYNR_RTwoTt62daCkJfnsC3e3SNWyo_Ol_0-5HT6K-0AyZz5UG3xUT39YLWG0t27JQ-OlfMkhSznXgRk7zTHqWLt_NMVHwzklt_pUSzjh2RxJl-EAGtzFB7mYGdRtxNtkH75_-OZNQR6qx1Kw2Ns82-7b-oGEJFCaEq0=s0-d-e1-ft" style="border: 0px;" width="30" /></a></td><td style="margin: 0px;" width="12"></td><td style="margin: 0px;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://impresa.us9.list-manage.com/track/click?u%3D8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6%26id%3Ddfc5bfa8fe%26e%3D4eb8941eb4&source=gmail&ust=1519905475897000&usg=AFQjCNHTmQC3_3Z6ELaMUbp3aUdoMER9dw" href="https://impresa.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=dfc5bfa8fe&e=4eb8941eb4" rel="nofollow" style="color: #196ad4;" target="_blank"><img alt="Twitter" class="CToWUd" height="30" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEjO5b4wbEmER5vHttVo7PPh67ztdFneZhj_H6-tTuHs3_sGpieN37E8u_QshatEdeFJhrFm84kTuFwrhAkUrOyDhJ53i-erKWGnEY_zwHxJLi94E-LpeqL-NIvCAd-6mXNkVtIDOPOLJOcyi1ROcvmnC8-EattAVJ4nViUeiBCmPBE=s0-d-e1-ft" style="border: 0px;" width="30" /></a></td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</center>
</td></tr>
<tr><td height="32" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px;"> </td></tr>
<tr><td class="m_-7967615849614027421ydp4d4f0786yiv9604287434bodyContent" style="border-top: 1px solid rgb(190, 190, 190); font-family: arial, sans-serif; margin: 0px;"></td></tr>
<tr><td height="20" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px;"> </td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" bgcolor="#FFFFFF" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_-7967615849614027421ydp4d4f0786yiv9604287434bodyContent" style="border-collapse: collapse; color: #222222; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; max-width: 520px;"><tbody>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 2px 8px;"><span style="color: black; font-family: Georgia, "Times New Roman", Times, serif; font-size: 20px; line-height: 30px; margin: 0px;">Há poucas coisas<strong> tão simples e tão complicadas como o tempo que faz lá fora</strong> numa manhã como esta. É o inverno, e o inverno é assim. É feito de <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://impresa.us9.list-manage.com/track/click?u%3D8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6%26id%3D5a4538bf08%26e%3D4eb8941eb4&source=gmail&ust=1519905475897000&usg=AFQjCNG7Y2d0KAtnzoLJ3f0cE-t5Xzao_A" href="https://impresa.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=5a4538bf08&e=4eb8941eb4" rel="nofollow" style="color: #015782;" target="_blank">chuva</a>, de <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://impresa.us9.list-manage.com/track/click?u%3D8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6%26id%3D3196b10aa0%26e%3D4eb8941eb4&source=gmail&ust=1519905475897000&usg=AFQjCNFdcGrO8HFTvNLr9-E3c-s1G3dEiQ" href="https://impresa.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=3196b10aa0&e=4eb8941eb4" rel="nofollow" style="color: #015782;" target="_blank">neve</a>, de vento forte e de mar <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://impresa.us9.list-manage.com/track/click?u%3D8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6%26id%3D32dfa52b27%26e%3D4eb8941eb4&source=gmail&ust=1519905475897000&usg=AFQjCNEokJVT48FSCFJQQgMMlTyy2_8Gkg" href="https://impresa.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=32dfa52b27&e=4eb8941eb4" rel="nofollow" style="color: #015782;" target="_blank">bravo</a>, de trovoadas e granizo e frio. <strong>Há escolas fechadas, estradas cortadas, acidentes de trânsito e pessoas a quem acontecem coisa más</strong>. Muito <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://impresa.us9.list-manage.com/track/click?u%3D8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6%26id%3De501e44cb3%26e%3D4eb8941eb4&source=gmail&ust=1519905475897000&usg=AFQjCNEGXT8oikaimkc1jXYhaFOhN4yXdA" href="https://impresa.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=e501e44cb3&e=4eb8941eb4" rel="nofollow" style="color: #015782;" target="_blank">más</a>. Mas olhamos pela janela como quem olha para o mundo. <strong>E aceitamos. Faz parte da vida.</strong><br /><br /><br />
O mais complicado é explicar porquê. <strong>Porque é que, de repente, desata a chover e a nevar e há <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://impresa.us9.list-manage.com/track/click?u%3D8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6%26id%3Da1801d8b1f%26e%3D4eb8941eb4&source=gmail&ust=1519905475897000&usg=AFQjCNEe5MFW64L5FkLKErdzO2KMhsoTqg" href="https://impresa.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=a1801d8b1f&e=4eb8941eb4" rel="nofollow" style="color: #015782;" target="_blank">alertas</a> de todas as cores</strong>? Tem a ver com o posicionamento do <strong>anticiclone dos Açores</strong>? Em parte, sim. Está iminente o choque de uma <strong>massa de ar quente vinda do Atlântico com uma massa de ar frio vinda da Rússia</strong>? Também - e quanto maior a diferença entre as duas massas mais severas são as condições do tempo.<strong> Mas há algo mais.</strong><br /><br />
Comece por este <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://impresa.us9.list-manage.com/track/click?u%3D8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6%26id%3Db43a1968d2%26e%3D4eb8941eb4&source=gmail&ust=1519905475897000&usg=AFQjCNFUwiBhUj_nmcHo2gv9ZqL0PCNREw" href="https://impresa.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=b43a1968d2&e=4eb8941eb4" rel="nofollow" style="color: #015782;" target="_blank">artigo</a> e siga para o The Guardian, onde é possível ler este <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://impresa.us9.list-manage.com/track/click?u%3D8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6%26id%3D6a772ffe8d%26e%3D4eb8941eb4&source=gmail&ust=1519905475897000&usg=AFQjCNHWe99Gg72SVCpTLX5FwOAvGO4Jog" href="https://impresa.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=6a772ffe8d&e=4eb8941eb4" rel="nofollow" style="color: #015782;" target="_blank">texto</a> que <strong>ajuda a complicar a situação</strong>. "Apesar de <strong>a maioria das notícias nos últimos dias terem tratado o frio na Europa num tom descontraído</strong>, existe a preocupação de que estamos a assistir não ao regresso dos invernos normais, mas <strong>sim à deslocação de algo que deveria estar a acontecer mais a norte</strong>", escreve o jornal. (<strong>Guerras de bolas de neve</strong> no <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://impresa.us9.list-manage.com/track/click?u%3D8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6%26id%3Dff280e9001%26e%3D4eb8941eb4&source=gmail&ust=1519905475897000&usg=AFQjCNHsAO2gIxSfa2EYwERQJZmeI_nfxQ" href="https://impresa.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=ff280e9001&e=4eb8941eb4" rel="nofollow" style="color: #015782;" target="_blank">Vaticano</a> sempre deram melhores imagens do que<strong>gente a morrer de frio</strong>.)<br /><br /><br />
<strong>O estado do tempo que temos, e que aceitamos calmamente sem pensar duas vezes, é na verdade a consequência direta de um fenómeno sério </strong>que terá ocorrido no<strong> vórtice polar, ao nível da estratosfera</strong>. Claro que, a seguir, <strong>será preciso explicar o que causou esse fenómeno e, provavelmente, o que causou a causa</strong> e por aí fora. E é aqui que, mesmo depois de ler o artigo, nos perdemos. A estratosfera<strong> é demasiado longe</strong>, o vórtice polar <strong>demasiado estranho</strong> e, convenhamos, <strong>há sempre coisas mais importantes</strong>.<br /><br /><br />
<strong>A meteorologia ainda é uma ciência avessa aos extremos</strong>. Os meteorologistas são capazes de descrever <strong>o nascimento do elefante que está a chegar</strong>, podem<strong>prever o percurso que o paquiderme vai fazer </strong>e até se<strong> o dito vai ficar cansado pelo caminho</strong>. Avisam-nos que <strong>não é recomendável estar à frente do bicho</strong> e que, provavelmente, <strong>vai haver estragos</strong>. Mas há duas coisas que não conseguem garantir: <strong>quantos elefantes vão nascer e onde é que as suas enormes patas vão cair com mais força</strong>.<br /><br />
<strong>Essa incerteza</strong> – que nos leva a discutir se existe aquecimento global e a ficar em pânico com a seca e também com o excesso de chuva - <strong>é a derradeira certeza de que o ser humano ainda não sabe tudo. Mesmo que pense que sim.</strong><br /><br />
Os homens <strong>conseguem meter um míssil numa janela do terceiro andar de um prédio numa rua na Síria</strong>, mas não conseguem<strong> adivinhar o local exato que vai ser arrasado por um tornado</strong>. São capazes <strong>de apontar uma arma carregada à cabeça de outro ser humano</strong> e de apertar o gatilho, com a certeza de que vão tirar uma vida, mas <strong>nada sabem sobre a próxima grande cheia</strong>. Sabem exatamente <strong>a quantidade de químicos que devem meter numa ogiva </strong>para desaparecer toda a vida num bairro, mas não lhes peçam para<strong> indicar qual árvore que vai ser destruída por um raio</strong>.<br /><br />E depois <strong>olham incrédulos para o que resta de uma aldeia destruída por um deslizamento de terras, mas não perdem um minuto a olhar para uma cidade arrasada por bombas</strong>. A natureza é imprevisível, implacável e capaz de estragos que nos deixam desesperados com a nossa ignorância.<br />
<br />Estranho mundo este em que u<strong>m dia de chuva nos preocupa como se fosse uma guerra e uma guerra nos parece tão banal como um dia de chuva</strong>. É ténue a linha que separa o<strong> inverno do inferno.</strong><br />
<br />
Olhamos pela janela, <strong>ainda chove</strong>. E nunca vai deixar de chover, porque estaremos sempre demasiado ocupados a<strong>tentar compreender absolutamente a natureza </strong>e sem tempo para nos confrontarmos, a sério, com a <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://impresa.us9.list-manage.com/track/click?u%3D8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6%26id%3D94ece435e4%26e%3D4eb8941eb4&source=gmail&ust=1519905475897000&usg=AFQjCNHRZlw5aT6eS6HVinPYko9kmigjfw" href="https://impresa.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=94ece435e4&e=4eb8941eb4" rel="nofollow" style="color: #015782;" target="_blank">irracionalidade</a> dos <strong>nossos próprios atos.</strong></span></td></tr>
<tr><td height="40px" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 2px 8px;"> </td></tr>
</tbody></table>
<br /><div class="yj6qo" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
</div>
</div>
</div>
Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-26619262501681487302018-02-26T17:21:00.004+00:002018-02-26T17:21:56.076+00:00(Diálogos Lusófonos) Alcácer Ceguer, a cidade redonda<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="m_3195473922676202092ydpa7304btitle" style="background: rgb(32, 34, 40); border-bottom: 1px dotted rgb(68, 72, 85); border-top-left-radius: 7px; border-top-right-radius: 7px; color: white; padding: 25px 15px 15px;">
<h2 class="m_3195473922676202092ydpa7304bentry-title" style="clear: both; color: #bfc3cf; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 25px; font-weight: 400; letter-spacing: 0.025em; line-height: 30px; margin: 0px; padding: 0px;">
Alcácer Ceguer, a cidade redonda</h2>
<div class="m_3195473922676202092ydpa7304bentry-byline" style="background: rgb(210, 77, 4); border: 1px solid rgb(255, 90, 0); font-size: 12px; line-height: 1;">
<span style="display: block; float: left; padding: 4px 6px;">Posted by <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://historiasdeportugalemarrocos.com/author/fredericomendespaula/&source=gmail&ust=1519751479205000&usg=AFQjCNGsmDwgFcsrJ9dtw5DILA3kg10OBw" href="https://historiasdeportugalemarrocos.com/author/fredericomendespaula/" rel="nofollow" style="color: white; font-style: italic;" target="_blank" title="View all posts by Frederico Mendes Paula">Frederico Mendes Paula</a> on <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://historiasdeportugalemarrocos.com/2018/02/24/alcacer-ceguer-a-cidade-redonda/&source=gmail&ust=1519751479205000&usg=AFQjCNEe1sAZfRUgCCrpqrYUynvijZ5BmQ" href="https://historiasdeportugalemarrocos.com/2018/02/24/alcacer-ceguer-a-cidade-redonda/" rel="nofollow" style="color: white; font-style: italic;" target="_blank">24 de Fevereiro de 2018</a></span></div>
<div class="m_3195473922676202092ydpa7304bentry-meta" style="color: #666c7f; font-size: 12px;">
<br /></div>
</div>
<div class="m_3195473922676202092ydpa7304bentry-content" style="padding: 15px;">
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; padding: 0px;">
<img alt="" class="m_3195473922676202092ydpa7304bsize-full m_3195473922676202092ydpa7304bwp-image-9385 m_3195473922676202092ydpa7304baligncenter CToWUd a6T" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEidVVUreCOKh2PqQpKvrXd8EyduwDx0TJqSQ9VgBVCdkjQa11UqipBFI-btnOA5pLe_AnNcd46t6qOVRG9nZm7cCx5mv95wwZNiZu4LAOZPA_3RXRU08mCxj5jZXpq8OPwLz6ieIYf93HNT_P6YjnU8JswhyphenhyphenQj0z9oEhle8UYkfc2MU6MIBTi7HH4CD82ZYif_QG5r5nfTwLvvloGzW7XBU3AA=s0-d-e1-ft&h=470" style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto; max-width: 627px; outline: 0px;" tabindex="0" width="320" /></div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: right;">
O arco da Couraça de Alcácer Ceguer</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
A história de Alcácer Ceguer encontra-se intimamente ligada ao Estreito de Gibraltar e à travessia entre as suas margens. Assim foi no <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://historiasdeportugalemarrocos.com/2014/03/30/cronologia-do-gharb-al-andalus/&source=gmail&ust=1519751479206000&usg=AFQjCNH15KOqKvgp3-rRQLRw0lKYGy7ZAw" href="https://historiasdeportugalemarrocos.com/2014/03/30/cronologia-do-gharb-al-andalus/" rel="nofollow" style="color: #989eae;" target="_blank">período do Al-Andalus</a>, servindo de base para o embarque dos exércitos muçulmanos durante as várias ofensivas na Península, como durante o período das praças-fortes portuguesas, assegurando uma continuidade do domínio da navegação ao longo da costa marroquina, uma espécie de vigia de alerta à actividade do <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://historiasdeportugalemarrocos.wordpress.com/2014/02/19/corsarios-mouros/&source=gmail&ust=1519751479206000&usg=AFQjCNEYQzrij1GeR6KggBDhfubWkhOLfQ" href="https://historiasdeportugalemarrocos.wordpress.com/2014/02/19/corsarios-mouros/" rel="nofollow" style="color: #989eae;" target="_blank">“corso da barbária”</a>.</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
Apesar disso, Alcácer Ceguer nunca assegurou o domínio territorial terrestre português na margem Sul do Estreito, apesar da sua reduzida distância a <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://historiasdeportugalemarrocos.com/2015/05/12/fortificacoes-portuguesas-de-ceuta/&source=gmail&ust=1519751479206000&usg=AFQjCNEraKrQhQhmRp45B78xqrZNtJAJZQ" href="https://historiasdeportugalemarrocos.com/2015/05/12/fortificacoes-portuguesas-de-ceuta/" rel="nofollow" style="color: #989eae;" target="_blank">Ceuta</a> e <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://historiasdeportugalemarrocos.com/2017/11/05/a-muralha-portuguesa-de-tanger/&source=gmail&ust=1519751479206000&usg=AFQjCNGYziZUmkZJaQKE2xnbWV809OJVww" href="https://historiasdeportugalemarrocos.com/2017/11/05/a-muralha-portuguesa-de-tanger/" rel="nofollow" style="color: #989eae;" target="_blank">Tânger</a>, devido à irregularidade do terreno e à luta constante que as tribos da região e o poder do Reino de Fez impuseram. À semelhança de todas as outras praças-fortes, Alcácer foi um reduto fechado ao território envolvente, abrindo-se apenas para o mar, tenda na sua Couraça o elemento prático e simbólico dessa abertura.</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
Abandonada após a evacuação portuguesa, a cidadela degradou-se e tornou-se num sítio arqueológico. Desde há alguns anos que começou a ser escavada e estudada e hoje os seus principais vestígios encontram-se em recuperação e valorização, permitindo uma visita esclarecedora daquilo que foi o “castelo da travessia” durante o período da ocupação portuguesa.<span id="m_3195473922676202092ydpa7304bmore-9549"></span></div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px;">
<img alt="" class="m_3195473922676202092ydpa7304bsize-full m_3195473922676202092ydpa7304bwp-image-7167 m_3195473922676202092ydpa7304baligncenter CToWUd a6T" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEjRdxBbkajjPXI444YGcH4gwoeNaxm5s936cBXeyzNWtMdLMFvr-3jQJzWP0x7sejSpiB7Px9kL83AwSTcGtDHdFH2zQi2XwX-S898fRWNyoaqiw56x8INYClj2W9FjKyMejVxzZoRaf8twmRZhEDy-cQVPRyljp7A1gb9jPRbDHJNwZQjLTO_lK0xDsmAjB2LNvQWfXDYlaVCO-T4=s0-d-e1-ft&h=470" style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto; max-width: 627px; outline: 0px;" tabindex="0" width="320" /></div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: right;">
O Estreito de Gibraltar, vendo-se ao centro o Rochedo de Gibraltar, “Jebel Tarik” ou Montanha de Tarik</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
Antes do século X existia no local um ribat que conheceu várias designações, como Kasr Sad (nome de uma surat do Alcorão), Marsa Bab Al-Yem (Porto da Porta do Mar), Marsa Al-Yem (Porto do Mar), Bab al Kasr (Porta do Castelo), Madinat Al-Yem (Cidade do Mar) e Al-Kasr Al-Awel (O Primeiro Castelo). Estas designações reflectem bem a vocação marítima do castelo. Aliás, as pequenas baías e praias situadas entre Ceuta e Tânger cumpriram um papel fundamental na logística de travessia do Estreito por Tarik Ibn Zyad e Mussa Ibn Nussayr em 711 e 712. Posteriormente, Alcácer Ceguer seria o ponto de travessia para as <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://historiasdeportugalemarrocos.com/2014/02/15/as-dinastias-berberes-no-despontar-de-bortuqal/&source=gmail&ust=1519751479206000&usg=AFQjCNG97TTpazZvUXt1e4klAX_bS0xpuw" href="https://historiasdeportugalemarrocos.com/2014/02/15/as-dinastias-berberes-no-despontar-de-bortuqal/" rel="nofollow" style="color: #989eae;" target="_blank">invasões Almorávida e Almóada</a>, tendo as tropas de Yussuf Ibn Tachfin utilizado o local em 1088 e as de Abdel Moumen em 1195. (EL BOUDJAY, 2017, entrevista citada)</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
No período Almóada o castelo chama-se Qasr Masmuda, nome de uma das principais confederações de <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://historiasdeportugalemarrocos.com/2016/09/03/os-berberes/&source=gmail&ust=1519751479206000&usg=AFQjCNHQ8ZCd62kz3li8XfGrRgYgSBy9sA" href="https://historiasdeportugalemarrocos.com/2016/09/03/os-berberes/" rel="nofollow" style="color: #989eae;" target="_blank">tribos Berberes de Marrocos</a>. O geógrafo Al-Idrisi, na sua Geografia do Ocidente, fala assim do Estreito de Gibraltar e da localização do Qasr Masmuda:</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
<em>“O comprimento deste estreito conhecido pelo nome de Zuqâq (“a ruela”) é de doze milhas. Na sua extremidade oriental, vemos a cidade de Algeciras (Al-Jazîrat Al-Khadrâ, “A Ilha Verde”) e do lado ocidental a de Tarifa (Jazîra Tarîf, “Ilha de Tarîf”), em face da qual, na margem oposta, está situado Qasr Masmûda (…) Entre Tarîfa e Qasr Masmûda, a distância é de doze milhas.”</em> (AL-IDRISI, 1999, pág. 247)</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
Nesse período o castelo já se encontrava associado a uma estrutura urbana muralhada, como Al-Idrisi comenta:</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
<em>“Contam-se doze milhas de Ceuta a Qasr Masmûda para ocidente. É um grande burgo fortificado à beira do mar. Constroem-se aí navios e barcos destinados à navegação para o Al-Andalus. Está situado no estreito, no ponto mais próximo das cidades do Al-Andalus. De Qasr Masmûda a Tanger, contam-se vinte milhas, para ocidente.”</em> (AL-IDRISI, 1999, pág. 249)</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px;">
<img alt="" class="m_3195473922676202092ydpa7304bsize-full m_3195473922676202092ydpa7304bwp-image-5418 m_3195473922676202092ydpa7304baligncenter CToWUd a6T" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhofGpCCqPFEdIgcFWypQ3aFXxhCszmc99k65CHdYZ-fwI7CQc7u01vWvadw5Ja5YuQontwuFq-ZAoSF42auXes1IKLqPhUiAcdQ4wAjUfE8nJgOPZo3JBNL_YrPjkZg8zX2J92yclOTjX4PoM6AE24Z9WWGC4mKna5MvRJYHOOXjObCimXdJ-AQq8cm0Hu5tgFzghi1CCV00cOz21ukALlMb7cSiVl-3CMEQ=s0-d-e1-ft&h=470" style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto; max-width: 627px; outline: 0px;" tabindex="0" width="320" /></div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: right;">
O Castelo de Alcácer Ceguer</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
Al-Hassan Al-Wazzan Al-Fassi, conhecido como Leão “o Africano”, afirma na sua obra “Descrição de Africa” a propósito de Alcácer:</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
<em>“Esta pequena cidade foi edificada sobre o mar Oceano, distante de Tânger aproximadamente doze milhas, e dezoito de Ceuta, por Mansour, rei de Marrocos, o qual passando todos os anos a Granada, encontrava uma certa passagem entre algumas montanhas por onde se vai ao mar, que é difícil de passar; pelo que, construiu esta cidade numa bela planície, que descobre toda a costa de Granada, e que está à ao alcance desta. A cidade é fortemente defendida, os seus habitantes são quase todos marinheiros, fazendo frequentemente a viagem entre a Barbária e a Europa. Outros são tecelões de teares, muitos são ricos mercadores e gente corajosa. O rei de Portugal tomou-a de assalto, e o rei de Fez tentou, várias vezes, reavê-la por todos os meios que pode: mas trabalhou em vão, no ano de 863 da Hegira (1458 d.C.)”</em> (LÉON AFRICAIN, 1896, pág. 247-248)</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
Marmol y Carvajal descreve-a desta forma:</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
<em>“É uma pequena cidade construída por Yacub Almansor sobre a costa do Oceano, quase a meio caminho de Ceuta e de Tânger, no local mais apertado do estreito, que está apenas a cinco milhas de trajecto frente a Tarif. Este príncipe sendo tão guerreiro que vinha quase todos os anos fazer guerra em Espanha, e porque o caminho até Ceuta onde ele embarcava normalmente era incómodo para a passagem de um exército, construiu esta cidade num lugar mais cómodo que está apenas a três léguas da costa de Espanha, num lugar mais vantajoso do estreito, onde existe um bom porto para os navios. Enviou de lá o seu exército e os seus navios com menos perigo que de Ceuta, e chamou-lhe Alcácer Ceguer ou Pequeno Palácio, porque inicialmente construiu apenas um pequeno alojamento em comparação com Alcácer Quibir e outros. Mas em pouco tempo mandou construir várias casas e mesquitas, e encheu-a de uma grande quantidade de mercadores, artesãos e gente do mar.”</em> (MARMOL y CARVAJAL, 1667, pág. 233)</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px;">
<img alt="" class="m_3195473922676202092ydpa7304bsize-full m_3195473922676202092ydpa7304bwp-image-9550 m_3195473922676202092ydpa7304baligncenter CToWUd a6T" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEi-q9xr2wAYnafrY0npTgynHwOMY_nxBFb99FTuLkyfpXpAmjBD67cifMD3EiV6eOT8fY2TfhxaMJ6s7WyLzaptylcIW2-SHh5Mb0HGKHv9UnMAeUyAYWfgKYKiPNWnynRY-sluSLmG-UjYbbHA0NGyo1fAlDcfQ2xh2xLzPJ-4hSg1Y3KSyKhM0lNWOV8jeJ-3h6JEqZ0t6IcCG0IMdAlQ82CmFA=s0-d-e1-ft&h=470" style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto; max-width: 627px; outline: 0px;" tabindex="0" width="320" /></div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: right;">
Alcácer Ceguer pré-portuguesa. Fonte Jorge Correia e Charles Redman</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
As muralhas actuais terão a sua origem no período Merinida, durante o qual o castelo toma o nome de Kasr El Majaz e Kasr El Jawaz, ou Castelo da Travessia ou da Passagem.</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
Segundo Abdelatif El Boudjay, arqueólogo conservador do local, Alcácer Ceguer <em>“não era uma grande cidade. Foi construída com base num projecto urbano estabelecido e pensado previamente. Tem uma muralha perfeitamente circular construída no reinado do sultão merínida Youssef Ibn Abd Al-Haq em 1287. É uma muralha com altura de quase 8 metros, largura de 1,60 metros, defendida por 29 torres semi-circulares e rasgada por três portas monumentais (Bab Al-Bahr, Bab Fès e Bab Sebta). Um tal projecto urbano apenas podia ser realizado por um poder central.”</em> (EL BOUDJAY, 2017, entrevista citada)</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
Jorge Correia salienta a singularidade da forma circular do perímetro muralhado e questiona a sua eventual relação com outros exemplos longínquos:</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
<em>“O desenho quase perfeito de uma circunferência não parece corresponder nem aos canones do mundo islâmico nem à tradição de construção de cortinas fortificadas no Norte de Africa nem no Al-Andalus, representada pelos Almorávidas, os Almóadas ou os Merinidas. Contudo, poderemos ler em Qsar es-Seghir uma réplica do modelo circular da grande capital Abássida, Bagdade?”</em>(CORREIA, 2013, pág. 2)</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
A designação actual, Ksar Seghir ou Castelo Pequeno, remonta provavelmente ao final do século XV, quando se torna num <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://historiasdeportugalemarrocos.com/2014/08/30/piratas-manfios-e-gandulos/&source=gmail&ust=1519751479206000&usg=AFQjCNGBsDOcqHTsfOU6BNO7vbScwVhBsA" href="https://historiasdeportugalemarrocos.com/2014/08/30/piratas-manfios-e-gandulos/" rel="nofollow" style="color: #989eae;" target="_blank">ninho de corsários</a>. No período da ocupação portuguesa o nome é adaptado para Alcácer Ceguer ou simplesmente Alcácer. Apesar de os esforços portugueses se encontrarem centrados na <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://historiasdeportugalemarrocos.wordpress.com/2014/02/26/a-batalha-de-tanger/&source=gmail&ust=1519751479206000&usg=AFQjCNE5YviUkHrgNsER4zJTr6NgqCoj2w" href="https://historiasdeportugalemarrocos.wordpress.com/2014/02/26/a-batalha-de-tanger/" rel="nofollow" style="color: #989eae;" target="_blank">conquista de Tânger</a> após a <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://historiasdeportugalemarrocos.wordpress.com/2014/02/22/a-conquista-de-ceuta/&source=gmail&ust=1519751479206000&usg=AFQjCNGUjKsWJwgqtoB0gYHberoOwKU6Qg" href="https://historiasdeportugalemarrocos.wordpress.com/2014/02/22/a-conquista-de-ceuta/" rel="nofollow" style="color: #989eae;" target="_blank">tomada de Ceuta</a>, a proximidade de Alcácer Ceguer a esta última cidade constituía um entrave aos <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://historiasdeportugalemarrocos.wordpress.com/2015/01/14/almogaverias-entradas-e-correrias/&source=gmail&ust=1519751479206000&usg=AFQjCNF6csOBX8pMtX10_wSrXaFuVL3vPw" href="https://historiasdeportugalemarrocos.wordpress.com/2015/01/14/almogaverias-entradas-e-correrias/" rel="nofollow" style="color: #989eae;" target="_blank">movimentos dos cavaleiros portugueses no seu território exterior</a> e mantinha um enclave inimigo entre uma e outra e uma base para ataques à navegação no Estreito de Gibraltar. São disso exemplo o facto de em 1416 o adail de Ceuta ter sido capturado com mais cinco soldados e encarcerado em Alcácer Ceguer, bem como existe notícia do <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://historiasdeportugalemarrocos.wordpress.com/2016/06/30/cativos-portugueses-em-marrocos/&source=gmail&ust=1519751479206000&usg=AFQjCNHRwKp9--N-xyUZLXAsrMZuczf-bw" href="https://historiasdeportugalemarrocos.wordpress.com/2016/06/30/cativos-portugueses-em-marrocos/" rel="nofollow" style="color: #989eae;" target="_blank">resgate de 15 cativos</a> em 1426. (REDMAN, 1979, pág. 8, citando Jerónimo de Mascarenhas)</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px;">
<img alt="" class="m_3195473922676202092ydpa7304bsize-full m_3195473922676202092ydpa7304bwp-image-9380 m_3195473922676202092ydpa7304baligncenter CToWUd a6T" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhig-pSzaXFjToWB0ME7HaChIpbmddFNgftXTTKoV5apqeltwBs2ugaqQclEFAisYl_5HhUT8Mc-tRVwm9MdwjtJ6_vUvLFT_0dAe9q54XHQBXZmy7nf2cIs4D3vk0uvh8QPmZmdGM3dFzPlm122Wnqg6quZdTJ6ekJv_gT4oMlO5Hemjm6OLQjpEYQUFfc80FsA3bhl1gimrsPpDBjIzff3g=s0-d-e1-ft&h=470" style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto; max-width: 627px; outline: 0px;" tabindex="0" width="320" /></div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: right;">
Uma das torres Merinidas da Porta do Mar</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
No ano de 1458 uma esquadra de 220 navios e 25.000 homens, segundo Rui de Pina, 280 navios e 26.000 homens segundo Damião de Góis, parte do Porto, Lisboa e Lagos com destino a Alcácer Ceguer. <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://historiasdeportugalemarrocos.com/2015/09/12/cronologia-e-modelo-de-ocupacao-da-costa-de-marrocos-por-portugal/&source=gmail&ust=1519751479206000&usg=AFQjCNHvuNfCWQtBnF2pK_W7PavcghTxQw" href="https://historiasdeportugalemarrocos.com/2015/09/12/cronologia-e-modelo-de-ocupacao-da-costa-de-marrocos-por-portugal/" rel="nofollow" style="color: #989eae;" target="_blank">Seria a primeira conquista africana do jovem Rei D. Afonso V</a>, muito influenciado pela política expansionista e belicista do infante D. Henrique. Com ele <em>“a política de expansão em Marrocos toma o primeiro plano das preocupações reais”</em>. (LOPES, 1989, pág. 22)</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
No dia 21 de Outubro a armada chega diante da cidade, que é cercada. O ataque português é implacável, baseado no poder de fogo da artilharia pesada, com o qual as muralhas são seriamente danificadas. No final do dia 22 a cidadela rende-se <em>“condicionalmente, isto é, os moradores sairiam livremente, com as suas fazendas, e entregariam todos os cativos cristãos que estavam em seu poder”</em> (LOPES, 1989, pág. 22). No dia 23 de manhã as tropas portuguesas ocupam Alcácer Ceguer. A conquista foi facilitada pelo facto de parte da armada portuguesa ter sido desviada acidentalmente pelo vento para diante de Tânger, acontecimento que confundiu os marroquinos, e evitou que concentrassem forças na sua defesa.</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
Marmol y Carvajal tem a seguinte descrição da tomada da cidade:</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
<em>“Assim que o Rei chegou diante da praça, preparou todos os barcos e chalupas para fazer o desembarque, que rapidamente se encheram, tendo em conta a quantidade de navios e o desejo que cada um tinha de combater. Mas o desembarque não foi tão fácil como se pensara, por causa de cinco centenas de cavaleiros que vieram opor-se, com uma quantidade de infantaria (…)</em> <em>No entanto, os habitantes vendo em perigo os seus bens, as suas vidas e a sua liberdade, começaram a fortificar-se o melhor que puderam. Mas não lhes foi dado o tempo necessário para tal, já que estando tudo pronto e em boa ordem, o Rei deu ordem de carga, e de atacar por todos os lados; o que se fez com tanta fúria, que apesar de os Mouros se defenderem bem, devido à artilharia e fogos de artifício, foram obrigados a retirar para a cidade. Os Cristãos perseguiram-nos até às portas (…) O desagrado do Rei foi grande, ao ver a resistência dos sitiados, e as baixas que sofreu, que de imediato fez aproximar os manteletes para sapar as muralhas e mandou o Infante D. Henrique colocar as escadas para iniciar o assalto. O combate foi grande (…) durou até à meia-noite com muitos mortos e feridos de parte a parte.”</em> (MARMOL y CARVAJAL, 1667, pág. 234-235)</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
De acordo com Marmol y Carvajal, os habitantes renderam-se, e os combates cessaram com a libertação dos prisioneiros cristãos que estavam na prisão da cidade e com a entrega de reféns mouros. Na manhã seguinte abandonaram a cidade com os seus bens e as tropas portuguesas entraram no seu interior.</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px;">
<img alt="" class="m_3195473922676202092ydpa7304bsize-full m_3195473922676202092ydpa7304bwp-image-9372 m_3195473922676202092ydpa7304baligncenter CToWUd a6T" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEjswPG0YolLiuhyphenhyphens6ur0f513wKT1ZsRGo-PcKGMx2xj3GX5RDd82C4w88O288XeCeQIn-YuU3R59FRP7GooxsRsaUnIfONNNEYFTCal_X3-j5jNYCxsK0ktG5JtFKD1BfAV-Nmj3Xg3Gpri-jsu9m89dzqVHLjJNHp4hdI_ZrwHN3We1mbxB61hb9QiqtKLEFkxbwNsETSkRmVj6l7jNeWMxA=s0-d-e1-ft&h=470" style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto; max-width: 627px; outline: 0px;" tabindex="0" width="320" /></div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: right;">
Muralhas e torreões de Alcácer Ceguer</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
Damião de Góis, na sua Crónica do Príncipe D. João, confirma de forma geral os factos descritos por Marmol y Carvajal, dando conta do desembarque português na praia na tarde do dia 21 de Outubro, utilizando centenas de bateis, <em>“e como os que iam nos bateis cada um desejasse para si a honra de ser o primeiro que saísse, foi a voga feita com tanta pressa, que quase todos vararam na praia de modo, que nunca se pode saber na verdade qual fora o primeiro que chegara, nem a primeira pessoa que saíra.”</em> (GOIS, 1724, pág. 47)</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
Na praia estavam à sua espera <em>“mais de quinhentos Mouros de cavalo, e muitos de pé”</em>, que, no seguimento da batalha, muitos se recolheram para a Vila e outros fugiram para a serra. <em>“Dos nossos ao desembarcar foram muitos feridos, dos quais morreram Rui Gonçalves de Marchena, Capitão de homens de pé, e Rui Barrero Comendador da Ordem de Cristo, homens nobres, e bons Cavaleiros, e na fugida dos Mouros, por seguir o alcance deles até muito perto da Vila, João Fernandes Darca, homem nobre, e bem cortesão lhe deram uma pedrada, de que logo caiu morto”</em>. (GOIS, 1724, pág. 47-48)</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
Entretanto chegou a noite e o Rei mandou retirar, preparando-se os apetrechos necessários para o tomar de assalto a Vila. Na manhã seguinte, dia 22, foi dada ordem de ataque e <em>“fazer rosto às tranqueiras da Vila”</em>, sendo recebidos por tiros de artilharia. Os mouros não conseguiram suster o ataque e retiraram para dentro de muros, <em>“do que sendo sabedores os de cavalo da Companhia do Infante D. Henrique, quebraram as portas das mesmas tranqueiras, e entrando de tropel por elas, foram acometer as da Vila, as quais por serem barradas de grossas chapas, e lâminas de ferro, não puderam quebrar”</em>. (GOIS, 1724, pág. 49)</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
Os portugueses não conseguiram entrar na Vila até ao sol posto e <em>“foram constrangidos a se afastar deixando o combate, até que se pusessem as mantas ao muro, e outros engenhos, para com menos perigo entrarem a Vila”</em>. (GOIS, 1724, pág. 49-50) Era meia noite, quando se verificou que não se conseguia tomar a Vila escalando os seus muros, pelo que foi colocada uma bombarda de grande calibre com a qual se destruiu parte do pano da muralha. Os moradores perceberam que não conseguiriam evitar a derrota e propuseram entregar a Vila com a <em>“condição de os deixarem sair dela livremente sem receberem dano, levando consigo suas mulheres, filhos, familiares e fazenda”</em>. (GOIS, 1724, pág. 52)</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px;">
<img alt="" class="m_3195473922676202092ydpa7304bsize-full m_3195473922676202092ydpa7304bwp-image-8112 m_3195473922676202092ydpa7304baligncenter CToWUd a6T" height="235" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEieq98ukNh3j-TA_L3UkNCisb0RSWvuuX-6fnQKOGpFmm_JECHNtFYnCaNrriA0Txexmt1ZURAt_xFzgsvgFgW9QP29MP6krHLFNbTZkx-C_upYZKmwwHDResb3lcEGdNBi-sURf13sFP-PbjiPSZ5UhjzLG0NXRXMubXJi1CnkENftJLeeQUff-LDxT_CZdo4bYb58lXqceg=s0-d-e1-ft&h=461" style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto; max-width: 627px; outline: 0px;" tabindex="0" width="320" /></div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: right;">
As torres Merinidas integradas no Castelo e a Porta do Mar</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
Assim foi, e na manhã seguinte, <em>“que era quarta-feira 23 dias de Outubro de 1458 despejaram os Mouros a Vila, levando consigo suas mulheres, filhos e fazenda, sem dos nossos receberem nenhum agravo: porque o Infante D. Fernando tomou a cargo a segurança deles, e se pôs da banda do Sertão com sua gente, para defender que lhes não fosse feito nojo, e também para por vigias que não levassem consigo nenhum <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://historiasdeportugalemarrocos.com/2017/08/24/o-arquitecto-cara-ou-os-portugueses-de-mulai-ismail/&source=gmail&ust=1519751479206000&usg=AFQjCNGQhFd-bBaFc_dkpcD__AD2U-Pfhw" href="https://historiasdeportugalemarrocos.com/2017/08/24/o-arquitecto-cara-ou-os-portugueses-de-mulai-ismail/" rel="nofollow" style="color: #989eae;" target="_blank">Cristão ou Cristã cativo</a>”</em>. (GOIS, 1724, pág. 53)</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
<em>“Como a Vila foi despejada, que seria horas de meio dia, El Rei entrou nela a pé, e em procissão se foi à Mesquita, e a fez consagrar, e dedicar ao nome de nossa Senhora da Conceição.”</em> (GOIS, 1724, pág. 53)</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
Durante os meses de Novembro e Dezembro, a cidade é cercada durante 53 dias pelo sultão de Fez Abdel Haq, numa tentativa de a reaver, mas o cerco é levantado sem resultados. Nos meses de Julho e Agosto do ano seguinte Alcácer é de novo cercada, mas volta a resistir. Os louros da sua invencibilidade são atribuídos pelo cronista Zurara ao capitão da Praça, D. Duarte de Meneses, filho do capitão de Ceuta, D. Pedro de Meneses.</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
As datas e duração exacta do cerco não são consensuais nas fontes, conforme refere João Braga da Cruz, já que, <em>“segundo Luis del Mármol y Carvajal o cerco inicia-se por volta do mês de Dezembro. De acordo com Elaine Sanceau, o cerco ocorre de 13 de Novembro de 1458 a 2 de Janeiro de 1459. Já na crónica de Zurara, o dia 11 de Novembro parece marcar o início de um assédio que duraria mais de 50 dias”</em>. (CRUZ, 2015, pág. 41)</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px;">
<img alt="" class="m_3195473922676202092ydpa7304bsize-full m_3195473922676202092ydpa7304bwp-image-9553 m_3195473922676202092ydpa7304baligncenter CToWUd a6T" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEgVeteq75qsnCikYZrzPDraJCfZrqkViKMaO8DzE5ZkCNhZ8nBPUXl8qTfqUETwrbmRdKMWb_pfucHSpFMQwqTRg81DGFBML-ZIo8U3yyM4AuUTK-UKfO1_e_UCI8tpzn3CNIoLkax5iXYo1Z_v1WiZedaqAnhD9bSToYLxFOlEz2KB6jbVwGsPbVMkdRuPQqzzsT2SY8oAjYib5-E5vEoq2v0Ajg=s0-d-e1-ft&h=470" style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto; max-width: 627px; outline: 0px;" tabindex="0" width="320" /></div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: right;">
Alcácer Ceguer durante o século XV. Fonte Jorge Correia</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
O período inicial da ocupação portuguesa, em termos de intervenções nas estruturas defensivas, foi ocupado com as reparações dos estragos feitos durante a conquista da cidade. Mas o cerco do final de 1458 demonstrou que Alcácer não estava adaptada às necessidades dos portugueses e obrigaria à realização de obras mais profundas que se realizaram durante o século XV e que tiveram uma filosofia claramente tardo-medieval. Segundo Jorge Correia, terá provavelmente sido desse período a regularização do traçado da muralha, formado um circulo perfeito de 200 metros de diâmetro e cerca de 30.000 m2 de área, a construção dos torreões semicirculares e a abertura do fosso.</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
<em>“Dúvidas não existem no que à abertura de uma cava em torno da vila diz respeito, depois de uma avaliação do capitão ter constatado a planura da implantação da vila. Desta forma, a água permitia formar um canal em redor da praça, aproveitando, eventualmente, parte do curso fluvial.”</em>(CORREIA, 2008, pág. 152)</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
Mas havia que voltar costas ao território e abrir a cidadela ao mar, protegendo-a dos ataques terrestres e garantindo o seu abastecimento por via marítima. É então construída uma primeira couraça, ligando a muralha ao rio, que segundo Rui de Pina, <em>“a dita coiraça se começou logo à segunda feira de Ramos XXII dias de Março do ano de mil quatrocentos e cinquenta e nove (…) a dita coiraça não se acabou senão depois do S. João do dito ano”</em>. (PINA, 1902, pág. 5-6)</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
<em>“A palavra couraça significa, em termos gerais, uma muralha perpendicular ao muro de uma fortificação, realizada para proteger o abastecimento. Deriva do árabe qawraya, que sabemos se empregava pelo menos desde o século XIII (…) As couraças, como assinala Huici Miranda, protegiam um caminho até um poço ou, como nos diz Robert Ricard, a um rio ou inclusivamente ao mar.”</em> (GOZALBES CRAVIOTO, 1980, p. 365)</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px; text-align: justify;">
As couraças seriam um <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://historiasdeportugalemarrocos.com/2016/09/28/singularidades-das-pracas-portuguesas-de-marrocos/&source=gmail&ust=1519751479206000&usg=AFQjCNECA7HUtCYEo8pSPJ17I1aplUjp4g" href="https://historiasdeportugalemarrocos.com/2016/09/28/singularidades-das-pracas-portuguesas-de-marrocos/" rel="nofollow" style="color: #989eae;" target="_blank">elemento constante e marcante das fortificações portuguesas</a> em Marrocos, garantindo não só que as manobras de abastecimento se realizassem em segurança, como o próprio controlo da zona ribeirinha enquanto território vital à sua sobrevivência.</div>
<div style="background-color: #111111; color: #989eae; font-family: Trebuchet, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 1.5em; margin-top: 1.5em; padding: 0px;">
<img alt="" class="m_3195473922676202092ydpa7304bsize-full m_3195473922676202092ydpa7304bwp-image-8110 m_3195473922676202092ydpa7304baligncenter CToWUd a6T" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEi51UpHAczXbRwkSorniaZlxmvLK9vDisOPDmXT_3FwKB3E1_xbp2zcBf1PXjrEX38rQLMgRzp3TiVfVvDLkr2l9HfGpCHrMQSY9aDx-nBuXnaGsFMASH9W8J818LUUSRYrEKnaacqr9NRGw89Vzfa3vaEHGa22Ks0tiVPrkQ7A9j2JY5NXcLy0WBsIhH1N_34CJkNLbfvPqSjO_viLQghIeU0i7T2FdbdMXA=s0-d-e1-ft&h=454" style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto; max-width: 627px; outline: 0px;" tabindex="0" width="320" /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<h5 class="m_3195473922676202092ydp27da0ca1_14f5 m_3195473922676202092ydp27da0ca1_5pbw m_3195473922676202092ydp27da0ca1_5vra" id="m_3195473922676202092ydp27da0ca1js_17" style="color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-weight: normal; line-height: 1.38; margin: 0px 0px 2px; padding: 0px 22px 0px 0px;">
<span class="m_3195473922676202092ydp27da0ca1fwn m_3195473922676202092ydp27da0ca1fcg" style="color: #90949c; font-family: inherit;"><span class="m_3195473922676202092ydp27da0ca1fwb" style="font-family: inherit; font-weight: bold;"><a class="m_3195473922676202092ydp27da0ca1profileLink" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://www.facebook.com/frederico.m.paula?fref%3Dgs%26hc_ref%3DARQkmb1qDMw-q1Chr4GS8vEWlPkRHQJWdoPaJ2MTehL7vVaINxMolBJKLxeufQbXGZ0%26dti%3D123893928215992%26hc_location%3Dgroup&source=gmail&ust=1519751479206000&usg=AFQjCNGgFHavL28YGda7-JECbfagaBcrew" href="https://www.facebook.com/frederico.m.paula?fref=gs&hc_ref=ARQkmb1qDMw-q1Chr4GS8vEWlPkRHQJWdoPaJ2MTehL7vVaINxMolBJKLxeufQbXGZ0&dti=123893928215992&hc_location=group" rel="nofollow" style="color: #365899; font-family: inherit;" target="_blank">Frederico Mendes Paula</a></span> compartilhou a <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid%3D1832085413503001%26id%3D963298180381733&source=gmail&ust=1519751479206000&usg=AFQjCNHv7gzF7Xhj5ElDIsjXG2K213_tOw" href="https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=1832085413503001&id=963298180381733" rel="nofollow" style="color: #365899; font-family: inherit;" target="_blank">publicação</a> de <a class="m_3195473922676202092ydp27da0ca1profileLink" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://www.facebook.com/Blog-Hist%25C3%25B3rias-de-Portugal-em-Marrocos-963298180381733/?ref%3Dgs%26hc_ref%3DARQkmb1qDMw-q1Chr4GS8vEWlPkRHQJWdoPaJ2MTehL7vVaINxMolBJKLxeufQbXGZ0%26fref%3Dgs%26dti%3D123893928215992%26hc_location%3Dgroup&source=gmail&ust=1519751479206000&usg=AFQjCNH0WjVkYdm-4axRVvFLiTQmnrr2qQ" href="https://www.facebook.com/Blog-Hist%C3%B3rias-de-Portugal-em-Marrocos-963298180381733/?ref=gs&hc_ref=ARQkmb1qDMw-q1Chr4GS8vEWlPkRHQJWdoPaJ2MTehL7vVaINxMolBJKLxeufQbXGZ0&fref=gs&dti=123893928215992&hc_location=group" rel="nofollow" style="color: #365899; font-family: inherit;" target="_blank">Blog Histórias de Portugal em Marrocos</a>.</span></h5>
<a class="m_3195473922676202092enhancr_card_0400942989" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://historiasdeportugalemarrocos.com/2018/02/24/alcacer-ceguer-a-cidade-redonda/&source=gmail&ust=1519751479206000&usg=AFQjCNGlps8evtEcKy5VOKoOdViwqiKPQA" href="https://historiasdeportugalemarrocos.com/2018/02/24/alcacer-ceguer-a-cidade-redonda/" style="color: #1155cc;" target="_blank">Alcácer Ceguer, a cidade redonda</a></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div class="m_3195473922676202092ydp54a70365yahoo-link-enhancr-card m_3195473922676202092ydp54a70365ymail-preserve-class m_3195473922676202092ydp54a70365ymail-preserve-style" id="m_3195473922676202092ydp54a70365enhancr_card_0400942989" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, "Segoe UI", Arial, sans-serif; font-size: 13px; max-width: 400px;">
<a class="m_3195473922676202092ydp54a70365yahoo-enhancr-cardlink" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://historiasdeportugalemarrocos.com/2018/02/24/alcacer-ceguer-a-cidade-redonda/&source=gmail&ust=1519751479206000&usg=AFQjCNGlps8evtEcKy5VOKoOdViwqiKPQA" href="https://historiasdeportugalemarrocos.com/2018/02/24/alcacer-ceguer-a-cidade-redonda/" rel="nofollow" style="color: rgb(0, 0, 0) !important; text-decoration-line: none !important;" target="_blank"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_3195473922676202092ydp54a70365card-wrapper m_3195473922676202092ydp54a70365yahoo-ignore-table" style="max-width: 400px;"><tbody>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px;" width="400"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_3195473922676202092ydp54a70365card m_3195473922676202092ydp54a70365yahoo-ignore-table" style="border-color: rgb(224, 228, 233); border-radius: 2px; border-style: solid; border-width: 1px; max-width: 400px; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td background="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEiVeye8J5goYLV1AJmxKOIJKSwmv9dXxW0Vf3qlcd-FaPePOzLAYtfVC63o6LpJjPpchPrUmVMHwphicRj_ch3TmUSFIb2RJjWeIfi1VpD2oYt-q45i9Wu_BEFHOPz69-bH5JSRrSBkwSKDwKHMVMZ7z2WcstbNL850_fntT7uAoJrr_dPqaGfqwl991QoQYPLi3iw18jL2m4jGZXhp8tLINQxOC8gnOrVCkSVgk5WE3jsSVzDup0PNuQdHhO_ffDpidAFWBeyU-skzEPaIWD2azSK_ljuJJshdkoo1vmMgsvt_IUuH3cRO1N5doiBD6K-rbExJ9_qiNWqVysqnYfk4bnts5SXMvsswaTATLt07=s0-d-e1-ft" bgcolor="#000000" class="m_3195473922676202092ydp54a70365card-primary-image-cell" height="175" style="background-color: black; background-image: url("https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEiVeye8J5goYLV1AJmxKOIJKSwmv9dXxW0Vf3qlcd-FaPePOzLAYtfVC63o6LpJjPpchPrUmVMHwphicRj_ch3TmUSFIb2RJjWeIfi1VpD2oYt-q45i9Wu_BEFHOPz69-bH5JSRrSBkwSKDwKHMVMZ7z2WcstbNL850_fntT7uAoJrr_dPqaGfqwl991QoQYPLi3iw18jL2m4jGZXhp8tLINQxOC8gnOrVCkSVgk5WE3jsSVzDup0PNuQdHhO_ffDpidAFWBeyU-skzEPaIWD2azSK_ljuJJshdkoo1vmMgsvt_IUuH3cRO1N5doiBD6K-rbExJ9_qiNWqVysqnYfk4bnts5SXMvsswaTATLt07=s0-d-e1-ft"); background-size: cover; border-radius: 2px 2px 0px 0px; margin: 0px; min-height: 175px;" valign="top"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_3195473922676202092ydp54a70365card-overlay-container-table m_3195473922676202092ydp54a70365yahoo-ignore-table" style="width: 398.182px;"><tbody>
<tr><td background="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhofjfT0YKD4quZeP2MWPtvrE4miTikv2Wrxxd0zRTlkcIoxOFWaXnfO4jiqkbkA2dY8W8YGe220Yhb4U79PQvyViraTK-A2fxl5NKtJbWKC4Dn0iafJ6vxeCvH2KcynEzRrgNfG23To-OVp3fi6VcIRnwlEtfkt1FA2v6jFqJj0LBA-rj9dPr5amXIoHd81iEXdw=s0-d-e1-ft" bgcolor="transparent" class="m_3195473922676202092ydp54a70365card-overlay-cell" style="background-color: transparent; background-image: url("https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhofjfT0YKD4quZeP2MWPtvrE4miTikv2Wrxxd0zRTlkcIoxOFWaXnfO4jiqkbkA2dY8W8YGe220Yhb4U79PQvyViraTK-A2fxl5NKtJbWKC4Dn0iafJ6vxeCvH2KcynEzRrgNfG23To-OVp3fi6VcIRnwlEtfkt1FA2v6jFqJj0LBA-rj9dPr5amXIoHd81iEXdw=s0-d-e1-ft"); border-radius: 2px 2px 0px 0px; margin: 0px; min-height: 175px;" valign="top"><table border="0" class="m_3195473922676202092ydp54a70365yahoo-ignore-table" style="height: 175px; min-height: 175px; width: 398.182px;"><tbody>
<tr><td class="m_3195473922676202092ydp54a70365card-richInfo2" style="margin: 0px; padding: 15px 0px 0px 15px; vertical-align: top;"></td><td class="m_3195473922676202092ydp54a70365card-actions" style="margin: 0px; padding: 15px 15px 0px 0px; text-align: right; vertical-align: top;"><div class="m_3195473922676202092ydp54a70365card-share-container">
</div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
<tr><td style="margin: 0px;"><table align="center" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_3195473922676202092ydp54a70365card-info m_3195473922676202092ydp54a70365yahoo-ignore-table" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border-radius: 0px 0px 2px 2px; border-top: 1px solid rgb(224, 228, 233); max-width: 400px; width: 398.182px;"><tbody>
<tr><td style="border-radius: 0px 0px 0px 2px; margin: 0px; padding: 16px 0px 16px 12px; vertical-align: top;"></td><td style="border-radius: 0px 0px 2px; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, "Segoe UI", Arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 12px 24px 16px 12px; vertical-align: middle; width: 350.384px;"><h2 class="m_3195473922676202092ydp54a70365card-title" style="color: #26282a; font-size: 14px; line-height: 19px; margin: 0px 0px 6px;">
Alcácer Ceguer, a cidade redonda</h2>
<div class="m_3195473922676202092ydp54a70365card-description" style="color: #979ba7; font-size: 12px; line-height: 16px;">
O arco da Couraça de Alcácer Ceguer A história de Alcácer Ceguer encontra-se intimamente ligada ao Estreito de G...</div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</a></div>
<div class="yj6qo" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
</div>
<div class="adL" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
</div>
</div>
Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-8191886139895319642018-02-24T17:49:00.001+00:002018-02-24T17:49:24.071+00:00(Diálogos Lusófonos) Ouvir as palavras de Álvaro de Campos<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
Ouvir as palavras de Álvaro Campos:</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
Ultimatum: Mandato de Despejo aos Madarins do Mundo</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<span style="color: black;"><a class="m_6533707286733785328enhancr_card_9592561119" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://www.youtube.com/watch?v%3Dgl-UL6cm7Us&source=gmail&ust=1519579346385000&usg=AFQjCNFm1QBuPXJk88zOUMEdBEitByZjHA" href="https://www.youtube.com/watch?v=gl-UL6cm7Us" style="color: #1155cc;" target="_blank">Ouvir as palavras de Álvaro Campos : Ultimatum </a></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #111111; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">Álvaro de Campos é um dos heterônimos mais conhecidos do poeta português Fernando Pessoa. Este fez uma biografia para cada um dos seus heterônimos e declarou assim que Álvaro de Campos: Nasceu em Tavira da Serra Grande, teve uma educação exemplar de Liceu; depois foi para Glasgowsky, Escócia, estudar engenharia naval. Numas férias fez a viagem ao Oriente Médio de onde resultou o Opiário. Agora está aqui em Lisboa em inatividade.
Ultimatum Mandado de despejo aos mandarins do mundo
Fora tu,
reles
esnobe
plebeu
E fora tu, imperialista das sucatas
Charlatão da sinceridade
e tu, da juba socialista, e tu, qualquer outro
Ultimatum a todos eles
E a todos que sejam como eles
Todos!
Monte de tijolos com pretensões a casa
Inútil luxo, megalomania triunfante
E tu, Brasil, blague de Pedro Álvares Cabral
Que nem te queria descobrir
Ultimatum a vós que confundis o humano com o popular
Que confundis tudo
Vós, anarquistas deveras sinceros
Socialistas a invocar a sua qualidade de trabalhadores
Para quererem deixar de trabalhar
Sim, todos vós que representais o mundo
Homens altos
Passai por baixo do meu desprezo
Passai aristocratas de tanga de ouro
Passai Frouxos
Passai radicais do pouco
Quem acredita neles?
Mandem tudo isso para casa
Descascar batatas simbólicas
Fechem-me tudo isso a chave
E deitem a chave fora
Sufoco de ter só isso a minha volta
Deixem-me respirar
Abram todas as janelas
Abram mais janelas
Do que todas as janelas que há no mundo
Nenhuma idéia grande
Nenhuma corrente política
Que soe a uma idéia grão
E o mundo quer a inteligência nova
A sensibilidade nova
O mundo tem sede de que se crie
Porque aí está apodrecer a vida
Quando muito é estrume para o futuro
O que aí está não pode durar
Porque não é nada
Eu da raça dos navegadores
Afirmo que não pode durar
Eu da raça dos descobridores
Desprezo o que seja menos
Que descobrir um novo mundo
Proclamo isso bem alto
Braços erguidos
Fitando o Atlântico
E saudando abstratamente o infinito."</span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<a class="m_6533707286733785328enhancr_card_9592561119" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://www.youtube.com/watch?v%3Dgl-UL6cm7Us&source=gmail&ust=1519579346385000&usg=AFQjCNFm1QBuPXJk88zOUMEdBEitByZjHA" href="https://www.youtube.com/watch?v=gl-UL6cm7Us" style="color: #1155cc;" target="_blank">Maria Bethania - Texto Ultimatum - Fernando Pessoa</a></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<br />
<div class="yj6qo" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
</div>
<br />
<div class="m_6533707286733785328ydp78a8b98yahoo-link-enhancr-card m_6533707286733785328ydp78a8b98ymail-preserve-class m_6533707286733785328ydp78a8b98ymail-preserve-style" id="m_6533707286733785328ydp78a8b98enhancr_card_9592561119" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, "Segoe UI", Arial, sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; max-width: 400px; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<a class="m_6533707286733785328ydp78a8b98yahoo-enhancr-cardlink" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://www.youtube.com/watch?v%3Dgl-UL6cm7Us&source=gmail&ust=1519579346385000&usg=AFQjCNFm1QBuPXJk88zOUMEdBEitByZjHA" href="https://www.youtube.com/watch?v=gl-UL6cm7Us" rel="nofollow" style="color: rgb(0, 0, 0) !important; text-decoration: none !important;" target="_blank"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_6533707286733785328ydp78a8b98card-wrapper m_6533707286733785328ydp78a8b98yahoo-ignore-table" style="max-width: 400px;"><tbody>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px;" width="400"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_6533707286733785328ydp78a8b98card m_6533707286733785328ydp78a8b98yahoo-ignore-table" style="border-color: rgb(224, 228, 233); border-radius: 2px; border-style: solid; border-width: 1px; max-width: 400px; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td background="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEj3E0tg1qzcaHhMTUN0q6pK-9DUFs0DdaY6G05zmwiWJvzclXIpxncaCLcHh9zA8eqPbd8AkG0wqOJBdD7GYTue9FJlFA1eNPCXDiez5z3Jw8ClxGcXHXr60bArmWMPljU02iXwt-Ij5AMwmoxpprL-8SeiUDyS6Bcb7YJli6DsMCM0JAH4_Uvq8ijXfgKs3oFMBL-k0qO-Mnrt_VKpjwMEFsMYfIt-fOTLT9vwzogX6i5aLvmkS6BLgjrSKXkK4fg1p5_5BgZQji6aflX9jHLaW7VYj3FqAwZYSu2fMbjiVBTlXl00XSc=s0-d-e1-ft" bgcolor="#000000" class="m_6533707286733785328ydp78a8b98card-primary-image-cell" height="175" style="background-color: black; background-image: url("https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEj3E0tg1qzcaHhMTUN0q6pK-9DUFs0DdaY6G05zmwiWJvzclXIpxncaCLcHh9zA8eqPbd8AkG0wqOJBdD7GYTue9FJlFA1eNPCXDiez5z3Jw8ClxGcXHXr60bArmWMPljU02iXwt-Ij5AMwmoxpprL-8SeiUDyS6Bcb7YJli6DsMCM0JAH4_Uvq8ijXfgKs3oFMBL-k0qO-Mnrt_VKpjwMEFsMYfIt-fOTLT9vwzogX6i5aLvmkS6BLgjrSKXkK4fg1p5_5BgZQji6aflX9jHLaW7VYj3FqAwZYSu2fMbjiVBTlXl00XSc=s0-d-e1-ft"); background-size: cover; border-radius: 2px 2px 0px 0px; font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; min-height: 175px;" valign="top"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_6533707286733785328ydp78a8b98card-overlay-container-table m_6533707286733785328ydp78a8b98yahoo-ignore-table" style="width: 398.182px;"><tbody>
<tr><td background="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhofjfT0YKD4quZeP2MWPtvrE4miTikv2Wrxxd0zRTlkcIoxOFWaXnfO4jiqkbkA2dY8W8YGe220Yhb4U79PQvyViraTK-A2fxl5NKtJbWKC4Dn0iafJ6vxeCvH2KcynEzRrgNfG23To-OVp3fi6VcIRnwlEtfkt1FA2v6jFqJj0LBA-rj9dPr5amXIoHd81iEXdw=s0-d-e1-ft" bgcolor="transparent" class="m_6533707286733785328ydp78a8b98card-overlay-cell" style="background-color: transparent; background-image: url("https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhofjfT0YKD4quZeP2MWPtvrE4miTikv2Wrxxd0zRTlkcIoxOFWaXnfO4jiqkbkA2dY8W8YGe220Yhb4U79PQvyViraTK-A2fxl5NKtJbWKC4Dn0iafJ6vxeCvH2KcynEzRrgNfG23To-OVp3fi6VcIRnwlEtfkt1FA2v6jFqJj0LBA-rj9dPr5amXIoHd81iEXdw=s0-d-e1-ft"); border-radius: 2px 2px 0px 0px; font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; min-height: 175px;" valign="top"><table border="0" class="m_6533707286733785328ydp78a8b98yahoo-ignore-table" style="height: 175px; min-height: 175px; width: 398.182px;"><tbody>
<tr><td class="m_6533707286733785328ydp78a8b98card-richInfo2" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 15px 0px 0px 15px; text-align: left; vertical-align: top;"></td><td class="m_6533707286733785328ydp78a8b98card-actions" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 15px 15px 0px 0px; text-align: right; vertical-align: top;"><div class="m_6533707286733785328ydp78a8b98card-share-container">
</div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px;"><table align="center" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_6533707286733785328ydp78a8b98card-info m_6533707286733785328ydp78a8b98yahoo-ignore-table" style="background: rgb(255, 255, 255); border-radius: 0px 0px 2px 2px; border-top: 1px solid rgb(224, 228, 233); max-width: 400px; width: 398.182px;"><tbody>
<tr><td style="background-color: white; border-radius: 0px 0px 0px 2px; font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 16px 0px 16px 12px; vertical-align: top;"><img class="m_6533707286733785328ydp78a8b98card-object-1 m_6533707286733785328ydp78a8b98yahoo-ignore-inline-image m_6533707286733785328ydp78a8b98ymail-preserve-class CToWUd" height="36" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEg0f7ElKZJJ-yon06l1dihGRVUe6CdU7_LDttb4Vl3dprvhzZslHqGqZhqwOgYIrrQEbEy02tUGtbgofNrcefw_L3-CDHvcnxzf9qF-cxfmnIyNREccRPZJaAuIJYDN14cl_r2vRnVr4MeTcauf_L4-FKKPw1kiiQYx56rsRuyq_hQ=s0-d-e1-ft" style="margin-top: 3px; min-width: 36px;" /></td><td style="border-radius: 0px 0px 2px; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, "Segoe UI", Arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 12px 24px 16px 12px; vertical-align: middle; width: 314.02px;"><h2 class="m_6533707286733785328ydp78a8b98card-title" style="color: #26282a; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, "Segoe UI", Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin: 0px 0px 6px;">
Maria Bethania - Texto Ultimatum - Fernando Pessoa</h2>
<div class="m_6533707286733785328ydp78a8b98card-description" style="color: #979ba7; font-size: 12px; line-height: 16px; margin: 0px;">
Álvaro de Campos é um dos heterônimos mais conhecidos do poeta português Fernando Pessoa. Este fez uma biografia...</div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</a></div>
</div>
Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-26599340697569425112018-02-24T17:46:00.003+00:002018-02-24T17:46:39.106+00:00(Diálogos Lusófonos) As Flores do Imperador<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<h1 class="m_2993201426777695448ydp646907f3site-section__header__title m_2993201426777695448ydp646907f3no-padding-top m_2993201426777695448ydp646907f3no-padding-bottom" style="background-color: white; color: #111111; font-family: futura-pt, Futura, sans-serif; letter-spacing: -0.5px; line-height: 1.05; margin: 15px 0px 10px; padding: 0px;">
<i>"<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 16px;">Descritas por eruditos e botânicos, as flores foram representadas em álbuns profusamente ilustrados.</span>"</i></h1>
<h1 class="m_2993201426777695448ydp646907f3site-section__header__title m_2993201426777695448ydp646907f3no-padding-top m_2993201426777695448ydp646907f3no-padding-bottom" style="background-color: white; color: #111111; font-family: futura-pt, Futura, sans-serif; letter-spacing: -0.5px; line-height: 1.05; margin: 15px 0px 10px; padding: 0px;">
As Flores do Imperador</h1>
<div class="m_2993201426777695448ydp646907f3row m_2993201426777695448ydp646907f3event__lead" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Georgia, serif; font-size: 16px; margin: 0px;">
<div class="m_2993201426777695448ydp646907f3single-page__lead" style="font-family: futura-pt, Futura, sans-serif; letter-spacing: -0.5px; line-height: 1.2; margin-bottom: 15px;">
</div>
<div style="color: #111111;">
Do Bolbo ao Tapete </div>
<div>
<span style="color: #111111;"> <b> </b></span></div>
<div>
<span style="background-color: #eeeeee; font-family: futura-pt, Futura, sans-serif; font-size: 14px;"><b>At</b></span><span style="background-color: #eeeeee; font-family: futura-pt, Futura, sans-serif; font-size: 14px;"><b>é 21 maio 2018 </b></span></div>
<div>
<b style="font-size: 14px;">10:00 até 17:30, na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa</b></div>
</div>
<div class="m_2993201426777695448ydp646907f3event__full__details m_2993201426777695448ydp646907f3margin-top-half m_2993201426777695448ydp646907f3margin-bottom m_2993201426777695448ydp646907f3event__details m_2993201426777695448ydp646907f3row" style="background-color: #eeeeee; border-radius: 0px; color: #87857d; font-family: futura-pt, Futura, sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 20px !important; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 10px; padding: 20px;">
<span style="background-color: white; color: #111111; font-family: Georgia, serif;">Ao longo do século XVI, as amplas relações que os europeus estabeleceram com o mundo redimensionaram o seu conhecimento acerca da natureza. Das Índias Orientais e Ocidentais aportaram na Europa novos produtos e novas espécies de plantas e de animais. Do Levante chegaram sementes e bolbos de flores exóticas. Alvo de profunda admiração, a beleza destas flores motivou uma crescente atenção dos botânicos sobre o estudo da flora exótica e local. Muito requeridas e apreciadas por curiosos, eruditos e aristocratas, as flores passaram a ter lugar privilegiado nos jardins então criados. No entanto, apenas os jardins dos mais afortunados exibiam exemplares das tão requeridas plantas exóticas. Descritas por eruditos e botânicos, as flores foram representadas em álbuns profusamente ilustrados. Estes impressos tiveram ampla circulação na Europa e nos vastos espaços imperiais. Levados por viajantes e emissários europeus nas suas missões diplomáticas, religiosas e comerciais, estes volumes chegaram, desde finais do século XVI à corte Mogol onde foram muito apreciados. Sob o patrocínio imperial, os artistas locais ensaiaram as técnicas de desenho e os modelos de representação patentes nos compêndios europeus.</span><img alt="Inline image" class="m_2993201426777695448ydp506101e4yahoo-inline-image CToWUd a6T" height="320" src="https://mail.google.com/mail/u/0/?ui=2&ik=784529a307&view=fimg&th=161c34f78d37b65f&attid=0.1&disp=emb&attbid=ANGjdJ_Q-vExQRrXX9Sn0NJG_oZ__b9zM2cUrOliW4ZaDMVU3pHfV9LCM7p1F6ELVh0FrEDWtDMCBgKe3sfEXyOVdPOmvjX55PwpiKY4tC3Wu2YtFQ99ZGxL1db3Svk&sz=s0-l75-ft&ats=1519408686348&rm=161c34f78d37b65f&zw&atsh=1" style="color: #111111; font-family: Georgia, serif; max-width: 800px; outline: 0px;" tabindex="0" title="Inline image" width="194" /></div>
<div class="m_2993201426777695448ydp646907f3event__full__details m_2993201426777695448ydp646907f3margin-top-half m_2993201426777695448ydp646907f3margin-bottom m_2993201426777695448ydp646907f3event__details m_2993201426777695448ydp646907f3row" style="background-color: #eeeeee; border-radius: 0px; color: #87857d; font-family: futura-pt, Futura, sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 20px !important; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 10px; padding: 20px;">
<span style="background-color: white; color: #111111; font-family: Georgia, serif;"><a class="m_2993201426777695448enhancr_card_0311819058" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=http://back.ly/1FT0M%23https://gulbenkian.pt/museu/evento/do-bolbo-ao-tapete/&source=gmail&ust=1519495086354000&usg=AFQjCNFquyaDh71Q2iHOm_BoeXvFKSfwXA" href="http://back.ly/1FT0M#https://gulbenkian.pt/museu/evento/do-bolbo-ao-tapete/" style="color: #1155cc;" target="_blank">As Flores do Imperador - Museu Calouste Gulbenkian</a></span><div>
<br /></div>
<div class="m_2993201426777695448ydp9fbb7df2yahoo-link-enhancr-card m_2993201426777695448ydp9fbb7df2ymail-preserve-class m_2993201426777695448ydp9fbb7df2ymail-preserve-style" id="m_2993201426777695448ydp9fbb7df2enhancr_card_0311819058" style="font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, "Segoe UI", Arial, sans-serif; max-width: 400px;">
<a class="m_2993201426777695448ydp9fbb7df2yahoo-enhancr-cardlink" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=http://back.ly/1FT0M%23https://gulbenkian.pt/museu/evento/do-bolbo-ao-tapete/&source=gmail&ust=1519495086354000&usg=AFQjCNFquyaDh71Q2iHOm_BoeXvFKSfwXA" href="http://back.ly/1FT0M#https://gulbenkian.pt/museu/evento/do-bolbo-ao-tapete/" rel="nofollow" style="color: rgb(0, 0, 0) !important; text-decoration-line: none !important;" target="_blank"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_2993201426777695448ydp9fbb7df2card-wrapper m_2993201426777695448ydp9fbb7df2yahoo-ignore-table" style="max-width: 400px;"><tbody>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px;" width="400"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_2993201426777695448ydp9fbb7df2card m_2993201426777695448ydp9fbb7df2yahoo-ignore-table" style="border-color: rgb(224, 228, 233); border-radius: 2px; border-style: solid; border-width: 1px; max-width: 400px; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td background="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEjRQBw9ste3LfU0RYNeCWS82reZ1cCOYID35COSWcfMSFRNy2Zy9wkW9EgZ7z6rJ-53quUSkHQJv13QiQvSwrwExlAxXiNUHr-Yv4gnI-xEpFcS8Q5kC-b8DuXQ3w6PXYwgkdXfZVLdMoWoTDO3H9AyErG6ybipAOA3UukDMPYeX3VBlxRHcnPG-W5nLR9M_nnoSkHyVGT0toe1xBFrRmDT44cEC3c9abv19J5x40ie2B7v8R6s-SXsNZNTq1_J5OuPF-DaE6RfQQuXaAfFp3hlc_aZLsPklALIg2ykG-EKjTRg9dNgeK3LKy57JQKC4s2yNVaWR1-zLhze-mBO80tdq9jjjNx2HS1zbebHLhD9loRVxy1OHkBr6XVwGp6z3VThwM9EnkNwtxHsQIlZ5vSZU1c=s0-d-e1-ft" bgcolor="#000000" class="m_2993201426777695448ydp9fbb7df2card-primary-image-cell" height="175" style="background-color: black; background-image: url("https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEjRQBw9ste3LfU0RYNeCWS82reZ1cCOYID35COSWcfMSFRNy2Zy9wkW9EgZ7z6rJ-53quUSkHQJv13QiQvSwrwExlAxXiNUHr-Yv4gnI-xEpFcS8Q5kC-b8DuXQ3w6PXYwgkdXfZVLdMoWoTDO3H9AyErG6ybipAOA3UukDMPYeX3VBlxRHcnPG-W5nLR9M_nnoSkHyVGT0toe1xBFrRmDT44cEC3c9abv19J5x40ie2B7v8R6s-SXsNZNTq1_J5OuPF-DaE6RfQQuXaAfFp3hlc_aZLsPklALIg2ykG-EKjTRg9dNgeK3LKy57JQKC4s2yNVaWR1-zLhze-mBO80tdq9jjjNx2HS1zbebHLhD9loRVxy1OHkBr6XVwGp6z3VThwM9EnkNwtxHsQIlZ5vSZU1c=s0-d-e1-ft"); background-size: cover; border-radius: 2px 2px 0px 0px; margin: 0px; min-height: 175px;" valign="top"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_2993201426777695448ydp9fbb7df2card-overlay-container-table m_2993201426777695448ydp9fbb7df2yahoo-ignore-table" style="width: 398.182px;"><tbody>
<tr><td background="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhofjfT0YKD4quZeP2MWPtvrE4miTikv2Wrxxd0zRTlkcIoxOFWaXnfO4jiqkbkA2dY8W8YGe220Yhb4U79PQvyViraTK-A2fxl5NKtJbWKC4Dn0iafJ6vxeCvH2KcynEzRrgNfG23To-OVp3fi6VcIRnwlEtfkt1FA2v6jFqJj0LBA-rj9dPr5amXIoHd81iEXdw=s0-d-e1-ft" bgcolor="transparent" class="m_2993201426777695448ydp9fbb7df2card-overlay-cell" style="background-color: transparent; background-image: url("https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhofjfT0YKD4quZeP2MWPtvrE4miTikv2Wrxxd0zRTlkcIoxOFWaXnfO4jiqkbkA2dY8W8YGe220Yhb4U79PQvyViraTK-A2fxl5NKtJbWKC4Dn0iafJ6vxeCvH2KcynEzRrgNfG23To-OVp3fi6VcIRnwlEtfkt1FA2v6jFqJj0LBA-rj9dPr5amXIoHd81iEXdw=s0-d-e1-ft"); border-radius: 2px 2px 0px 0px; margin: 0px; min-height: 175px;" valign="top"><table border="0" class="m_2993201426777695448ydp9fbb7df2yahoo-ignore-table" style="height: 175px; min-height: 175px; width: 398.182px;"><tbody>
<tr><td class="m_2993201426777695448ydp9fbb7df2card-richInfo2" style="margin: 0px; padding: 15px 0px 0px 15px; vertical-align: top;"></td><td class="m_2993201426777695448ydp9fbb7df2card-actions" style="margin: 0px; padding: 15px 15px 0px 0px; text-align: right; vertical-align: top;"><div class="m_2993201426777695448ydp9fbb7df2card-share-container">
</div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
<tr><td style="margin: 0px;"><table align="center" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_2993201426777695448ydp9fbb7df2card-info m_2993201426777695448ydp9fbb7df2yahoo-ignore-table" style="background: rgb(255, 255, 255); border-radius: 0px 0px 2px 2px; border-top: 1px solid rgb(224, 228, 233); max-width: 400px; width: 398.182px;"><tbody>
<tr><td style="border-radius: 0px 0px 0px 2px; margin: 0px; padding: 16px 0px 16px 12px; vertical-align: top;"></td><td style="border-radius: 0px 0px 2px; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, "Segoe UI", Arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 12px 24px 16px 12px; vertical-align: middle; width: 350.384px;"><h2 class="m_2993201426777695448ydp9fbb7df2card-title" style="color: #26282a; font-size: 14px; line-height: 19px; margin: 0px 0px 6px;">
As Flores do Imperador - Museu Calouste Gulbenkian</h2>
<div class="m_2993201426777695448ydp9fbb7df2card-description" style="color: #979ba7; font-size: 12px; line-height: 16px;">
Ao longo do século XVI, as amplas relações que os europeus estabeleceram com o mundo redimensionaram o seu conhe...</div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</a></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
</div>
<div class="yj6qo" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
</div>
</div>
Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-79570986115835157242018-02-14T17:44:00.000+00:002018-02-14T17:44:05.945+00:00(Diálogos Lusófonos) Como o Brasil “tirou o Carnaval do povo”<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<h3 style="background-color: #f3f3f3; color: black; font-family: serif; font-size: 1.5em; line-height: 1.16; margin-bottom: 0.8439em; margin-top: 0px;">
Como o Brasil “tirou o Carnaval do povo”. André Jordan regressa ao morro de onde saiu o samba</h3>
<div class="m_-210686219307225011ydp6227286dsmall m_-210686219307225011ydp6227286dtxtGrey m_-210686219307225011ydp6227286dfw-400 m_-210686219307225011ydp6227286dalignTxt2Top" style="background-color: #f3f3f3; color: #0c0c0c; font-family: Roboto, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 0.75em; margin-bottom: 1.26585em;">
12 fev, 2018 - 20:00 • <a class="m_-210686219307225011ydp6227286dlnkDarkGrey" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=http://rr.sapo.pt/artigo/33599/catarina-santos&source=gmail&ust=1518715844132000&usg=AFQjCNHLkFW1G39bTtDB5pCUyRPVGVvvKg" href="http://rr.sapo.pt/artigo/33599/catarina-santos" rel="nofollow" style="background-clip: initial; background-color: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #505050;" target="_blank">Catarina Santos</a></div>
<div class="m_-210686219307225011ydp6227286dall-100 m_-210686219307225011ydp6227286dhalf-bottom-padding m_-210686219307225011ydp6227286dsmall" style="background-color: #f3f3f3; color: black; font-family: Roboto, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 0.75em; padding-bottom: 1em; width: 308.688px;">
Carnaval rima com samba no Brasil, mas não foi sempre assim. André Jordan, empresário do turismo que vive em Portugal há quase 50 anos, foi um dos responsáveis pela abertura daquele género musical à classe média e alta carioca, na década de 1950. Com as irmãs Dalal Achcar e Aniela Jordan de visita a Portugal, a família faz uma viagem no tempo para recordar como o samba saiu do morro. Apesar de o carnaval estar hoje dominado por patrocinadores e ter perdido "espontaneidade", continua a ser "o escape" do povo.</div>
e ouça aqui, André Jordan»»»»</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<a class="m_-210686219307225011enhancr_card_9510437789" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=http://rr.sapo.pt/video/163602/como-o-brasil-tirou-o-carnaval-do-povo-andre-jordan-regressa-ao-morro-de-onde-saiu-o-samba&source=gmail&ust=1518715844132000&usg=AFQjCNHJyEOlhHTbbQuiHFqJzJvTY14VmQ" href="http://rr.sapo.pt/video/163602/como-o-brasil-tirou-o-carnaval-do-povo-andre-jordan-regressa-ao-morro-de-onde-saiu-o-samba" style="color: #1155cc;" target="_blank">Como o Brasil “tirou o Carnaval do povo”. André Jordan regressa ao morro de onde saiu o samba - Renascença V+</a></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<br />
<div class="yj6qo" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
</div>
<br />
<div class="m_-210686219307225011ydpe715d756yahoo-link-enhancr-card m_-210686219307225011ydpe715d756ymail-preserve-class m_-210686219307225011ydpe715d756ymail-preserve-style" id="m_-210686219307225011ydpe715d756enhancr_card_9510437789" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, "Segoe UI", Arial, sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; max-width: 400px; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<a class="m_-210686219307225011ydpe715d756yahoo-enhancr-cardlink" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=http://rr.sapo.pt/video/163602/como-o-brasil-tirou-o-carnaval-do-povo-andre-jordan-regressa-ao-morro-de-onde-saiu-o-samba&source=gmail&ust=1518715844132000&usg=AFQjCNHJyEOlhHTbbQuiHFqJzJvTY14VmQ" href="http://rr.sapo.pt/video/163602/como-o-brasil-tirou-o-carnaval-do-povo-andre-jordan-regressa-ao-morro-de-onde-saiu-o-samba" rel="nofollow" style="color: rgb(0, 0, 0) !important; text-decoration: none !important;" target="_blank"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_-210686219307225011ydpe715d756card-wrapper m_-210686219307225011ydpe715d756yahoo-ignore-table" style="max-width: 400px;"><tbody>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px;" width="400"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_-210686219307225011ydpe715d756card m_-210686219307225011ydpe715d756yahoo-ignore-table" style="border-color: rgb(224, 228, 233); border-radius: 2px; border-style: solid; border-width: 1px; max-width: 400px; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td background="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhG95PNBvGkzpme2SYVWyptiGp8QsVaaR468cPz3hJiAptt-MqVheGX709xA-9jS-wQQ1KAkGGZ_1x71WVrWzGiBhJ_uLy99WfeWRzFqfmOVXzElRvf1xARNwwHq9wFNom9YVj37YBTsRCGA_1c5Y1vbkQYB3SYr4PKuK-YsZQoGazCfQJyiKnsPREgtf9vWFHcxOPuyomy5r4kyHZQpyuE7gaIQ3dqZXr7y9Ryce6R25H6eC3pxRfS64GpCdEOwmQfOT8Wz16gzvs8MSh27sLvghGI_GItG0_6zIzCC_4WOBs8ecDrmtb5cRW8BxupJeKria9maL6XoPzvPq63cVE=s0-d-e1-ft" bgcolor="#000000" class="m_-210686219307225011ydpe715d756card-primary-image-cell" height="175" style="background-color: black; background-image: url("https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhG95PNBvGkzpme2SYVWyptiGp8QsVaaR468cPz3hJiAptt-MqVheGX709xA-9jS-wQQ1KAkGGZ_1x71WVrWzGiBhJ_uLy99WfeWRzFqfmOVXzElRvf1xARNwwHq9wFNom9YVj37YBTsRCGA_1c5Y1vbkQYB3SYr4PKuK-YsZQoGazCfQJyiKnsPREgtf9vWFHcxOPuyomy5r4kyHZQpyuE7gaIQ3dqZXr7y9Ryce6R25H6eC3pxRfS64GpCdEOwmQfOT8Wz16gzvs8MSh27sLvghGI_GItG0_6zIzCC_4WOBs8ecDrmtb5cRW8BxupJeKria9maL6XoPzvPq63cVE=s0-d-e1-ft"); background-size: cover; border-radius: 2px 2px 0px 0px; font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; min-height: 175px;" valign="top"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_-210686219307225011ydpe715d756card-overlay-container-table m_-210686219307225011ydpe715d756yahoo-ignore-table" style="width: 398.182px;"><tbody>
<tr><td background="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhofjfT0YKD4quZeP2MWPtvrE4miTikv2Wrxxd0zRTlkcIoxOFWaXnfO4jiqkbkA2dY8W8YGe220Yhb4U79PQvyViraTK-A2fxl5NKtJbWKC4Dn0iafJ6vxeCvH2KcynEzRrgNfG23To-OVp3fi6VcIRnwlEtfkt1FA2v6jFqJj0LBA-rj9dPr5amXIoHd81iEXdw=s0-d-e1-ft" bgcolor="transparent" class="m_-210686219307225011ydpe715d756card-overlay-cell" style="background-color: transparent; background-image: url("https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhofjfT0YKD4quZeP2MWPtvrE4miTikv2Wrxxd0zRTlkcIoxOFWaXnfO4jiqkbkA2dY8W8YGe220Yhb4U79PQvyViraTK-A2fxl5NKtJbWKC4Dn0iafJ6vxeCvH2KcynEzRrgNfG23To-OVp3fi6VcIRnwlEtfkt1FA2v6jFqJj0LBA-rj9dPr5amXIoHd81iEXdw=s0-d-e1-ft"); border-radius: 2px 2px 0px 0px; font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; min-height: 175px;" valign="top"><table border="0" class="m_-210686219307225011ydpe715d756yahoo-ignore-table" style="height: 175px; min-height: 175px; width: 398.182px;"><tbody>
<tr><td class="m_-210686219307225011ydpe715d756card-richInfo2" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 15px 0px 0px 15px; text-align: left; vertical-align: top;"></td><td class="m_-210686219307225011ydpe715d756card-actions" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 15px 15px 0px 0px; text-align: right; vertical-align: top;"><div class="m_-210686219307225011ydpe715d756card-share-container">
</div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px;"><table align="center" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_-210686219307225011ydpe715d756card-info m_-210686219307225011ydpe715d756yahoo-ignore-table" style="background: rgb(255, 255, 255); border-radius: 0px 0px 2px 2px; border-top: 1px solid rgb(224, 228, 233); max-width: 400px; width: 398.182px;"><tbody>
<tr><td style="background-color: white; border-radius: 0px 0px 0px 2px; font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 16px 0px 16px 12px; vertical-align: top;"></td><td style="border-radius: 0px 0px 2px; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, "Segoe UI", Arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 12px 24px 16px 12px; vertical-align: middle; width: 350.384px;"><h2 class="m_-210686219307225011ydpe715d756card-title" style="color: #26282a; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, "Segoe UI", Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin: 0px 0px 6px;">
Como o Brasil “tirou o Carnaval do povo”. André Jordan regressa ao morro...</h2>
<div class="m_-210686219307225011ydpe715d756card-richinfo-primary" style="color: #979ba7; font-size: 12px; line-height: 16px; margin: 0px 0px 4px;">
Renascença</div>
<div class="m_-210686219307225011ydpe715d756card-description" style="color: #979ba7; font-size: 12px; line-height: 16px; margin: 0px;">
Carnaval rima com samba no Brasil, mas não foi sempre assim. André Jordan, empresário do turismo que vive em Por...</div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</a></div>
</div>
Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-79511726045789809642018-02-12T14:20:00.003+00:002018-02-12T14:20:58.815+00:00(Diálogos Lusófonos) A condenação de Lula vai muito além dos tribunais ou da política<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #26282a; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<div id="m_-1863773902808453834ydp90eb899yiv2057917607">
<div id="m_-1863773902808453834ydp90eb899yiv2057917607ygrp-mlmsg">
<div id="m_-1863773902808453834ydp90eb899yiv2057917607ygrp-msg">
<div id="m_-1863773902808453834ydp90eb899yiv2057917607ygrp-text">
<div dir="ltr">
<div class="m_-1863773902808453834ydp90eb899yiv2057917607gmail_default" style="color: black; font-family: verdana, sans-serif; font-size: large;">
<div class="m_-1863773902808453834ydp90eb899yiv2057917607gmail-separator">
<a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://2.bp.blogspot.com/-qst14HimdXs/WoGCN0ekN9I/AAAAAAABRBQ/xdO5dR25UFUEpkJx8ds1pENNL3bXg7e8wCLcBGAs/s1600/Lulacondenado.jpg&source=gmail&ust=1518527657344000&usg=AFQjCNHIxJ0H448HngO-OMmsH-Aqnj051g" href="https://2.bp.blogspot.com/-qst14HimdXs/WoGCN0ekN9I/AAAAAAABRBQ/xdO5dR25UFUEpkJx8ds1pENNL3bXg7e8wCLcBGAs/s1600/Lulacondenado.jpg" rel="nofollow" shape="rect" style="color: #1155cc; margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" class="CToWUd" height="157" src="https://2.bp.blogspot.com/-qst14HimdXs/WoGCN0ekN9I/AAAAAAABRBQ/xdO5dR25UFUEpkJx8ds1pENNL3bXg7e8wCLcBGAs/s320/Lulacondenado.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="margin-bottom: 15px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br clear="none" /></span></div>
<div style="margin-bottom: 15px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Escrito por<b> Felipe Honorato</b></span></div>
<div style="margin-bottom: 15px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Não sei se foi propriamente o magistral Antônio Cândido quem cunhou esta colocação. Sei apenas que, em um prefácio de um livro de Sérgio Buarque de Hollanda, Cândido cita e explica o porquê de “Casa Grande e Senzala”, de Gilberto Freyre, “Raízes do Brasil”, do mesmo Sérgio Buarque, e “Formação do Brasil Contemporâneo”, de Caio Prado Júnior, serem consideradas as obras fundadoras do Brasil: “Ao lado de tais livros, a obra por tantos aspectos penetrante e antecipadora de Oliveira Viana já parecia superada, cheia de preconceitos ideológicos e uma vontade excessiva de adaptar o real a desígnios convencionais”. Eu, particularmente, pediria licença ao grande Antônio Cândido e, na minha humildade e no meu limitado conhecimento da causa, incluiria mais um nome nesta lista tríplice: Afonso de Lima Barreto e seus contos.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Depois que estes pioneiros desenvolveram ideias como o agora contestado mito das três raças fundadoras, estudaram a fundo como o sistema de cultivo agrícola por aqui implantado se assemelhava muito mais com o que os nativos praticavam do que com que os europeus faziam no continente natal, como o português parecia ser predestinado a ser aventureiro, enfim, outros autores e artistas vieram redescobrindo o país, mostrando sua realidade nua e crua; neste grupo, um pouco mais amplo, mas não menos genial, podemos incluir Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, Carolina Maria de Jesus, Otávio Ianni, Florestan Fernandes, Josué de Castro, Darcy Ribeiro, Chico Science, os Racionais Mc´s, Glauber Rocha; além destes, destacarei outros dois nomes que, em algum momento, mesmo sem querer, fizeram com que suas obras se complementassem, ainda que trabalhando com formas de expressão distintas.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Celso Furtado foi um economista brasileiro nascido no sertão da Paraíba. Participou da Segunda Guerra Mundial e, logo depois, obteve seu doutorado na Sorbonne. Trabalhou no DASP, órgão criado por Getúlio Vargas para promover uma reforma no Estado brasileiro, e na CEPAL, no Chile. Deu aulas em universidades como Yale e Cambridge; escreveu seu nome na história das ciências humanas brasileira com a obra canônica “Formação Econômica do Brasil”.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Furtado defendia que o subdesenvolvimento, não só brasileiro, mas como de toda a América Latina, não era uma etapa do processo evolutivo rumo ao desenvolvimento, mas sim um projeto, com características estruturais muito específicas. Isto nos mostrou muito bem, com imagens verossímeis, aquele que é considerado o maior documentarista brasileiro de todos os tempos: Eduardo Coutinho. Sua principal obra – “Cabra Marcado para Morrer” -, assim como a maioria de todas as outras, refletem sobre a realidade do nordeste brasileiro e de sua gente. Coronéis detentores de latinfundios maiores que muitos países do globo, que vivem confortavelmente nas capitais nordestinas, mas impõem aos trabalhadores rurais uma vida planejadamente controlada e cheia de privações – da educação nula ou mínima, até o acesso a bens básicos; capangas 24 horas armados que, ao menor sinal de desacordo com o “poder central”, eliminam a “maçã podre” sem pensar duas vezes; uma classe latifundiária dominante na política e que guia o Estado de acordo com seus interesses. Com suas pequenas variações e particularidades, pode-se dizer que esta é a realidade também do Brasil como um todo: o subdesenvolvimento é um projeto conveniente ao modelo de economia agroexportadora que temos.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Luis Inácio Lula da Silva nasceu em Caetés, agreste pernambucano. Era mais um daqueles fadados a nascer na pobreza e morrer na miséria. Filho da terra onde apenas os coronéis tem direito a alguma coisa, perdeu uma companheira por não ter acesso a médico. Como outros milhões de semelhantes, saiu do Nordeste e foi morar na maior região metropolitana da América do Sul, em busca de uma vida melhor.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Lula poderia ser retratado em algum documentário de Coutinho ou servir de amostra para algum estudo de Celso Furtado; não se contentou com nada disso: como <i>homo politicus</i> que, creio eu, sempre fora, se envolveu com o sindicalismo; ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT), o único partido que, até hoje, pode ser considerado, ao pé da letra, um partido de massa na política brasileira.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Desde o começo, muito por suas ideias, e, talvez, também por seu <i>background</i>, Lula foi demonizado: era o candidato que, se eleito, iria espantar o capital privado do país. Assim, perdeu uma eleição para o “caçador de marajás” e mais duas para Fernando Henrique Cardoso, letrado, intelectual, que cristalizava uma imagem oposta à do operário.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Em 2002 a vez de Lula chegou e toda sua perseverança foi recompensada. Luis Inácio, que deveria estar andando quilômetros e mais quilômetros todos os dias para conseguir água, com um diploma técnico do SENAI, havia alcançado o cargo de presidente da República. O “sapo barbudo” não só chegou lá, mas também, como as estatísticas mostram, tocou o país nos oito melhores anos de sua história.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Há um tempo, eu estava em uma aula na USP do professor Jean Tible e falávamos sobre Patrice Lumumba. Lumumba, líder no processo de independência da República Democrática do Congo ante a Bélgica, teve uma morte extremamente violenta que envolveu assassinato e tortura. Sobre o revolucionário congolês, que defendia que os mineirais congoleses deveriam ser propriedade dos congoleses, Tible comentou, de forma irônica, disparando sobre o colonialismo: “grandes problemas precisam de grandes soluções. As ideias de Patrice Lumumba representavam um grande problema às potências coloniais e, por isso, elas lhe deram uma morte tão violenta”. A trajetória homérica de vida de Lula é um grande problema e o McCartismo ao qual ele vem sendo submetido é a grande solução. Afinal, já imaginaram se todos que pertencem a alguma minoria começassem a acreditar no poder do associativismo e do ativismo? E se todos se vissem capazes de fazer política, seja em sua associação de bairro ou na Presidência da República? Seria a inversão da ordem econômica por aqui vigente há 5 séculos – o subdesenvolvimento deixaria de ser nosso projeto nacional.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">A ameaça da figura de Lula não para por aí. Para mim, fica claro que, apesar de ter de lidar com os mais diferentes grupos de interesse – e creio que o ex-presidente, ao lado de Nelson Mandela, sejam as personificações do que, nos bancos das faculdades de administração pública, aprendemos ser “diplomatas administrativos” -, Lula nunca esqueceu de quem o elegeu, e muito menos de onde ele veio. Por isso, ele colocou negros e mulheres no alto escalão de seu governo; por esta razão, também, criou programas sociais que tiraram o Brasil do mapa da fome e pluralizou o acesso ao ensino superior e a concursos públicos. Muito se questiona sobre o Bolsa Família ter nascido no governo de Fernando Henrique Cardoso e o grupo de trabalho criado pelo próprio FHC após a emblemática marcha pelos 300 anos da morte de Zumbi dos Palmares ter fornecido as bases para a política de cotas. Fato é que Cardoso deixou tudo em um caráter embrionário; quem transformou estas iniciativas em políticas públicas de proporções continentais foi o nordestino de Caetés. Nas relações internacionais, rodeado por um <i>dream team</i> composto por, entre outros, Celso Amorim e Marco Auréleo Garcia, Lula adotou uma política ativa e altiva, de orientação sul-sul, que colocou o país em lugar de destaque no cenário internacional, a ponto de quase termos coordenado uma iniciativa que poria fim ao impasse nuclear envolvendo o Irã e o ocidente, bem como fez com que Lula ganhasse de Barack Obama, ex-presidente estadunidense, o título de político mais popular da Terra – um contraponto ao histórico das relações internacionais brasileiras.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">A condenação de Lula, portanto, ao meu ver, tem as menores das dimensões na justiça ou na impossibilidade dele disputar, novamente, a vaga de mandatário; ela representa uma batalha ferrenha entre o <i>status quo</i> e aquilo que o Brasil poderia ser se Celso Furtado, até hoje, não estivesse tão certo.</span><span style="background-color: transparent;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="margin-bottom: 15px;">
<span style="background-color: transparent;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br clear="none" /></span></span></div>
<div style="margin-bottom: 15px;">
<span style="background-color: transparent;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">[Fonte: <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=http://www.pressenza.com&source=gmail&ust=1518527657344000&usg=AFQjCNEcwWn7q2DWp5_qdk4Vs54JKvdOXA" href="http://www.pressenza.com/" rel="nofollow" shape="rect" style="color: #1155cc;" target="_blank">www.pressenza.com</a>]</span></span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-17378566178241466472018-02-10T17:43:00.000+00:002018-02-10T17:43:56.129+00:00(Diálogos Lusófonos) Médicos cristãos novos abandonam Portugal em 1614<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<h1 class="m_6868373829216660411ydp72f2a95dentry-title" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 22px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 5px; vertical-align: baseline;">
Por REUVEN FAINGOLD</h1>
<div>
<br /></div>
<div class="m_6868373829216660411ydp72f2a95dentry-content" style="border: 0px; color: #404040; font-family: sans-serif, Arial; font-size: 14px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<h6 style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 14px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
In: <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=http://www.morasha.com.br/historia-judaica-na-antiguidade/medicos-cristaos-novos-abandonam-portugal-em-5.html&source=gmail&ust=1518366914474000&usg=AFQjCNFD-vgI4OuqkMAQX_Fz-F644oq6yw" href="http://www.morasha.com.br/historia-judaica-na-antiguidade/medicos-cristaos-novos-abandonam-portugal-em-5.html" rel="nofollow" style="border: 0px; color: #7c9b30; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;" target="_blank"><em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; color: blue; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">http://www.morasha.com.br/<wbr></wbr>historia-judaica-na-<wbr></wbr>antiguidade/medicos-cristaos-<wbr></wbr>novos-abandonam-portugal-em-5.<wbr></wbr>html</span></em></a></h6>
<hr style="background-color: #dddddd; border: 0px; margin-bottom: 1.5em; min-height: 1px;" />
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Médicos e cirurgiões exerceram a medicina em Portugal na Idade Média e início dos tempos modernos. Seus sobrenomes são citados nos “Livros de Chancelaria Real dos Reis de Portugal” ou em obras dedicadas à medicina lusitana. Na “Lista de 1614”, encontrada em Lisboa no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, achei dados curiosos sobre esses profissionais da saúde.</div>
<div class="m_6868373829216660411ydp72f2a95dnum-edicao" style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Edição 84 – Julho de 2014</div>
<div class="m_6868373829216660411ydp72f2a95dnum-edicao" style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://i2.wp.com/aapi.org.pt/wp-content/uploads/2017/04/medicos.jpg&source=gmail&ust=1518366914474000&usg=AFQjCNHvjK0KCQTa663qI2GP8s6l-b_9AA" href="https://i2.wp.com/aapi.org.pt/wp-content/uploads/2017/04/medicos.jpg" rel="nofollow" style="border: 0px; color: #7c9b30; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;" target="_blank"><img alt="" class="m_6868373829216660411ydp72f2a95daligncenter m_6868373829216660411ydp72f2a95dwp-image-11850 CToWUd" height="128" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEiScZzcZFFa__4IO8E1GIhEsVwmQayZbp3a4QmtkGtOmyup6neTVOpqke3QcMwiP-0FLPEac70KLCtavjczXJYK98fHphPzj9QYYdNAM9OnNQEItD93QO1PLcxFeHE0BHBP-F_bOIy4-veBbp9kITRlCwjnh4j6cpj5cKxIhLUlz4JUli0rZXrZyQdebRwZLG2PU11z4g=s0-d-e1-ft" style="border: 0px; clear: both; display: block; height: auto; margin: 8px auto 10px; max-width: 100%;" width="320" /></a></div>
<hr style="background-color: #dddddd; border: 0px; margin-bottom: 1.5em; min-height: 1px;" />
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Há quatro décadas, aproximadamente, a pesquisa dos cristãos novos ibéricos vem fazendo avanços consideráveis. Valiosos trabalhos já foram publicados sobre a dinâmica dos tribunais do Santo Ofício, o modo de vida judaico e o cumprimento de preceitos por parte dos cristãos novos, a difusão de uma literatura antijudaica em Portugal durante os 300 anos em que atuou a Inquisição e a inserção desses conversos em suas novas comunidades da Europa e do Novo Mundo.<span id="m_6868373829216660411ydp72f2a95dmore-11849" style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"></span>No entanto, é bastante escasso o material histórico acerca dos itinerários e rotas de fuga escolhidos pelos cristãos novos, principalmente aqueles que exerciam profissões necessárias para a sociedade ou a corte real. Médicos de origem cristã nova trabalhavam diariamente na Península Ibérica e na Bacia do Mediterrâneo entre 1580 e 1640, época em que Espanha e Portugal constituíam um único Reino. Muitos deles são lembrados rapidamente nas fontes inquisitoriais. No Arquivo Nacional da Torre do Tombo conserva-se uma lista de médicos cristãos novos que fugiram de Portugal em 1614, no auge da união hispano-lusitana. Esta lista nominal (ANTT, maço 7, Mss. 2578-2644) inclui minibiografias de quase 70 médicos cripto-judeus que abandonaram o país rumo a “nações livres”, como Marrocos, França, Holanda, Inglaterra, o Império Turco-otomano e, também, em direção ao “Novo Mundo”, esquivando-se às constantes perseguições organizadas pelo Santo Ofício.</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Physicus, cirurgicus e boticarius</strong></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span dir="RTL" style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">É comum fontes medievais portuguesas elencarem profissões específicas vinculadas à arte da medicina. Primeiramente, encontramos o </span><em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">physicus</em> ou <em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">medicus,</em> <wbr></wbr>responsável por detectar diversos tipos de lesões e doenças (sejam estas físicas ou psicológicas). Mas, a partir do século 13, começou-se a exigir do <em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">physicus</em> o diploma de<em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"> cirurgicus</em>, um especialista formado nas universidades europeias, profissional capacitado para operar fraturas, realizar cirurgias de órgãos vitais e efetuar qualquer tipo de procedimento médico. Em Portugal, contrariamente aos países da Bacia do Mediterrâneo, tais como Grécia, Itália, Creta, Espanha e sul da França, o médico clínico e o cirurgião portavam o título de <em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">magister </em>ou mestre. O farmacêutico era o <em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">boticarius,</em> mas a manipulação dos medicamentos era feita pelo <em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">apothecarius</em>. Uma profissão menos valorizada em Portugal era a de barbeiro, o responsável pela extração de dentes, infusões de sangue e raspagem do paciente antes das cirurgias.</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Em Portugal regiam as mesmas normas que vigoravam em outros países da Europa. Neles havia uma rígida fiscalização das atividades médicas e os profissionais que atuavam nessas áreas recebiam suas licenças dos próprios governos, entrando automaticamente nas guildas (associações de profissionais) destinadas aos médicos. Tanto médicos como cirurgiões constituíam “comissões especializadas”, cujo objetivo era testar as aptidões daqueles que desejavam ingressar nas especialidades médicas. A maioria dos judeus fazia parte dessas comissões, que outorgavam aos candidatos a tão almejada <em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">“licentia practicandi”</em> ou <em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">“licentia curandi”.</em></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Segundo a tradição europeia, era proibido aos médicos lusitanos mudar de área de trabalho. Porém, certas vezes, encontramos exceções, como os médicos cristãos novos Gaspar Lopes, que abriu uma loja de fios de seda, ou Manuel de Mello, que atuou como cônego na cidade francesa de Nantes.</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Como especialistas da saúde, os médicos deviam comunicar aos governos os nomes dos pacientes doentes ou feridos sob seus cuidados, o tipo de tratamento por eles recomendados e as etapas sugeridas para sua recuperação. Também deviam informar todos os casos de óbito. Quando as brigas de rua causavam a morte de um dos envolvidos, as partes sobreviventes eram punidas. Este tipo de legislação era bastante comum em países mediterrâneos, tais como Espanha, Itália, Grécia, Sicília e Creta e sul da França.</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Na Idade Média, os médicos portugueses eram na sua maioria judeus, atingindo 63% da população médica do país. Este dado estatístico derruba o preconceituoso mito de que os médicos judeus tinham repulsa pelas cirurgias, autópsias ou por procedimentos cirúrgicos mais delicados nos quais era necessário abrir o corpo do paciente.</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">QUEM ERAM OS MÉDICOS?</strong></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
A “Lista de 1614” fornece valiosa informação acerca da origem, lugar de nascimento, moradia e idade dos médicos cristãos novos. Seus nomes e sobrenomes aparecem sob a grafia hispano-portuguesa, sendo possível desvendar os motivos que levaram seus ancestrais nos séculos 12-13 a se assentarem em terras lusitanas.</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
O estabelecimento do Santo Ofício da Inquisição em Portugal, em 1536, após longa negociação entre o Estado e o Papado, gerou uma violenta onda de perseguições com frequentes ataques endereçados aos novos convertidos. Este fato originou uma fuga de médicos, a maioria deles descendentes dos judeus “batizados em pé”, à força, em 1497. Como veremos a seguir, vários foram os itinerários ou rotas de fuga dos exilados.</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Na lista aparece um número considerável de médicos nascidos em aldeias e vilarejos densamente povoados por judeus, enquanto apenas uma pequena minoria nasceu em grandes centros urbanos de Portugal. Assim, em Lisboa, capital da metrópole, quase não achamos médicos cristãos novos, à exceção do “<em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Physico-mór</em> do Rei” e de um número reduzido de boticários a serviço da nobreza. O principal porto do império ultramarino foi uma “parada obrigatória” para aqueles aventureiros que emigravam rumo ao Oriente.</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Dentre as regiões geográficas mais procuradas pelos médicos cripto-judeus, podemos mencionar a região montanhosa das Beiras, com seis localidades: Lamego, Covilhã, Viseu, Trancoso, Fundão e Belmonte, Alentejo, as vilas próximas ao Porto e o cinturão de Lisboa. A “Lista de 1614” revela, também, que boa parte dos médicos morava na Espanha, e atravessava a fronteira para trabalhar em Portugal.</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Há, também, informação relevante sobre as idades desses profissionais. De um total de quase 70 médicos, 23 abandonaram Portugal na faixa dos 40-50 anos. Os médicos jovens (cinco entre 21-30 anos) raramente deixavam o país, enquanto três médicos mais idosos (entre 70-80 anos), tampouco abandonaram tão facilmente seu território natal. Há outros 33 médicos listados sem registro de idade.</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
No que tange aos salários dos médicos judeus, a “Lista de 1614” nos fornece poucas informações, registrando uma faixa salarial razoável: um cirurgião recebia 1.600 réis e um médico-mór, 2.000 réis mensais. Consultando uma obra sobre as profissões e a vida econômica na sociedade portuguesa, encontramos que, naquela mesma época, um barbeiro da corte ganhava entre 600-650 réis mensais, um alfaiate entre 700-750 réis e um ferreiro poderia receber até 1.200 réis/mês. Sendo assim, tudo indica que a saída de Portugal não estaria relacionada com reivindicações salariais, pois todos se sustentavam condignamente.</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">PERFIL FÍSICO DOS MÉDICOS</strong></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
A lista dos médicos judeu-portugueses descreve com detalhes os traços físicos e as características psicológicas desses profissionais, encontrando-se, também, ligações entre os próprios familiares. Fruto de relações endogâmicas, eles se casavam com <em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">“</em>Mulheres da Nação<em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">”, </em>ou seja, com cristãs novas. Leonora da Cunha, mulher do médico Gaspar Lopes, é retratada como uma “mulher de 40 anos, rosto pálido e doente, boca torta desdentada e fala defeituosa”. Leonor Rodrigues, mãe do médico Antônio Lopes, era uma “mulher de mais de 60 anos, obesa, alta, nariz grande, boca torta desdentada, muito doente, com manchas no rosto, fruto de erupção cutânea”.</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
As mulheres dos médicos possuem atributos e qualidades especiais. A mulher de Pero Francês se chama Catharina Alves. Viajou para a França, onde ficou famosa por ensinar “a Lei Hebraica”, ou seja, ritos e preceitos judaicos. Há, ainda, na lista descrições específicas dos médicos lusos: Francisco Mourão possui “corpo ereto, estatura baixa, rosto delicado, barba ruiva, bons dentes e, acima de sua orelha direita, vestígios de uma cicatriz”. O filho do cristão novo João Rodrigues é um “médico de 50 anos, baixo e magro, barba longa escura, olhos grandes pretos e é tido como um homem experiente, sábio e astuto”. Já o médico Vasco Gomes aparece retratado como “um homem de 33 anos, alto, louro, com pequenas sardas no rosto, nariz largo, olhos grandes, gosta de falar, tem mãos delicadas e longas, com manchas, notando-se uma lesão no dedo mindinho”. O doutor Lopo Mendes, de 70 anos, “tem barba e cabelos brancos, corpo grande, com sinais de curvatura”.</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Poucas são as descrições psicológicas desses médicos se comparadas com as físicas. Menciona-se o médico Lopo Gil, que trabalhava em Vila Viçosa, de vez em quando, “se faz doudo” (doido), enquanto seu colega, o médico Gaspar Lopes e sua esposa Leonarda da Cunha, “caíram em prantos” por terem que abandonar Portugal.</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">MOTIVOS PARA DEIXAR O PAÍS</strong></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Quatro seriam os principais motivos para os cristãos novos “judaizantes” abandonarem a pátria portuguesa por volta de 1614. Em primeiro lugar, as perseguições inquisitoriais. O clima de extrema violência, medo e terror instaurado pelo Santo Ofício, originou uma fuga coletiva rumo a países do norte da África, Europa e regiões distantes do vasto Império Turco-otomano. A interferência imposta por esta instituição na vida pessoal dos médicos e suas famílias teve motivações variadas: há os que foram descobertos ainda antes de deixar o território, como o licenciado Lopo Nunes e sua esposa Antônia; há os que escaparam sem serem pegos, como o doutor André Vaz; e há, também, aqueles, como Rui Mendes, sua mulher e seu filho Antônio, cujos familiares ou amigos foram tomados prisioneiros, mas eles conseguiram fugir. Outro grupo estava composto por médicos que não conseguiram escapar do Reino, pois respondiam a processos inquisitoriais.</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Em segundo lugar, havia médicos e cirurgiões perseguidos por participarem em atentados e assassinatos. Eram tentativas frustradas de atirar com armas de fogo, que às vezes causavam lesões físicas em cristãos. Na “Lista de 1614” há dois médicos cristãos novos, Mestre Jorge e Joseph Camelo, ambos indiciados por causar danos físicos a cristãos, acontecimentos que, certamente, devem ter acelerado sua saída do país. Joseph Camelo chegou a ser procurado pelas autoridades locais “por atirar com um pistolete e ferir um certo Marcos D´Abreu”, mas conseguiu fugir a tempo para o Reino de Castela, na Espanha.<br />A maioria dos médicos vivia dignamente com seus recursos, porém, como acontece em toda sociedade, há, também, aqueles que encontram dificuldades para obter o sustento. A “Lista de 1614” relaciona dois médicos de nome Manoel Nunes e Lucas Fernandes, cuja saída do país foi motivada por dificuldades econômicas. Ambos saíram de Portugal em “situação de extrema pobreza, passando a viver no Brasil”.</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
E, por último, as pestes e epidemias que atingiram boa parte da população da Europa no século 17 foram a gota que faltava para terminar com esse capítulo dos médicos cristãos novos em Portugal. A sociedade lusitana precisou combater estes males em diferentes épocas de sua história: 1348, 1356, 1384, 1415, 1432-1435, 1437-1438, 1464, 1477 e entre os anos 1480-1497. Nos anos 1599 e 1600, uma devastadora epidemia dizimou milhares de portugueses, o que levou médicos como Luiz Gomes, de 50 anos, morador de Porto, a fugir com toda sua família de sua cidade natal para a França.</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">ITINERÁRIOS DOS MÉDICOS</strong></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
A unificação das Coroas de Espanha e Portugal, que duraria 60 anos (1580-1640), não alterou a política persecutória imposta pelo Santo Ofício aos conversos. Em ambos os países, os olhos da Igreja e a Inquisição continuariam a vigiar aqueles conversos que pretendiam deixar a Península Ibérica. Especificamente em Portugal o batismo forçado de 1497, o <em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">pogrom</em> de 1506 em Lisboa (ver Morashá 53) e o estabelecimento da Inquisição em 1536, pelo rei D. João III, foram responsáveis por uma rígida política de marginalização dos cristãos novos da sociedade lusitana, perseguindo-os ainda antes de abandonar o Reino rumo às novas comunidades florescentes da Europa. A fuga era a única opção para salvar suas vidas. Neste contexto, fica evidente que os cristãos novos com profissões liberais, dentre elas a medicina, conseguiriam com maior facilidade sair e se integrar às novas comunidades.</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Dentre os médicos que fugiram de Portugal é importante distinguir aqueles foragidos após ser concedido o “perdão geral” de 1605 e aqueles que não usufruíram desta autorização por parte do Estado. Diferente da política imposta na Espanha, Portugal decidiu abrir e fechar suas fronteiras por curtos espaços de tempo. Cada cristão novo disposto a deixar o país devia encaminhar uma petição às autoridades e pagar altas quantias pela saída do Reino. Em 1605, por exemplo, os foragidos pagaram 1.700.000 ducados à coroa. Nessa política de enriquecimento dos cofres públicos, encontramos aportes de um grande número de cristãos novos espanhóis (a maioria castelhanos) bem como de portugueses.</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
A “Lista de 1614” não fornece informações sobre os perigos eminentes encontrados pelos foragidos rumo às novas comunidades. Tampouco menciona os falsos “salvo-condutos” obtidos pelos médicos conversos ou faz qualquer referência aos familiares que fugiam junto com eles. Os médicos levavam consigo bens materiais, como ouro e prata, no entanto, isto não é mencionado na documentação pesquisada.</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Tudo indica que as condições para abandonar o território luso rumo à Europa eram difíceis e nem todos os médicos cristãos novos estavam dispostos a se aventurar por itinerários geralmente desconhecidos. A saída destes, com ou sem bens materiais, foi sempre um projeto pessoal de cada profissional, mas nunca uma empreitada coletiva. Segundo a “Lista de 1614”, na hora da partida é possível detectar cinco itinerários ou rotas de fuga: das cidades de Portugal rumo às regiões da Galícia e Madri (norte e centro da Espanha); via Espanha rumo a Nantes, no sul da França; rumo à Itália (por terra ou via marítima); até os Países Baixos: Flandres e Antuérpia; ou ainda do porto de Lisboa rumo ao “Novo Mundo”: Brasil, Peru e Nova Espanha (região do México).</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Driblando a presença permanente dos corregedores (policiais que vigiavam portos e fronteiras), os médicos conversos conseguiam ingressar nas pequenas cidades e fugir das perseguições inquisitoriais. Os pequenos vilarejos eram “postos intermediários” nessa longa jornada rumo às grandes metrópoles da Europa.</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">CONCLUSÕES FINAIS</strong></div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
As informações recolhidas pela “Lista de 1614” e “Livros de Chancelaria Real dos Reis de Portugal” nos permitem reconstruir o perfil de uma verdadeira elite cristã nova composta por rabinos, cortesãos, administradores, fiscais de impostos e, naturalmente, médicos e cirurgiões.</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Mesmo estudada parcialmente, essa relação de nomes revela dados biográficos bastante significativos sobre os médicos que atendiam à população lusa no início do século 17. O documento histórico nos coloca diante de profissionais da saúde pouco estudados, um grupo seleto de enorme importância na pesquisa da medicina judaica portuguesa.</div>
<hr style="background-color: #dddddd; border: 0px; margin-bottom: 1.5em; min-height: 1px;" />
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
BIBLIOGRAFIA<br /><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Azevedo, Pedro</strong> – <em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Médicos cristãos novos que se ausentaram de Portugal no princípio do século Xvii. Arquivo Histórico da Medicina Portuguesa, N.S, Vol. 5 (1914)</em>, págs. 153-172.<br /><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Gonçalves, I. – </strong><em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Físicos e cirurgiões quatrocentistas: <span dir="RTL" style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">As cartas de exame </span>Do tempo e da história I</em><em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">(1965)</em>, págs. 69-112.<br /><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Lemos, M.</strong> – <em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span dir="RTL" style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">História da Medicina em Portugal.</span> 2 vols. Lisboa 1889.</em><br /><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Pines, J.</strong> – <em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span dir="RTL" style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Essai sur l’Histoire des Medicins au Portugal. Imprensa Médica XVII (1953),</span></em> págs. 265-274.<br /><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Roth, C.</strong> – , <em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span dir="RTL" style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">The Qualifications of Jewish Physicians in the Middle Ages. Speculum 28</span> (1953)</em>, págs. 834-843.<br /><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Shatzmiller, J. –</strong> <em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span dir="RTL" style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">On Becoming a Jewish Doctor in the High Middle Ages. Sefarad XLIII 2 (1983),</span></em>págs. 239-250.</div>
<hr style="background-color: #dddddd; border: 0px; margin-bottom: 1.5em; min-height: 1px;" />
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 30px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Prof. Reuven Faingold é historiador e educador, PHD em História Judaica pela Universidade Hebraica de Jerusalém. É sócio fundador da Sociedade Genealógica Judaica do Brasil e membro do Congresso Mundial de Ciências Judaicas de Jerusalém.</em></div>
</div>
<a class="m_6868373829216660411enhancr_card_7915459874" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=http://aapi.org.pt/?p%3D11849&source=gmail&ust=1518366914474000&usg=AFQjCNHfRAGT_Ibrw1aPSH4gby37skQzXA" href="http://aapi.org.pt/?p=11849" style="color: #1155cc;" target="_blank">Médicos cristãos novos abandonam Portugal em 1614</a></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div class="m_6868373829216660411ydp61f5467yahoo-link-enhancr-card m_6868373829216660411ydp61f5467ymail-preserve-class m_6868373829216660411ydp61f5467ymail-preserve-style" id="m_6868373829216660411ydp61f5467enhancr_card_7915459874" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, "Segoe UI", Arial, sans-serif; font-size: 13px; max-width: 400px;">
<a class="m_6868373829216660411ydp61f5467yahoo-enhancr-cardlink" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=http://aapi.org.pt/?p%3D11849&source=gmail&ust=1518366914474000&usg=AFQjCNHfRAGT_Ibrw1aPSH4gby37skQzXA" href="http://aapi.org.pt/?p=11849" rel="nofollow" style="color: rgb(0, 0, 0) !important; text-decoration-line: none !important;" target="_blank"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_6868373829216660411ydp61f5467card-wrapper m_6868373829216660411ydp61f5467yahoo-ignore-table" style="max-width: 400px;"><tbody>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px;" width="400"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_6868373829216660411ydp61f5467card m_6868373829216660411ydp61f5467yahoo-ignore-table" style="border-color: rgb(224, 228, 233); border-radius: 2px; border-style: solid; border-width: 1px; max-width: 400px; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td background="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEh2UaSylVBSy7FjIyBK4qOlRuaSVYgXgAm2p6-xHytAp4LbRLTw0SGv2OEsuWmEeIAk8u1t8aWeLcypXKg0lOJLUUu-zBgXbxNBwid38Pvgnj7qDUdWo3IcKRTriPCcqQDLUzK0SGTyn2xRv5TZFQ9CjbmDPzXb2K0zs2sxKiiVXhlmCx_KG6YngxK2E6ioy8lHMOzH4tcqOCQfZwLjzGZoSMuYvjSWvOOWRfyS10yu_rgKLUNfJZxCGkK_S-uvJVqbcCZBRRHUeLQpMq8SJtVooaE4vVgGhlwydPTrKaiMzyvYESZxYkMwGzUq5h8pIas=s0-d-e1-ft" bgcolor="#000000" class="m_6868373829216660411ydp61f5467card-primary-image-cell" height="175" style="background-color: black; background-image: url("https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEh2UaSylVBSy7FjIyBK4qOlRuaSVYgXgAm2p6-xHytAp4LbRLTw0SGv2OEsuWmEeIAk8u1t8aWeLcypXKg0lOJLUUu-zBgXbxNBwid38Pvgnj7qDUdWo3IcKRTriPCcqQDLUzK0SGTyn2xRv5TZFQ9CjbmDPzXb2K0zs2sxKiiVXhlmCx_KG6YngxK2E6ioy8lHMOzH4tcqOCQfZwLjzGZoSMuYvjSWvOOWRfyS10yu_rgKLUNfJZxCGkK_S-uvJVqbcCZBRRHUeLQpMq8SJtVooaE4vVgGhlwydPTrKaiMzyvYESZxYkMwGzUq5h8pIas=s0-d-e1-ft"); background-size: cover; border-radius: 2px 2px 0px 0px; margin: 0px; min-height: 175px;" valign="top"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_6868373829216660411ydp61f5467card-overlay-container-table m_6868373829216660411ydp61f5467yahoo-ignore-table" style="width: 398.182px;"><tbody>
<tr><td background="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhofjfT0YKD4quZeP2MWPtvrE4miTikv2Wrxxd0zRTlkcIoxOFWaXnfO4jiqkbkA2dY8W8YGe220Yhb4U79PQvyViraTK-A2fxl5NKtJbWKC4Dn0iafJ6vxeCvH2KcynEzRrgNfG23To-OVp3fi6VcIRnwlEtfkt1FA2v6jFqJj0LBA-rj9dPr5amXIoHd81iEXdw=s0-d-e1-ft" bgcolor="transparent" class="m_6868373829216660411ydp61f5467card-overlay-cell" style="background-color: transparent; background-image: url("https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhofjfT0YKD4quZeP2MWPtvrE4miTikv2Wrxxd0zRTlkcIoxOFWaXnfO4jiqkbkA2dY8W8YGe220Yhb4U79PQvyViraTK-A2fxl5NKtJbWKC4Dn0iafJ6vxeCvH2KcynEzRrgNfG23To-OVp3fi6VcIRnwlEtfkt1FA2v6jFqJj0LBA-rj9dPr5amXIoHd81iEXdw=s0-d-e1-ft"); border-radius: 2px 2px 0px 0px; margin: 0px; min-height: 175px;" valign="top"><table border="0" class="m_6868373829216660411ydp61f5467yahoo-ignore-table" style="height: 175px; min-height: 175px; width: 398.182px;"><tbody>
<tr><td class="m_6868373829216660411ydp61f5467card-richInfo2" style="margin: 0px; padding: 15px 0px 0px 15px; vertical-align: top;"></td><td class="m_6868373829216660411ydp61f5467card-actions" style="margin: 0px; padding: 15px 15px 0px 0px; text-align: right; vertical-align: top;"><div class="m_6868373829216660411ydp61f5467card-share-container">
</div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
<tr><td style="margin: 0px;"><table align="center" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_6868373829216660411ydp61f5467card-info m_6868373829216660411ydp61f5467yahoo-ignore-table" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border-radius: 0px 0px 2px 2px; border-top: 1px solid rgb(224, 228, 233); max-width: 400px; width: 398.182px;"><tbody>
<tr><td style="border-radius: 0px 0px 0px 2px; margin: 0px; padding: 16px 0px 16px 12px; vertical-align: top;"></td><td style="border-radius: 0px 0px 2px; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, "Segoe UI", Arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 12px 24px 16px 12px; vertical-align: middle; width: 350.384px;"><h2 class="m_6868373829216660411ydp61f5467card-title" style="color: #26282a; font-size: 14px; line-height: 19px; margin: 0px 0px 6px;">
Médicos cristãos novos abandonam Portugal em 1614</h2>
<div class="m_6868373829216660411ydp61f5467card-description" style="color: #979ba7; font-size: 12px; line-height: 16px;">
por REUVEN FAINGOLD In: Médicos e cirurgiões exerceram a medicina em Portugal na Idade Média e início dos tempo...</div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</a></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
</div>
Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-34617027288218859672018-02-10T16:53:00.002+00:002018-02-10T16:53:23.403+00:00[Diálogos Lusófonos] Samba do etimologista doido<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #26282a; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<b style="color: #38761d; font-family: verdana, sans-serif; font-size: large; text-align: justify;">O auxílio-moradia de nossa casta togada é, desde o latim, parente do favorecimento</b><span style="color: #38761d; font-family: verdana, sans-serif; font-size: medium; text-align: justify;"> </span></div>
<div style="background-color: white; color: #26282a; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<div id="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082">
<div id="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082ygrp-mlmsg">
<div id="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082ygrp-msg">
<div id="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082ygrp-text">
<div dir="ltr">
<div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail_default" style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: large;">
<div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-separator" style="color: black; text-align: center;">
<a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://3.bp.blogspot.com/-7YpKTyGUacM/Wnw-3KFq65I/AAAAAAABQ3w/zEjRuoPCaIE07Fz0A5uYCceoxhc2IZKPgCLcBGAs/s1600/Borges%252By%252Bsu%252Bgato%252BBeppo.jpg&source=gmail&ust=1518366420396000&usg=AFQjCNHtWAxk06fQNSXtGgFNk-QBm6KrbA" href="https://3.bp.blogspot.com/-7YpKTyGUacM/Wnw-3KFq65I/AAAAAAABQ3w/zEjRuoPCaIE07Fz0A5uYCceoxhc2IZKPgCLcBGAs/s1600/Borges%2By%2Bsu%2Bgato%2BBeppo.jpg" rel="nofollow" shape="rect" style="color: #1155cc; margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" class="CToWUd" height="235" src="https://3.bp.blogspot.com/-7YpKTyGUacM/Wnw-3KFq65I/AAAAAAABQ3w/zEjRuoPCaIE07Fz0A5uYCceoxhc2IZKPgCLcBGAs/s320/Borges%2By%2Bsu%2Bgato%2BBeppo.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Jorge Luis Borges (1899-1986) fotografado em 1980 ao lado de seu gato Beppo</span></span></div>
<span style="color: black; font-size: small;"></span><div style="color: black;">
</div>
<div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black;">
<br /></div>
<div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black;">
<span style="font-size: small;">Escrito por <b>Sérgio Rodrigues</b></span></div>
<div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black;">
<br /></div>
<div style="color: black;">
</div>
<div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">O auxílio, o aumento, o exagero, a autoridade e seu halo augusto, até o mau agouro. Todas essas palavras frequentam, nas reuniões de família, a mesma mesa em torno da qual se reconhecem e se estranham. A mesa se chama etimologia.</span></div>
<div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black; text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="color: black; font-size: small;"></span><div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Estamos em pleno samba do etimologista doido, sujeito delirante que lança sobre a história das palavras um olhar de poeta e não de pesquisador. Trata-se de um dos modos de fazer crônica linguística que o colunista guarda em seu bornal para momentos de aperto.</span></div>
<div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black; text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="color: black; font-size: small;"></span><div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Quem mandou o auxílio-moradia de nossa casta togada inocular no coitado a velha febre? Foi só descobrir que o latim <i>augere</i>, que inaugurou (verbo que é mais um parente) essa dinastia de palavras, tem entre seus sentidos originais aumentar, elevar a honra, enriquecer, favorecer, proteger.</span></div>
<div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black; text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="color: black; font-size: small;"></span><div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Ora, veja só. Não são bem essas as ações que a tão presunçosa quão incompetente elite administrativa de um paisão de poucas luzes se especializa há séculos em cultivar, lutando para ampliar ao máximo a distância entre seus traseiros e a malta desprovida de direitos que as rodas da carroça gigante esmagam e transformam em adubo?</span></div>
<div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black; text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="color: black; font-size: small;"></span><div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">É verdade que "auxilium", galho da mesma árvore latina, nasce com instintos nobres, levando socorro aos desfavorecidos. Mas o etimologista doido sabe que por trás desse ar de santidade, inscrito em seu código genético, dorme desde o início o favorecimento aos poderosos.</span></div>
<div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black; text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="color: black; font-size: small;"></span><div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Ignorando todos os agouros, a autoridade augusta mais três palavras do clã aug- que nos ajudam a entender essa tragicomédia acaba por acreditar, alucinada, em sua própria majestade. Diz que está tudo na lei, e está. Ela mesma a escreveu e promulgou. O Estado é ela.</span></div>
<span style="color: black; font-size: small;"></span><div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Ela e seus amigos de sempre da esfera pública e privada. Ela e seus sócios. Ela e seus aliados à esquerda e à direita.. Ela e seus fundamentalistas do direito adquirido ao luxo, seus corporativistas, suas milícias do Estado intocável.</span></div>
<span style="color: black; font-size: small;"></span><div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Enquanto isso, estendida até onde a vista alcança, uma multidão de analfabetos funcionais vive (pouco) e morre (muito) em taperas equilibradas sobre uma malha intrincada de canais de esgoto a céu aberto. O fedor é insuportável.</span></div>
<span style="color: black; font-size: small;"></span><div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black;">
<br /></div>
<div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black;">
<span style="font-size: small;">Que país desgraçado, pensa o etimologista doido. Ainda bem que vai começar o Carnaval.</span></div>
<span style="color: black; font-size: small;"></span><div align="center" class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black; text-align: center;">
<hr noshade="" size="0" style="color: #333333;" width="100%" />
</div>
<span style="color: black; font-size: small;"></span><div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Passada a febre, o colunista gostaria de acrescentar que considera o estudo da origem das palavras um saber subestimado. Seu grande apelo popular é inversamente proporcional a seu atual prestígio acadêmico.</span></div>
<div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black; text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="color: black; font-size: small;"></span><div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">A maioria dos livros sobre o tema está relegada a sebos (uma das exceções é o dicionário Houaiss, que dá um discreto show etimológico no pé de cada verbete). Pouco se fala do assunto nos cursos de letras.</span></div>
<div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black; text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="color: black; font-size: small;"></span><div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Talvez isso decorra do fato de ser a etimologia identificada com velhos filólogos, cultores de uma relação com as palavras que a linguística moderna trata como romântica e pré-científica.</span></div>
<div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black; text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="color: black; font-size: small;"></span><div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Até Jorge Luis Borges, escritor-filólogo com muito de romântico e pré-científico, mostrou-se desdenhoso. Saber que, em latim, cálculo significa pedrinha, e que os pitagóricos usavam dessas pedrinhas antes da invenção dos números, não nos permite dominar os arcanos da álgebra, escreveu.</span></div>
<span style="color: black; font-size: small;"></span><div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black;">
<br /></div>
<div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black;">
<span style="font-size: small;">Impossível discordar. Mas que é uma delícia, é.</span></div>
<div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black;">
<br /></div>
<div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black;">
<br /></div>
<div class="m_-810449029622171121ydp4715b890yiv5434986082gmail-MsoNoSpacing" style="color: black;">
<span style="font-size: small;">[Fonte: <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=http://www.folha.com.br&source=gmail&ust=1518366420396000&usg=AFQjCNFS1rgYHnHNXWLMbU4JT_eGymxy1A" href="http://www.folha.com.br/" rel="nofollow" shape="rect" style="color: #1155cc;" target="_blank">www.folha.com.br</a>]</span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-15625042448421905192018-01-24T19:04:00.002+00:002018-01-24T19:04:31.794+00:00Uma coleção de gulodices para quem tem fome de palavras<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table cellpadding="0" class="cf gJ"><tbody>
<tr class="acZ"><td class="gF gK"><table cellpadding="0" class="cf ix"><tbody>
<tr><td><h3 class="iw">
</h3>
</td></tr>
</tbody></table>
</td><td class="gH"><div class="gK">
<span alt="30 de junho de 2017 às 01:29" class="g3" id=":2u" title="30 de junho de 2017 às 01:29"></span><div aria-checked="false" aria-label="Com estrela" class="zd bi4" role="checkbox" style="outline: 0px;" tabindex="0">
<span class="T-KT"><img alt="" class="f T-KT-JX" src="https://mail.google.com/mail/u/0/images/cleardot.gif" /></span></div>
</div>
</td><td class="gH"></td><td class="gH acX" rowspan="2"><div aria-label="Responder" class="T-I J-J5-Ji T-I-Js-IF aaq T-I-ax7 L3" data-tooltip="Responder" role="button" tabindex="0" unselectable="on">
<img alt="" class="hB T-I-J3 " role="button" src="https://mail.google.com/mail/u/0/images/cleardot.gif" unselectable="on" /></div>
<div aria-expanded="false" aria-haspopup="true" aria-label="Mais" class="T-I J-J5-Ji T-I-Js-Gs aap T-I-awG T-I-ax7 L3" data-tooltip="Mais" id=":35" role="button" tabindex="0" unselectable="on">
<img alt="" class="hA T-I-J3" role="menu" src="https://mail.google.com/mail/u/0/images/cleardot.gif" unselectable="on" /></div>
</td></tr>
<tr class="acZ xD"><td colspan="3"><table cellpadding="0" class="cf adz"><tbody>
<tr><td class="ady"><div class="iw ajw">
</div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
<div id=":2q">
<div class="qQVYZb">
<span id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_40466" style="font-family: Arial; font-size: x-small;">Isac Nunes [dialogos_lusofonos]" Junho 29, 2017</span></div>
<div class="qQVYZb">
<span style="font-family: Arial; font-size: x-small;"><br />[dialogos_lusofonos] Uma coleção de gulodices para quem tem fome de palavras</span></div>
</div>
<div class="ii gt " id=":2s">
<div class="a3s aXjCH m15cf6677636a5e9a" id=":2r">
<div>
<div style="background-color: white; color: black; font-family: bookman old style,new york,times,serif; font-size: 13px;">
<div class="m_3129183735878232578yahoo_quoted" id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_40465" style="display: block;">
<div id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_40464" style="font-family: bookman old style,new york,times,serif; font-size: 13px;">
<div id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_40463" style="font-family: HelveticaNeue,Helvetica Neue,Helvetica,Arial,Lucida Grande,sans-serif; font-size: 16px;">
<div class="m_3129183735878232578y_msg_container" id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_40483">
<div id="m_3129183735878232578yiv9983748593">
<div id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_40486">
<div id="m_3129183735878232578yiv9983748593ygrp-mlmsg">
<div id="m_3129183735878232578yiv9983748593ygrp-msg">
<div id="m_3129183735878232578yiv9983748593ygrp-text">
<div dir="ltr" id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_40485">
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail_default" id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_40484" style="color: black; font-family: verdana,sans-serif; font-size: large;">
</div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail_default" id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_40573" style="color: black; font-family: verdana,sans-serif; font-size: large;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-tr-caption-container" id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_40572" style="margin-bottom: 0.5em; padding: 6px;"><tbody id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_40571">
<tr id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_40570"><td colspan="1" id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_40569" rowspan="1" style="text-align: center;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3YSf1eaG8nHwtnNr-EYQRrsMjq-2upPejj6QtK4WGgd68gluVcvJ9HIKak274UspeWJFcN3OHjb0d7fEa8YA8hvLT1neO7GSKcSK5EPVuTopQ_yCJzRkj91BkphrwWEL9HwzPSbaPTbc/s1600/gulodices.jpeg&source=gmail&ust=1516906907572000&usg=AFQjCNGcGF8xV9kN3i-IcFjA8tdbf7sOhQ" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3YSf1eaG8nHwtnNr-EYQRrsMjq-2upPejj6QtK4WGgd68gluVcvJ9HIKak274UspeWJFcN3OHjb0d7fEa8YA8hvLT1neO7GSKcSK5EPVuTopQ_yCJzRkj91BkphrwWEL9HwzPSbaPTbc/s1600/gulodices.jpeg" id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_40568" rel="nofollow" shape="rect" style="margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;" target="_blank"><img border="0" class="CToWUd" height="426" id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_40567" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3YSf1eaG8nHwtnNr-EYQRrsMjq-2upPejj6QtK4WGgd68gluVcvJ9HIKak274UspeWJFcN3OHjb0d7fEa8YA8hvLT1neO7GSKcSK5EPVuTopQ_yCJzRkj91BkphrwWEL9HwzPSbaPTbc/s640/gulodices.jpeg" style="max-height: 266px; max-width: 400px; width: 50%;" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-tr-caption" colspan="1" rowspan="1" style="font-size: 12.8px; text-align: center;"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNormalTable" style="border-collapse: collapse; width: 775px;"><tbody>
<tr><td colspan="1" rowspan="1" style="border-color: currentColor currentColor rgb(232, 232, 232); border-style: none none solid; border-width: medium medium 1pt; padding: 4.5pt 3.75pt;" valign="top"><div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Entrada de uma das lojas da rede de livrarias Foyles, em Londres<span></span></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><br clear="none" /></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span> </span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Escrito por <b>Sérgio Rodrigues</b></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span> </span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">A palavra "logoteca" não está nos dicionários. É um neologismo que significa coleção de palavras e que proponho aqui como tradução do inglês "philavery", também um vocábulo inventado.<span></span></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br clear="none" /></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Acredito que "logoteca" seja uma daquelas traduções que melhoram o original. "Philavery", definido como "coleção idiossincrática de palavras raras e divertidas", foi um termo cunhado sem rigor etimológico pela sogra do inglês Christopher Foyle.<span></span></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br clear="none" /></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Um mérito ninguém tira do dono da tradicional rede de livrarias Foyles: o de inventar um gênero, o glossário assumidamente afetivo de curiosidades vocabulares. Desde 2007, quando lançou "Foyle's Philavery", ele tomou conta de um pequeno mas bem-sucedido nicho editorial que já lhe rendeu outros dois títulos.<span></span></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br clear="none" /></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Esbarrei em "Foyle's Philavery" por acaso em Londres, anos atrás. Edição bonitinha, capa dura, formato pequeno, é um daqueles livros feitos para dar de presente que as livrarias, de olho em compras de impulso, costumam exibir ao lado do caixa. Funcionou comigo.<span></span></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br clear="none" /></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Se a ideia é boa, acho que a realização não ficou à sua altura. Está certo que, para um inglês, as palavras de origem latina que nos soam familiares tendem a ser as mais difíceis, mas é decepcionante encontrar num livro dedicado a vocábulos incomuns verbetes bobos como "decrescent", "evanescent" e "ethereous".<span></span></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br clear="none" /></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ficou de todo modo o desejo vago de um dia brincar de logotecário também. A ideia de cultivar palavras raras como plantas de estufa parece cada vez mais excêntrica. A luta pela linguagem clara, pela universalização do direito de compreender, é um imperativo da democracia e vem crescendo mundo afora. Tem o meu apoio entusiasmado.<span></span></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br clear="none" /></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Acontece que, por isso mesmo, quem mantém com as riquezas vocabulares de qualquer época uma relação mais gulosa e sensual pode acabar se sentindo de dieta. Confesso que, como diria Eça de Queiroz, sou um desses monstros.<span></span></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br clear="none" /></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_41130" style="margin: 0px;">
<span id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_41129" style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Desde que, nos prolegômenos (introdução) da adolescência, aprendi com Erico Verissimo que é coruscante tudo aquilo que reluz, dei para desenvolver um gosto talvez meio perverso pela palavra conspícua (que salta à vista).<span></span></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_41126" style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br clear="none" /></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_41127" style="margin: 0px;">
<span id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_41128" style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">A aura hierática (sagrada) que eu via em termos como "lábil" (escorregadio, instável) me transformou num funâmbulo (equilibrista, embora eu adore o "sonâmbulo fumante" sugerido pela minha filha) do léxico, pronto a arriscar uma queda no hermetismo em busca da pulcritude (beleza, por incrível que pareça).<span></span></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br clear="none" /></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Convém esclarecer: nunca gostei da logodedália (afetação da linguagem) e do estilo campanudo (pomposo) da nossa tradição odorico-paraguaçuense, que o Hino Nacional consubstancia (materializa).<span></span></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br clear="none" /></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Gostava –e gosto– é da palavra rara mas vadia, solta, coruscante, com sua capacidade de furar e encher de ondas concêntricas um texto, de resto, perfeitamente inconsútil (inteiriço).<span></span></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br clear="none" /></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Com o tempo fui ficando abispado (precavido). Aprendi que nada deixa o leitor mais atrabiliário (furioso) do que a prosápia (vaidade) de quem não descobriu as virtudes da morigeração (regramento) vocabular.<span></span></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br clear="none" /></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_40702" style="margin: 0px;">
<span id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_40704" style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Tenho minhas recaídas, como se vê. Culpa de Christopher Foyle. Se –ainda?– não lhe dei o mole de escrever um livro baseado em seu "Foyle's Philavery", não é outra a inspiração para a modesta logoteca desta crônica.<span class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-apple-converted-space" id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_41149"> </span><span></span></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_40703" style="margin: 0px;">
<span><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div class="m_3129183735878232578yiv9983748593gmail-MsoNoSpacing" id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_40696" style="margin: 0px;">
<span id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_40695" style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">[Foto:<span> Tom Morris/Wikipedia</span> - fonte: <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=http://www.folha.com.br/&source=gmail&ust=1516906907572000&usg=AFQjCNHamEqQmG_mF5s0elAJJH1x6gXqqA" href="http://www.folha.com.br/" id="m_3129183735878232578yui_3_16_0_1_1498780074556_41005" rel="nofollow" shape="rect" target="_blank"><span style="color: #1155cc;">www.folha.com.br</span></a>]</span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-4783505153880409722018-01-24T18:56:00.000+00:002018-01-24T18:56:11.232+00:00O visconde republicano que sonhava com um país feliz<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: black; font-family: bookman old style,new york,times,serif; font-size: 13px;">
<h1 id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29154" style="color: inherit; font-family: PublicoMedium,Georgia,Times,serif; font-size: 32px !important; line-height: 36px; margin-bottom: 8px; margin-top: 0px;">
<div id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29155" style="color: #222222; display: inline; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; font-size: 11px; margin-bottom: 8px; padding-right: 10px;">
<span id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29156"><span id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29157" style="text-transform: uppercase;">MARIA JOSÉ OLIVEIRA</span> </span></div>
<div dir="ltr" id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29158" style="color: #999999; display: inline; font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; font-size: 11px; padding-right: 10px;">
<time datetime="01-02-2008 00:00:00" id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29159" style="display: inline; margin-bottom: 0px; white-space: nowrap;">01/02/2008 - 00:00</time></div>
</h1>
<div id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29068" style="color: #222222; font-family: Georgia,serif; font-size: 16px; line-height: 1.5; margin-bottom: 20px; margin-left: 198.98px;">
Há quem defenda que ele foi um "mecenas" do regicídio. Há quem diga que foi ele quem avisou D. Carlos sobre o atentado. Não há como provar as teorias. Certo é que Ribeira Brava foi um dos mentores do 28 de Janeiro. E que foram apreendidas em sua casa carabinas e pistolas poucos dias antes da morte do rei. É o que dizem os documentos inéditos que revelamos</div>
<div dir="ltr" id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29069" style="color: #222222; font-family: Georgia,serif; font-size: 16px; line-height: 1.5; margin-bottom: 20px; margin-left: 198.98px;">
O visconde da Ribeira Brava estava preso no dia do regicídio. Mas o seu nome não deixou de ser invocado entre os boatos que tomaram conta do país nesses dias após os assassinatos de D. Carlos e do infante Luís Filipe. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29070" />Nas suas Memórias, Raul Brandão escreve sobre um panfleto anónimo que circulava em Lisboa e no qual se podia ler "Morte aos sanguinários Afonso Costa, Alpoim e Ribeira Brava, os verdadeiros assassinos de el-rei e do príncipe real". Muitos acreditavam que o visconde, trisavô paterno de Isabel de Herédia, mulher de Duarte Pio de Bragança, teria sido um dos"mecenas" do regicídio. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29071" />O jornalista e escritor Rocha Martins (no livro O Regicídio, editado pela Bonecos Rebeldes) conta que a 1 de Fevereiro corria o boato de que Francisco de Herédia, um dos filhos do visconde, era um dos regicidas. Depressa se verificou tratar-se de uma falsidade e a família real foi quem primeiro afirmou não acreditar na atoarda. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29072" />Descendente de uma das famílias mais antigas da Madeira, Francisco Correia de Herédia (1852-1918), que recebeu o título de visconde em 1871, teve um notável percurso político. Fundou o concelho da Ribeira Brava, foi deputado, exerceu o cargo de governador civil de Bragança e de Beja, foi presidente da câmara da Vidigueira, juntou-se aos dissidentes progressistas de José de Alpoim, participou na tentativa de golpe de Estado de 28 de Janeiro de 1908. Era um homem "desempenado, espadachim, enérgico, ambicioso", descreve Rocha Martins. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29073" />Um livro lançado recentemente, Dossier Regicídio: O processo desaparecido, de Mendo Castro Henriques, iliba Ribeira Brava de qualquer envolvimento no regicídio, apontando antes que foi o visconde de Pedralva (conspirador do 28 de Janeiro, descrito por Rocha Martins como "um agrónomo gordo que luzia janotismos") quem terá comprado as armas ao armeiro Gonçalo Heitor Ferreira, com loja perto da estação do Rossio. Rui Ramos, na biografia de D. Carlos, nota, porém, que no inquérito oficial sobre o regicídio (o processo continua desaparecido) o nome de Ribeira Brava surge como um dos compradores do armamento utilizado por Manuel Buíça e Alfredo da Costa. O historiador escreve ainda que os dissidentes progressistas admitiram, depois de 1910, que os regicidas "eram homens seus". Mas todos eles repetiram que a conspiração alvejava o presidente do Conselho, João Franco, e que a morte do rei nunca havia sido sequer debatida. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29074" />Apesar de o regicídio permanecer ainda sob muitas sombras, Ramos dá como provado que os mentores do 28 de Janeiro discutiram "um atentado contra o rei" e que Buíça e Costa militavam activamente nos grupos que levaram a cabo a tentativa de golpe de Estado que antecedeu por quatro dias o regicídio. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29075" />Estes assuntos nunca foram tema de conversas familiares entre os seus descendentes. António Gentil de Herédia, bisneto do visconde (filho mais velho do neto varão), afirmou ao P2 que os seus pais e os seus avós "nunca comentaram os acontecimentos". "Sempre foi ponto assente que, não só o visconde não tinha tomado parte no atentado, como teria mesmo mandado o seu filho Sebastião [o mais novo de três irmãos] a Vila Viçosa para avisar o rei de que algo se estava a preparar contra ele", disse, explicando ser esta a versão familiar. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29076" />Sobre as armas que Ribeira Brava terá comprado, António de Herédia admite que as munições se destinavam à "revolução republicana", mas considera como "pura especulação" afirmar que as mesmas seriam utilizadas para matar o rei ou João Franco. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29077" />Preso em Santa Bárbara<br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29078" />As desconfianças em relação a Ribeira Brava não eram de todo infundadas, já que o visconde havia sido um dos líderes da tentativa de golpe de Estado de 28 de Janeiro. Foi preso, aliás, na sequência dessa revolta. E alguns meses antes, em Agosto de 1907, fora acusado do crime de sedição. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29079" />No relato de Rocha Martins sobre os acontecimentos do dia 28 é a inexperiência dos revoltosos que causa algum desconcerto. O jornalista nota que não faltava material para a revolução - bombas, espingardas e pistolas que, guardadas nos Armazéns Leal, seriam utilizadas nos assaltos aos quartéis. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29080" />A denúncia feita por um guarda a quem foi confiado o segredo levou à necessidade de transferir as munições para outro local. "O visconde da Ribeira Brava, apesar da sua idade [56 anos], era dos que mais audaciosamente se moviam; mostrava audácias intensas, desempenamentos românticos", conta Rocha Martins. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29081" />Quando a polícia cercou os armazéns, foi o visconde quem arriscou resolver o problema: "disfarçando-se" de freguês entrou na casa comercial, ordenou que enrolassem as munições em tapetes e levou-os para sua casa. A revolução poderia concretizar-se. Mas os conspiradores não contavam com as detenções de França Borges, João Chagas e António José de Almeida. Os membros da Maçonaria e da Carbonária não idolatravam Afonso Costa (próximo do círculo de Ribeira Brava e Alpoim) como o faziam com António José de Almeida. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29082" />A intriga adensara-se e reinava a confusão entre os conspiradores. A data e a hora da revolta foram marcadas em casa de Ribeira Brava: 28 de Janeiro, às 4 da tarde, na Baixa da capital. Ribeira Brava falava em "república", para temor de alguns dos dissidentes progressistas, que preferiam, como Alpoim, uma "monarquia nova". <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29083" />Os passos da rebelião foram gizados por Costa e Ribeira Brava - a proclamação da República seria feita no município. E o tiro de alerta para os revoltosos seria disparado de um lugar alto, tendo sido escolhido o elevador da Biblioteca (ou do Município, no Largo das Belas Artes), pertencente ao visconde do Ameal, também oposicionista. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29084" />O sinal só deveria acontecer depois do rapto de João Franco, feito por um grupo que iria esperá-lo à porta de sua casa. A todos os líderes da revolta foram atribuídas competências - Ribeira Brava ficaria responsável pelo Terreiro do Paço e pela ocupação dos ministérios. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29085" />O golpe falhou logo na intenção de raptar Franco - tudo por causa de uma troca de moradas. E quando um guarda municipal viu alguma confusão junto ao elevador, alertou de imediato as autoridades. Alguns dos chefes da revolta conseguiram escapar (Alpoim e Pedralva, por exemplo), mas outros não tiveram tempo para sair do ascensor, onde estavam encafuados. Entre eles estava Ribeira Brava, que foi detido juntamente com Costa e Egas Moniz. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29086" />Foram conduzidos para os calabouços do Governo Civil, mas, temendo a revolta dos maçons e dos carbonários, foram transferidos para quartéis. Ribeira Brava ficou preso no quartel de Santa Bárbara, numa cela com uma tarimba, uma bilha, um púcaro e uma manta, contam os jornais da época. Ficou naquele lugar apenas duas noites. Debilitado e atacado por uma pleurodinia acabou por ser transferido para um quarto. Saiu de lá a 6 de Fevereiro e apenas nesse dia terá sabido, conta O Século, da morte de D. Carlos e do príncipe Luís Filipe. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29087" />Carabinas apreendidas <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29088" />O processo judicial de 28 de Janeiro (2º distrito criminal da comarca de Lisboa) está depositado no Fundo Crime Antigo de Lisboa, na Torre do Tombo, ainda não catalogado. Numa das muitas caixas com processos referentes a 1908, o P2 encontrou o maço de folhas, atadas por um cordel, em que estão os autos contra Afonso Costa, Francisco de Herédia, Egas Moniz, Pinto dos Santos e José Calzado. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29089" />O relatório da Polícia Civil, apenso ao processo, nota que, no "pavimento inferior" do ascensor da Biblioteca, os detidos tinham em sua posse "armas proibidas", tendo sido apreendidas caixas com balas, dinheiro, mapas da cidade e correspondência de Costa. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29090" />Uma busca feita à residência de Ribeira Brava, na rua Barata Salgueiro, resultou na apreensão de diversas armas (duas carabinas, um par de pistolas, uma espada e dois floretes), mas o visconde deu respostas lacónicas sobre o assunto. No auto de perguntas, datado de 29 de Janeiro, garantiu que nunca tinha feito parte de qualquer "conspiração ou conjuração". "E mais não disse", lê-se. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29091" />Os depoimentos prestados pelas testemunhas, na sua maioria polícias, contradiziam as palavras de Ribeira Brava. Mas o processo não passou da fase de instrução. A 5 de Fevereiro foi publicado um decreto que ordenava a libertação dos presos políticos envolvidos no golpe de 28 de Janeiro. E no dia seguinte Ribeira Brava e os companheiros estavam já na rua, atónitos com a notícia do regicídio, revelaram os jornais. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29092" />O decreto de 5 de Fevereiro terá feito respirar de alívio o visconde, que certamente não queria repetir a experiência em que se viu envolvido no Verão do ano anterior, quando fora acusado do crime de sedição numa acção judicial que só terminou no Supremo Tribunal de Justiça (STJ). <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29093" />Na Torre do Tombo podem ler-se as mais de 200 folhas que constituem o processo e no qual eram também arguidos Alpoim, Costa, António José de Almeida, França Borges e mais dez oposicionistas. O auto reporta aos tumultos que tomaram conta da estação do Rossio na noite de 18 de Junho de 1907, por ocasião da chegada de João Franco de uma visita ao Porto. Dezenas de testemunhas afirmaram, como se pode ler, que a "algazarra" começou com "vivas à liberdade e à República". A Guarda Municipal entrou pela estação dentro e evacuou a gare, mas teve de se confrontar com a resistência dos manifestantes. Que erguiam as bengalas "em atitude agressiva". O visconde estava entre a turba que protestava. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29094" />A 7 de Agosto o juiz Vicente Ferreira emitiu um mandado de captura contra Ribeira Brava, que, no interrogatório do dia seguinte, desferiu ataques ao Governo do "ditador João Franco". Explicou que a sua presença na estação deveu-se ao facto de ter lido, nos "jornais do Governo", que ali iria realizar-se uma manifestação de apoio a Franco. Ora, sendo um "cidadão livre e democrata", entendeu que tinha "a obrigação de provar que a maioria do país" repudiava "o despotismo e o arbítrio" que governava Portugal. Em tom que se adivinha irónico ressalvou que se manifestou "de forma ordeira" apenas por "respeito" a Alpoim. Porque, na verdade, "o seu pensamento e o seu sentir iam mais além". <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29095" />Foi libertado após ter pago uma fiança de 200 escudos, mas viu o processo arrastar-se até ao final do ano. O STJ confirmou, em Dezembro, a decisão do Tribunal da Relação, que absolveu todos os arguidos do crime de sublevação. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29096" />Morto na rua<br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29097" />Quando assistiu à concretização do sonho republicano, em 1910, escreveu a um amigo madeirense que finalmente vivia num "país feliz". Mas, conta o seu bisneto, nunca quebrou as relações com a família real, tendo mesmo pedido ao seu filho Sebastião para "abastecer o carro" de D. Manuel II para que o monarca pudesse deslocar-se para a Ericeira. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29098" />Contudo, a vida de Francisco Correia de Herédia Ribeira Brava (assim passou a assinar após abolição dos títulos nobiliárquicos, em 1910) teve um final trágico: a 16 de Outubro de 1918, durante o regime ditatorial de Sidónio Pais, é morto na rua Serpa Pinto. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29099" />Existem várias versões sobre os acontecimentos desse dia. Certo é que Ribeira Brava, então filiado no Partido Republicano Português, estava entre os mais de 100 presos que eram conduzidos desde o Governo Civil até ao Cais do Sodré, onde embarcariam para vários fortes. Os jornais divergiram quanto à origem do tiroteio que provocou seis mortos: uns diziam que o primeiro tiro fora disparado por um polícia contra os populares que assistiam ao cortejo dos presos, outros asseguravam que havia sido Ribeira Brava o primeiro a desfechar uma pistola que recebera camuflada num tacho de açorda. <br id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29100" />Francisco de Herédia tinha 66 anos. O seu funeral primou pela discrição e apenas a família assistiu ao enterro. Está sepultado no jazigo da família Herédia, no cemitério dos Prazeres. </div>
<div dir="ltr" id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29069" style="color: #222222; font-family: Georgia,serif; font-size: 16px; line-height: 1.5; margin-bottom: 20px; margin-left: 198.98px;">
<img alt="Inline image" class="m_-2511994016213261390ymail-preserve-class m_-2511994016213261390inline-image-guid-26006ec2-e417-74ae-98f6-0396bab1ef10 m_-2511994016213261390rte-inline-saved-image CToWUd" id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29733" src="https://mail.google.com/mail/u/0/?ui=2&ik=784529a307&view=fimg&th=15d23cc739034b59&attid=0.1&disp=emb&attbid=ANGjdJ_q5JxzAY4Nv3EbOo-o-rtbggfopQ-5YuWkFe8G14E9yRalTKTLyEC1jrhSyIHN5GlpuhCgcyhZtmIvISXJ1DiYwLZPruzmHl5Bsci2ilMNRgLNQZDFkthueQQ&sz=s0-l75-ft&ats=1516819999211&rm=15d23cc739034b59&zw&atsh=1" style="max-height: 160px; max-width: 127px; width: 100%;" /><span id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29707" style="color: rgba(0, 0, 0, 0.87); font-family: arial,sans-serif-light,sans-serif; font-size: 19px;">Francisco Correia de Herédia, 1.º Visconde da Ribeira Brava</span></div>
<div dir="ltr" id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29069" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 20px; margin-left: 198.98px;">
<img class="CToWUd a6T" height="218" id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_30909" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEgaa8nB9X0ATJRPNyg27eS1fpAhis8uJ9T-PFUXSaPtXWAQy3FIUiUbC1SyP8rZ_Aim1WVDD0FRjRsb1Wa9l6UsaiWoubBJ6k9Y1c1leKsokCi_cuqwjmsgtYu8ylTcG_nj5eyKDbovSu7Ml1gpkBeuIx6RVV67kEcmJVSEIpDEtOWLFofEW90vHFcoJEuaMkWCwwHEBLpjU96XjJ5dzYSXE8PX4xM2i2vYGZF5gBjR3lyly9VpGmjS-HIO5xNdcmJAaaWp93Seak9L8A=s0-d-e1-ft" width="320" /><div class="a6S bar" dir="ltr" style="opacity: 0.01;">
<div aria-label="Transferir anexo " class="T-I J-J5-Ji aQv T-I-ax7 L3 a5q" data-tooltip-class="a1V" id=":q6" role="button" tabindex="0" title="Transferir">
<div class="aSK J-J5-Ji aYr">
</div>
</div>
</div>
<span style="color: rgba(0,0,0,0.870588); font-family: arial, sans-serif-light, sans-serif;"><span style="font-size: 19px;"><br /></span></span></div>
<div dir="ltr" id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29069" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 20px; margin-left: 198.98px;">
<span id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_31505" style="background-color: #f8f9fa; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 12.37px;">Francisco Correia de Herédia a celebrar a </span><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://pt.wikipedia.org/wiki/Implanta%25C3%25A7%25C3%25A3o_da_Rep%25C3%25BAblica_Portuguesa&source=gmail&ust=1516906399217000&usg=AFQjCNF745UNh9djL0VT1L8jDpPQuuyZjg" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Implanta%C3%A7%C3%A3o_da_Rep%C3%BAblica_Portuguesa" id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_31506" style="background-color: #f8f9fa; background-image: none; color: #0b0080; font-family: sans-serif; font-size: 12.37px; text-decoration-line: none;" target="_blank" title="Implantação da República Portuguesa">implantação da República Portuguesa</a><span id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_31507" style="background-color: #f8f9fa; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 12.37px;">.</span></div>
<div id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29345">
<br /></div>
<div class="m_-2511994016213261390yahoo-link-enhancr-card m_-2511994016213261390ymail-preserve-class m_-2511994016213261390ymail-preserve-style" dir="ltr" id="m_-2511994016213261390enhancr2_ecd96b91-5da8-c435-6b73-78b6bf9ef4be" style="font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; max-width: 400px;">
<a class="m_-2511994016213261390yahoo-enhancr-cardlink" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://www.publico.pt/temas/jornal/o-visconde-republicano--que-sonhava--com-um-pais-feliz-247400&source=gmail&ust=1516906399217000&usg=AFQjCNEuk1J5JBygoae1iNevkruTnYn9cA" href="https://www.publico.pt/temas/jornal/o-visconde-republicano--que-sonhava--com-um-pais-feliz-247400" id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29363" rel="noreferrer" style="color: rgb(0, 0, 0) !important; text-decoration: none !important;" target="_blank"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_-2511994016213261390card-wrapper m_-2511994016213261390yahoo-ignore-table" id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29362" style="max-width: 400px;"><tbody id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29361">
<tr id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29360"><td id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29359" width="400"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_-2511994016213261390card m_-2511994016213261390yahoo-ignore-table" id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29358" style="max-width: 400px; width: 100%px;"><tbody id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29357">
<tr id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29717"><td background="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhSsYS4dONI7LFDy6SRwl5fJroODW4kx1OAaIiPYJXqCDpMZOI_b3QvD7ru5d7V9fuSOjp6lhUeOvEtdqPSp4HbpLRlWyBrBGKsVXEEn6rZ5fqcCIENZ51tH2CuaAHRIhcwAO8PyQJXUIjLfh_L_ZJMkdhQ0MXcyb7G_VSXImKLnR06_OcvEeOWz8Ako84Huh85Yj0xpvaZNY49lueDjv-kKVI6W34x1qLT4M-Yk0QXlXX8Pc_AgSnFn5eJ0v9vGoOMpqIHBXddAN_zgxSF6W7R3udA5maepuzMCtQZo6x8KdvfG0v9e_8mYA=s0-d-e1-ft" bgcolor="#000000" class="m_-2511994016213261390card-primary-image-cell" id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29716" style="background: url("https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhSsYS4dONI7LFDy6SRwl5fJroODW4kx1OAaIiPYJXqCDpMZOI_b3QvD7ru5d7V9fuSOjp6lhUeOvEtdqPSp4HbpLRlWyBrBGKsVXEEn6rZ5fqcCIENZ51tH2CuaAHRIhcwAO8PyQJXUIjLfh_L_ZJMkdhQ0MXcyb7G_VSXImKLnR06_OcvEeOWz8Ako84Huh85Yj0xpvaZNY49lueDjv-kKVI6W34x1qLT4M-Yk0QXlXX8Pc_AgSnFn5eJ0v9vGoOMpqIHBXddAN_zgxSF6W7R3udA5maepuzMCtQZo6x8KdvfG0v9e_8mYA=s0-d-e1-ft") no-repeat center / cover rgb(0, 0, 0); height: 200px;" valign="top"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_-2511994016213261390yahoo-ignore-table" id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29715" style="width: 100%;" valign="top"><tbody id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29714">
<tr id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29713"><td background="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEjOSx1u3vwU_TRgl8j8-n4q_PP1aMnBpWA4fVpB_v4oP0e59DIHvMl_vQV2ypDBI-F5eXDuYoEWYyk5XXv1L8kDNZ2t_lQqDgMBTegEPES478VEvkRRL1mY8Iz2vi0n6lhKtFFz2xWdxk9P1B8mPJwy28v_Pm0rydw1RzuhxBjEXg=s0-d-e1-ft" bgcolor="transparent" id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29712" style="background: url("https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEjOSx1u3vwU_TRgl8j8-n4q_PP1aMnBpWA4fVpB_v4oP0e59DIHvMl_vQV2ypDBI-F5eXDuYoEWYyk5XXv1L8kDNZ2t_lQqDgMBTegEPES478VEvkRRL1mY8Iz2vi0n6lhKtFFz2xWdxk9P1B8mPJwy28v_Pm0rydw1RzuhxBjEXg=s0-d-e1-ft") left top; height: 200px;" valign="top"><table class="m_-2511994016213261390yahoo-ignore-table" id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29711" style="height: 185px; min-height: 185px; width: 100%;"><tbody id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29710">
<tr id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29709"><td class="m_-2511994016213261390card-richInfo2" id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_30931" style="padding: 15px 0px 0px 15px; text-align: left; vertical-align: top;"></td><td class="m_-2511994016213261390card-actions" id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29708" style="padding: 15px 15px 0px 0px; text-align: right; vertical-align: top;"><div class="m_-2511994016213261390card-share-container">
</div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
<tr id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29356"><td id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29355"><table align="center" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_-2511994016213261390card-info m_-2511994016213261390yahoo-ignore-table" id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29381" style="background: rgb(255, 255, 255); border-color: rgb(224, 228, 233) rgb(224, 228, 233) rgb(0, 0, 0); border-image: none; border-style: solid; border-width: 1px 1px 3px; margin-left: auto; margin-right: auto; max-width: 380px; width: 95%;"><tbody id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29380">
<tr id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29379"><td style="background-color: white; padding: 16px 0px 16px 12px; vertical-align: top;"></td><td id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29378" style="padding: 16px 12px; vertical-align: middle; width: 99%;"><h2 class="m_-2511994016213261390card-title" id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29400" style="font-family: "Helvetica Neue",Helvetica,Arial,sans-serif; font-size: 16px; line-height: 19px; margin: 0px 0px 4px;">
O visconde republicano que sonhava com um país feliz</h2>
<div class="m_-2511994016213261390card-description" style="color: #999999; font-size: 11px; line-height: 15px;">
Há quem defenda que ele foi um "mecenas" do regicídio. Há quem diga que foi ele quem avisou D. Carlos ...</div>
</td><td style="padding: 16px 12px 16px 0px; text-align: right;"></td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</a></div>
<div id="m_-2511994016213261390yui_3_16_0_ym19_1_1499539071271_29354">
<br /> </div>
</div>
</div>
Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-26523888040466715152018-01-24T18:51:00.003+00:002018-01-24T18:51:40.182+00:00Origem da palavra saloio<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_5403">
<span id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_5808" style="font-family: Arial; font-size: x-small;">Francisco Amorim, </span><span id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_6953" style="font-family: Arial; font-size: x-small;">Julho 7, 2017 </span><span id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_7028" style="font-family: Arial; font-size: x-small;"> Etnografia - ORIGEM DA PALAVRA SALOIO</span></div>
<div class="m_-5135116463582200013qtdSeparateBR">
<br /><span id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_5457" lang="FR-BE" style="font-size: 16pt;">Saloio : do árabe <i id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_5731">çahrauii, </i>ou<i id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_6909"> çarhoi</i> = homem, habitante do deserto</span></div>
<div class="m_-5135116463582200013yahoo_quoted" id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_5410" style="display: block;">
<div id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_5409" style="font-family: "bookman old style","new york",times,serif;">
<div id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_5408" style="font-family: HelveticaNeue,"Helvetica Neue",Helvetica,Arial,"Lucida Grande",sans-serif;">
<div class="m_-5135116463582200013y_msg_container" dir="ltr" id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_5456">
<div id="m_-5135116463582200013yiv2434327401">
<div id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_5460">
<div class="m_-5135116463582200013yiv2434327401WordSection1" id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_5459">
<div class="m_-5135116463582200013yiv2434327401MsoNormal" id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_5732">
<span id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_6959" lang="FR-BE" style="font-size: 16pt;"> </span><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=http://www.fgamorim.blogspot.com/&source=gmail&ust=1516905949157000&usg=AFQjCNGZqncbp2WzD6rxZYGixvZPlJYtuw" href="http://www.fgamorim.blogspot.com/" id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_5734" rel="nofollow" shape="rect" style="background-color: white; text-align: center;" target="_blank"><span id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_5733" style="color: #0563c1;"><span id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_7207" style="font-size: xx-small;">www.fgamorim.blogspot.com</span></span></a></div>
<div class="m_-5135116463582200013yiv2434327401MsoNormal" id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_6912" style="font-size: 16px;">
<span lang="FR-BE" style="font-size: 16pt;"></span> </div>
<div class="m_-5135116463582200013yiv2434327401yqt8357969145" id="m_-5135116463582200013yiv2434327401yqt52303" style="font-size: 16px;">
<div id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_6965">
<div id="m_-5135116463582200013yiv2434327401yui_3_16_0_ym19_1_1499382962360_4973">
<div class="m_-5135116463582200013yiv2434327401MsoNormal" id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_6977" style="background: white;">
<span id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_6978" style="font-size: 10.5pt;">Etnografia - ORIGEM DA PALAVRA SALOIO</span><span style="font-size: 10pt;"></span></div>
</div>
<div id="m_-5135116463582200013yiv2434327401yui_3_16_0_ym19_1_1499382962360_4973">
<div class="m_-5135116463582200013yiv2434327401MsoNormal" id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_6979" style="background: white;">
<span id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_7001" style="font-size: 10pt;"> </span></div>
</div>
<div id="m_-5135116463582200013yiv2434327401yui_3_16_0_ym19_1_1499382962360_4973">
<div class="m_-5135116463582200013yiv2434327401MsoNormal" id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_6962" style="background: white;">
<span id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_6961" style="font-size: 10.5pt;">Designa-se como <b id="m_-5135116463582200013yiv2434327401yui_3_16_0_ym19_1_1499382962360_4703">saloio</b> o habitante natural das zonas rurais do início do século XX em volta de Lisboa, a região saloia. A região saloia compreende vários concelhos, sendo os seus limites discutíveis. Alguns autores definem como região saloia os concelhos de </span><span style="font-size: 10pt;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://pt.wikipedia.org/wiki/Alenquer_(Portugal)&source=gmail&ust=1516905949157000&usg=AFQjCNE36zmm-KpUuOI-d9_5uOQ-azEpMw" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Alenquer_(Portugal)" rel="nofollow" shape="rect" target="_blank" title="Alenquer (Portugal)"><span style="font-size: 10.5pt;"><span style="color: #1155cc;">Alenquer</span></span></a></span><span style="font-size: 10.5pt;">, Amadora, Arruda dos Vinhos, Cadaval, Loures, Mafra, Odivelas, Sintra, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras.</span><span style="font-size: 10pt;"></span></div>
</div>
<div id="m_-5135116463582200013yiv2434327401yui_3_16_0_ym19_1_1499382962360_4973">
<div class="m_-5135116463582200013yiv2434327401MsoNormal" style="background: white;">
<span style="font-size: 10pt;"> </span></div>
</div>
<div id="m_-5135116463582200013yiv2434327401yui_3_16_0_ym19_1_1499382962360_4973">
<div class="m_-5135116463582200013yiv2434327401MsoNormal" style="background: white;">
<span style="font-size: 10pt;"> </span><span style="font-size: 12pt;">ORIGEM DA PALAVRA SALOIO</span></div>
<div class="m_-5135116463582200013yiv2434327401MsoNormal" style="background: white;">
<span style="font-size: 12pt;"></span> </div>
<div class="m_-5135116463582200013yiv2434327401MsoNormal" style="background: white;">
<span id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_6995" style="font-size: 13.5pt;">Quando D. Affonso Henriques conquistou Lisboa aos mouros, para não despovoar a terra, deixou-os ficar de posse de seus bens e casas, impondo-lhes certos tributos. Este beneficio e tolerancia, que a politica e a humanidade aconselhavam, se estendeu aos logares circunvisinhos da cidade. Esta foi logo augmentando em população christã, que em si absorveu a mourisca pelo decurso dos tempos, o que não era tão facil no campo. Dizem que a estes mouros dos arredores davam antigamente o nome de <i id="m_-5135116463582200013yiv2434327401yui_3_16_0_ym19_1_1499382962360_5856">Çaloyos</i> ou <i id="m_-5135116463582200013yiv2434327401yui_3_16_0_ym19_1_1499382962360_5857">Saloios</i>, tirado do titulo da reza que repetem cinco vezes no dia, chamada <i id="m_-5135116463582200013yiv2434327401yui_3_16_0_ym19_1_1499382962360_5858">çala</i>. Ficou subsistindo o nome, ainda depois de povoados esses logares por christãos; e talvez da mesma origem proviesse um antigo tributo que se pagava do pão cosido em Lisboa e seu termo, e que era conhecido pela denominação de <i id="m_-5135116463582200013yiv2434327401yui_3_16_0_ym19_1_1499382962360_5859">çalayo</i>.</span></div>
<div class="m_-5135116463582200013yiv2434327401MsoNormal" style="background: white;">
<span style="font-size: 13.5pt;"></span><span style="font-size: 10pt;"></span> </div>
</div>
<div id="m_-5135116463582200013yiv2434327401yui_3_16_0_ym19_1_1499382962360_5860">
<div class="m_-5135116463582200013yiv2434327401MsoNormal" style="background: white;">
<span style="font-size: 8pt;">in <b id="m_-5135116463582200013yiv2434327401yui_3_16_0_ym19_1_1499382962360_5861"><i id="m_-5135116463582200013yiv2434327401yui_3_16_0_ym19_1_1499382962360_5862">O Panorama</i></b>, 21 de Abril de 1838 (</span><span style="font-size: 9pt;">O panorama : jornal litterário e instructivo da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Úteis</span><span style="font-size: 8pt;">)</span></div>
</div>
<div id="m_-5135116463582200013yiv2434327401yui_3_16_0_ym19_1_1499382962360_4973">
<div class="m_-5135116463582200013yiv2434327401MsoNormal" style="background: white;">
<span style="font-size: 10pt;"> </span></div>
</div>
<div id="m_-5135116463582200013yiv2434327401yui_3_16_0_ym19_1_1499382962360_4973">
<div class="m_-5135116463582200013yiv2434327401MsoNormal" id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_7014" style="background: white;">
<span id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_11172" style="font-size: 10pt;"><img border="0" class="CToWUd a6T" id="m_-5135116463582200013yiv2434327401yui_3_16_0_ym19_1_1499382962360_5141" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEgUJXKDiyCjjrOBmO6P4iW_vaw-M-mX7x72l59HlL_sHA19tX8Ymbt1ASvjXr3VGRBcQUcMsVLo70uA9lAcX4XJSUNyNFWG2UiwoXptk4NOjgX48oUP1H_uGcTiphJo3FUu1iVB7Kyz1e6vMam3Z-SrVy9L2mqKfvvy2gwDXb1wEM6KBeW5-_qf63E_8BpEXSg7LUAQALNGN2Pa93DMs5j-CbVLkI6BS3z71NQaJNPfnEzc8w=s0-d-e1-ft" /><div class="a6S bar" dir="ltr" style="left: 252px; opacity: 0.01; top: 696.35px;">
<div aria-label="Transferir anexo " class="T-I J-J5-Ji aQv T-I-ax7 L3 a5q" data-tooltip-class="a1V" data-tooltip="Transferir" id=":26q" role="button" tabindex="0">
<div class="aSK J-J5-Ji aYr">
</div>
</div>
</div>
</span></div>
</div>
<div id="m_-5135116463582200013yiv2434327401yui_3_16_0_ym19_1_1499382962360_4973">
<div class="m_-5135116463582200013yiv2434327401MsoNormal" id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_6999" style="background: white;">
<i><span style="font-size: 9.5pt;">Saloias</span></i><span id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_12358" style="font-size: 9.5pt;">, por </span><span style="font-size: 10pt;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%25C3%25B3nio_da_Silva_Porto&source=gmail&ust=1516905949157000&usg=AFQjCNE9Ay9Mu0yXOD5nc0UctsFvton8TQ" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_da_Silva_Porto" rel="nofollow" shape="rect" target="_blank" title="António da Silva Porto"><span style="font-size: 9.5pt;"><span style="color: #1155cc;">Silva Porto</span></span></a></span><span id="m_-5135116463582200013yui_3_16_0_ym19_1_1499435039193_7003" style="font-size: 9.5pt;">(1850-1893)</span><div class="yj6qo">
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-32210366913945658612018-01-24T18:15:00.000+00:002018-01-24T18:15:16.215+00:00Investimento brasileiro em Portugal cresceu 7% em 2017<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<em style="border-image: none; border: 0px currentColor; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">O investimento direto do Brasil em Portugal ultrapassava os 3 mil milhões de euros em setembro. O Brasil é o sexto maior investidor estrangeiro em Portugal e o maior de fora da Europa.</em><br />
<div class="m_-4843598670545133910ydpdd7549d0eltd-post-content" style="border-image: none; border: 0px currentColor; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div class="m_-4843598670545133910ydpdd7549d0eltd-post-text" style="border-image: none; border: 0px currentColor; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div class="m_-4843598670545133910ydpdd7549d0eltd-post-text-inner m_-4843598670545133910ydpdd7549d0clearfix" style="border-image: none; border: 0px currentColor; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<hr />
<div style="border-image: none; border: 0px currentColor; margin: 15px 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="border-image: none; border: 0px currentColor; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Jorge Horta</strong></div>
<hr />
<div class="m_-4843598670545133910ydpdd7549d0wp-caption m_-4843598670545133910ydpdd7549d0alignnone" id="m_-4843598670545133910ydpdd7549d0attachment_81465" style="border-image: none; border: 0px currentColor; margin: 0px; max-width: 810px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<img alt="" class="m_-4843598670545133910ydpdd7549d0size-full m_-4843598670545133910ydpdd7549d0wp-image-81465 CToWUd a6T" height="294" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhLaW6Fmm58-AaAWk8CcM-fb9A95jKvx_1s0FEwUjhr66ahHcGvBiYyhyR-l8_mf6iXDk6q8xWXaf2boQk0mBxYrL3a3rIU2pOYLYo3djWjy2JBqPzjQEzorhR5bF138w6XFTUjvPRSk8oG6dZWry15v1Ii2niWN30jhwcJ_BfxidiPccwRsuyj-tQdHhS3EcjljFrqu4ZfxGYSczE=s0-d-e1-ft" style="max-width: 100%;" width="320" /><br />
<div class="a6S bar" dir="ltr" style="left: 752px; opacity: 0.01; top: 775.14px;">
<div aria-label="Transferir anexo " class="T-I J-J5-Ji aQv T-I-ax7 L3 a5q" data-tooltip-class="a1V" data-tooltip="Transferir" id=":1uo" role="button" tabindex="0">
<div class="aSK J-J5-Ji aYr">
</div>
</div>
</div>
<div class="m_-4843598670545133910ydpdd7549d0wp-caption-text" style="border-image: none; border: 0px currentColor; font-size: 10px; line-height: 1.4em; margin: 15px 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-transform: uppercase; vertical-align: baseline;">
FOTO: FCTUNL</div>
</div>
<div style="border-image: none; border: 0px currentColor; margin: 15px 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O investimento direto do Brasil em Portugal ascendia a 3.074 milhões de euros no final de setembro, o que corresponde a um crescimento de 7% em relação à posição que se verificava no final de 2016 e a um aumento de 204 milhões de euros em termos absolutos, segundo os dados do Banco de Portugal.</div>
<div style="border-image: none; border: 0px currentColor; margin: 15px 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
No final do terceiro trimestre o Brasil conservava o estatuto de sexto maior investidor em Portugal e de maior investidor não europeu. À frente do investimento brasileiro no mercado português estão apenas a Holanda (30 mil milhões de euros), Espanha (24,5 mil milhões), Luxemburgo (23 mil milhões), Reino Unido (9,2 mil milhões) e França (6,5 mil milhões).</div>
<div style="border-image: none; border: 0px currentColor; margin: 15px 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Também no final de 2016 o Brasil ocupava a sexta posição na lista de investidores estrangeiros em Portugal, à época liderada igualmente pela Holanda (28,5 mil milhões de euros) e Espanha (25,6 mil milhões), de acordo com as estatísticas publicadas pelo Banco de Portugal.</div>
<div style="border-image: none; border: 0px currentColor; margin: 15px 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Globalmente, o investimento direto estrangeiro em Portugal somava 120,4 mil milhões de euros em setembro, mais 7% do que o registado no final de 2016.</div>
<div style="border-image: none; border: 0px currentColor; margin: 15px 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O relacionamento económico entre o Brasil e Portugal tem crescido nos últimos anos. Embora o comércio bilateral tenha sofrido um arrefecimento, o mercado brasileiro é um dos maiores emissores de turistas estrangeiros para Portugal, sendo também um dos grandes emissores de pedidos de “vistos gold”, as autorizações especiais de residência para quem invista pelo menos 500 mil euros na compra de imóveis em Portugal ou 1 milhão de euros noutros tipos de investimento, com criação de emprego.</div>
<h4 style="border-image: none; border: 0px currentColor; color: #020202; font-family: "Ek Mukta",serif; font-size: 21px; line-height: 1.13em; margin: 15px 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Investimento português no Brasil estável</h4>
<div style="border-image: none; border: 0px currentColor; margin: 15px 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O investimento direto de Portugal no Brasil este ano estabilizou. Segundo o Banco de Portugal, o investimento luso no mercado brasileiro passou de 2,76 mil milhões de euros no final de 2016 para 2,78 mil milhões em setembro último.</div>
<div style="border-image: none; border: 0px currentColor; margin: 15px 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
A posição global do investimento de Portugal no exterior passou de 54,6 mil milhões de euros no final de 2016 para 54,3 mil milhões no mês de setembro.</div>
<div style="border-image: none; border: 0px currentColor; margin: 15px 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Holanda e Espanha são os países em que Portugal tem mais capital investido, com 17,2 mil milhões de euros e 13 mil milhões de euros, respetivamente.</div>
<div style="border-image: none; border: 0px currentColor; margin: 15px 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://portugaldigital.com.br/investimento-brasileiro-em-portugal-cresceu-7-este-ano/?utm_term%3DNewsletter%2BPortugal%2BDigital%2B%2B%2B%2B26%252F12%252F2017%26utm_campaign%3DPortugal%2BDigital%26utm_source%3De-goi%26utm_medium%3Demail&source=gmail&ust=1516903784611000&usg=AFQjCNF_9XoqNEvL0xW_0r_AP6KiAF03gg" href="https://portugaldigital.com.br/investimento-brasileiro-em-portugal-cresceu-7-este-ano/?utm_term=Newsletter+Portugal+Digital++++26%2F12%2F2017&utm_campaign=Portugal+Digital&utm_source=e-goi&utm_medium=email" target="_blank"><span style="color: #1155cc;">https://portugaldigital.com.<wbr></wbr></span>br/investimento-brasileiro-em-<wbr></wbr>portugal-cresceu-7-este-ano/?<wbr></wbr>utm_term=Newsletter+Portugal+<wbr></wbr>Digital++++26%2F12%2F2017&utm_<wbr></wbr>campaign=Portugal+Digital&utm_<wbr></wbr>source=e-goi&utm_medium=email</a></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-42340314634325723732018-01-21T15:04:00.001+00:002018-01-21T15:04:10.117+00:00Raul Mesnier de Ponsard, o homem dos elevadores<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
Elevador Stª Justa - Lisboa e Raul Mesnier de Ponsard, o homem dos elevadores</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<img alt="Inline image" class="m_7703336668524582183ydp7dc06e2eyahoo-inline-image CToWUd a6T" height="320" src="https://mail.google.com/mail/u/0/?ui=2&ik=784529a307&view=fimg&th=160d8593a571932b&attid=0.1&disp=emb&attbid=ANGjdJ9HTvC1T7_IcXBhoJdYgmbRmHiO28eJnx2xa3m0pgZfJl1OZvXQ4Rl8-ahEvwa8Ar5EJhvjVP2Cr151QOeBsNP4nhsTWsIWk663Ha5RhsUoiSczDLQmJQYckkg&sz=s0-l75-ft&ats=1516546851067&rm=160d8593a571932b&zw&atsh=1" style="max-width: 400px; outline: 0px;" tabindex="0" title="Inline image" width="213" /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<img alt="Inline image" class="m_7703336668524582183ydp71f95372yahoo-inline-image CToWUd" src="https://mail.google.com/mail/u/0/?ui=2&ik=784529a307&view=fimg&th=160d8593a571932b&attid=0.3&disp=emb&attbid=ANGjdJ-pR266PEh9evvQoaZ60weci2j26cNLuNDP1gQyEeXcA8V-5k2-_pPHQ2a8AmimJThDzaLRMjrSSDqoKBEFRSDf-hQ2xybUB9G2Xo1G5XmcObnqxUmFn33iLcg&sz=s0-l75-ft&ats=1516546851067&rm=160d8593a571932b&zw&atsh=1" style="width: 220px;" title="Inline image" /><br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #545454; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Elevador Stª Justa - é um sistema de transporte público, situado no centro da cidade de </span><span style="color: #6a6a6a; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small; font-weight: bold;">Lisboa</span><span style="color: #545454; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">, no distrito de mesmo nome, em Portugal. </span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #545454; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">Liga a Rua do Ouro e a Rua do Carmo ao Largo do Carmo e constitui-se num dos monumentos mais interessantes da Baixa de </span><span style="color: #6a6a6a; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small; font-weight: bold;">Lisboa</span><span style="color: #545454; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;">.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #545454; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #545454; font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;"><table border="0" cellpadding="3" class="m_7703336668524582183ydp932bdb56infobox_v2" style="background: rgb(249, 249, 249); border: 1px solid rgb(170, 170, 170); clear: right; color: black; font-family: sans-serif; font-size: 12.32px; line-height: 1.2em; margin: 0px 0px 0.5em 1em; padding: 2px;"><tbody>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; font-weight: bold; margin: 0px; padding: 2px 8px; vertical-align: top;">Nomes alternativos</td><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 2px 8px; vertical-align: top;">Elevador do Carmo</td></tr>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; font-weight: bold; margin: 0px; padding: 2px 8px; vertical-align: top;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://pt.wikipedia.org/wiki/Estilo_arquitet%25C3%25B3nico&source=gmail&ust=1516633251076000&usg=AFQjCNFHRKKEltERAKcSz105U0wl12RBzQ" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Estilo_arquitet%C3%B3nico" rel="nofollow" style="background: none; color: #1155cc;" target="_blank" title="Estilo arquitetónico"><span style="color: black;">Estilo dominante</span></a></td><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 2px 8px; vertical-align: top;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://pt.wikipedia.org/wiki/Neog%25C3%25B3tico&source=gmail&ust=1516633251076000&usg=AFQjCNEU7rW_VELtoHNCN-508oVFWPreMw" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Neog%C3%B3tico" rel="nofollow" style="background: none; color: #1155cc;" target="_blank" title="Neogótico"><span style="color: black;">Neogótico</span></a></td></tr>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; font-weight: bold; margin: 0px; padding: 2px 8px; vertical-align: top;">Engenheiro</td><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 2px 8px; vertical-align: top;"><span style="background: none; color: black;"><a class="m_7703336668524582183ydp932bdb56mw-redirect" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://pt.wikipedia.org/wiki/Raoul_Mesnier_du_Ponsard&source=gmail&ust=1516633251076000&usg=AFQjCNEFHqiyKBdrrKQiT7_zboA_fPOl3A" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Raoul_Mesnier_du_Ponsard" rel="nofollow" style="background: none; color: #1155cc;" target="_blank" title="Raoul Mesnier du Ponsard">Raoul Mesnier du Ponsard</a>(1)</span></td></tr>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; font-weight: bold; margin: 0px; padding: 2px 8px; vertical-align: top;">Início da construção</td><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 2px 8px; vertical-align: top;">1900</td></tr>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; font-weight: bold; margin: 0px; padding: 2px 8px; vertical-align: top;">Fim da construção</td><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 2px 8px; vertical-align: top;">1901</td></tr>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; font-weight: bold; margin: 0px; padding: 2px 8px; vertical-align: top;">Inauguração</td><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 2px 8px; vertical-align: top;">1902</td></tr>
<tr><th colspan="2" style="padding: 2px 8px; text-align: center; vertical-align: top;">Património Nacional</th></tr>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; font-weight: bold; margin: 0px; padding: 2px 8px; vertical-align: top;">Classificação</td><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 2px 8px; vertical-align: top;"><img alt="" class="CToWUd" height="16" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhhPslTDoVrm3-e1TkDtp9HKAKiKnOPq3EUZmm725_VkTCLAdc42dXlhIm-ys4JvZ7U3CtDbOmAom5elvb8coH-mqzofuktZeq-pxi_tQe9HU2cCgr5KtTsUYDv4TdhNs1G4YMfhfBUx32aKt6UkCn_9fvvFTftYTYJVTr-ktfgmJ2WciXlytli6X8VNxFgbaitnEB-fNaGsT3kW0oqbyip=s0-d-e1-ft" style="border: 0px; vertical-align: middle;" width="16" /> <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%25C3%25A7%25C3%25A3o_do_patrim%25C3%25B3nio_em_Portugal%23Monumento_Nacional&source=gmail&ust=1516633251076000&usg=AFQjCNFmGAzuJp9jWF979r2EFwGDT2E3wA" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_do_patrim%C3%B3nio_em_Portugal#Monumento_Nacional" rel="nofollow" style="background: none; color: #1155cc;" target="_blank" title="Classificação do património em Portugal"><span style="color: black;">Monumento Nacional</span></a></td></tr>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; font-weight: bold; margin: 0px; padding: 2px 8px; vertical-align: top;">Data</td><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 2px 8px; vertical-align: top;">2002</td></tr>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; font-weight: bold; margin: 0px; padding: 2px 8px; vertical-align: top;">DGPC</td><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 2px 8px; vertical-align: top;"><a class="m_7703336668524582183ydp932bdb56external m_7703336668524582183ydp932bdb56text" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70141/&source=gmail&ust=1516633251076000&usg=AFQjCNFT4WUs7CHioFr328MftSqANImlpg" href="http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70141/" rel="nofollow" style="background-color: initial; color: #1155cc; padding-right: 13px;" target="_blank"><span style="color: black;">70141</span></a></td></tr>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; font-weight: bold; margin: 0px; padding: 2px 8px; vertical-align: top;">SIPA</td><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 2px 8px; vertical-align: top;"><a class="m_7703336668524582183ydp932bdb56external m_7703336668524582183ydp932bdb56text" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id%3D3146&source=gmail&ust=1516633251076000&usg=AFQjCNFn051T5P3HJ5AVfgnnGxJUt5Rd0A" href="http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3146" rel="nofollow" style="background-color: initial; color: #1155cc; padding-right: 13px;" target="_blank"><span style="color: black;">3146</span></a></td></tr>
<tr><th colspan="2" style="padding: 2px 8px; text-align: center; vertical-align: top;">Geografia</th></tr>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; font-weight: bold; margin: 0px; padding: 2px 8px; vertical-align: top;">País</td><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 2px 8px; vertical-align: top;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal&source=gmail&ust=1516633251076000&usg=AFQjCNE6X9yfF72Fo7fMsLxodqURdQXOCw" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal" rel="nofollow" style="background: none; color: #1155cc;" target="_blank" title="Portugal"><span style="color: black;">Portugal</span></a></td></tr>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; font-weight: bold; margin: 0px; padding: 2px 8px; vertical-align: top;">Cidade</td><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 2px 8px; vertical-align: top;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://pt.wikipedia.org/wiki/Lisboa&source=gmail&ust=1516633251076000&usg=AFQjCNHLLR0I2FLGisyMUkF9xksus1x_rw" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Lisboa" rel="nofollow" style="background: none; color: #1155cc;" target="_blank" title="Lisboa"><span style="color: black;">Lisboa</span></a></td></tr>
</tbody></table>
</span>(1)<img alt="Inline image" class="m_7703336668524582183ydpaf640c07yahoo-inline-image CToWUd" src="https://mail.google.com/mail/u/0/?ui=2&ik=784529a307&view=fimg&th=160d8593a571932b&attid=0.2&disp=emb&attbid=ANGjdJ_9YQ-xhKqGBn3YxzP4h4Y3S6uQzcM9fa69V6co-PeEddSxbL4MYlWVj0_YwR8Z_k2X6CUXvJPZqC3QuQemehWL977cr5i2EsihfClrIDh82uZ6dcLDVx69cNU&sz=s0-l75-ft&ats=1516546851073&rm=160d8593a571932b&zw&atsh=1" style="width: 82px;" title="Inline image" /><br /> <span style="font-family: arial, sans-serif;">Raul Mesnier de Ponsard (1848-1914, Porto) foi um engenheiro português, de origem francesa e <span style="font-size: x-small;">discípulo do célebre Eiffel </span></span><span style="font-family: arial, sans-serif;">conhecido por ter construído muitos elevadores e funiculares em Portugal.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: #fefefe; color: #0a0a0a; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 18px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: #fefefe; color: #0a0a0a; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 18px;">Foi o autor de uma obra - pioneira na Península Ibérica - que haveria de constituir um estrondoso sucesso, granjeando-lhe a correspondente reputação: o elevador do Bom Jesus, em Braga. Na sua concepção, Raul Mesnier aplicou o sistema desenvolvido por Riggenbach - que esteve em Braga, em 1884, para assistir à inauguração - na construção de ascensores e locomotivas de montanha, com pleno sucesso, uma vez que o elevador ainda hoje se encontra em pleno funcionamento, nunca tendo sofrido algum acidente.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: #fefefe; color: #0a0a0a; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 18px;">Raul Mesnier conheceu um êxito enorme em Lisboa. Na capital, construiu o primeiro ascensor, ligando a Calçada do Lavra ao Campo de Santana, inaugurado em 19 de Abril de 1884, e que ainda hoje se encontra ao serviço. Nesse dia, dado que a viagem era gratuita, transportou mais de 3 mil passageiros, tendo funcionado 16 horas consecutivas. Tal como o do Bom Jesus, do qual era contemporâneo, funcionava inicialmente pelo sistema de cremalheira e por contrapeso de água, tendo sido electrificado em 1910.O sucesso obtido com a construção do ascensor do Lavra foi de tal envergadura que quase se pode dizer que Raul Mesnier nunca mais parou de construir elevadores: seguiram-se o ascensor da Glória - ainda ao serviço - ligando a Avenida da Liberdade à Rua de S. Pedro de Alcântara, inaugurado em 1885; o ascensor da Bica - também em actividade - ligando a Rua de S. Paulo ao Largo do Calhariz, inaugurado em 1888; o da Praça de Camões ao Largo da Estrela (1890); o da Rua do Crucifixo à Rua Garrett (1892); o da Graça (1893); o do largo de S. Julião ao Largo da Biblioteca (1897); o de S. Sebastião da Pedreira (1899). Estes últimos já não existem há muito tempo.Será, contudo, com o elevador de Santa Justa que Raul Mesnier conhecerá a sua máxima notoriedade. Dispondo de um passadiço metálico que o liga à Rua Nova do Carmo, e que constitui um dos seus elementos mais importantes, o elevador de Santa Justa - inaugurado em 10 de Julho de 1902 - foi concebido em estilo neogótico, constituindo uma dos mais notáveis monumentos da arquitectura do ferro existentes em Portugal. Frequentemente atribuído a Eiffel - como todas os monumentos, existentes neste país, que apresentem estruturas metálicas -, o elevador foi concebido e construído por Raul Mesnier, um portuense cujo nome, ironicamente, ficou mais ligado a Lisboa do que à sua cidade natal.Uma outra faceta de Raul Mesnier, ainda mais desconhecida, prende-se com a sua actividade como inventor, num domínio muito particular: o das armas de fogo. Em 1879, quando ainda vivia no Porto, publicou nesta cidade nada menos do que cinco projectos de novas armas de fogo, de sua invenção. Para além de inúmeras modificações e melhoramentos, aplicáveis a armas já existentes no mercado, e de fabrico estrangeiro, Raul Mesnier concebeu também um projecto de uma nova espingarda de guerra, e um novo método de obturador para espingarda de guerra, de carregar pela culatra, que chegou a ser construído, sob sua direcção, na fábrica de armas do Arsenal do Exército.Uma das suas invenções mais notáveis - que valeria a pena recordar mais aprofundadamente - foi o "Aritmotecno", uma máquina destinada a executar todas as operações aritméticas com um rigor absoluto e uma inexcedível rapidez - uma precursora das actuais máquinas de calcular -, a qual o próprio apresentou no Porto em 1882, tendo para o efeito editado uma pequena publicação onde explicava o seu funcionamento.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<span style="font-family: times new roman, new york, times, serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="background-color: #fefefe;">in Jornal Público ,</span><span style="background-color: #fefefe;">O homem dos elevadores por </span></span><div class="m_7703336668524582183ydpa0351dc3byline" style="background-color: #fefefe; display: inline; font-size: small; margin: 0px; padding: 0px;">
<address class="m_7703336668524582183ydpa0351dc3byline__author" style="display: inline; font-style: normal;">
<span class="m_7703336668524582183ydpa0351dc3byline__name" style="display: inline-block; margin-top: 16px; text-transform: uppercase;">JOSÉ MANUEL LOPES CORDEIRO,</span> </address>
</div>
<span style="background-color: #fefefe; font-size: x-small;">2 de Maio de 1999</span></span></div>
</div>
Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-4494063272861110352018-01-21T14:59:00.000+00:002018-01-21T14:59:08.185+00:00Amílcar Cabral: homem de acção e de palavra<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3farticulo-titulares" id="m_8888383385935872879ydp5eb30f3farticulo-titulares" style="background-color: white; border: 0px; color: #222222; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<h1 class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3farticulo-titulo m_8888383385935872879ydp5eb30f3farticulo-titulo--cursiva" id="m_8888383385935872879ydp5eb30f3farticulo-titulo" style="border: 0px; color: black; font-family: Majerit, serif; font-size: 2.47058em; font-stretch: inherit; font-style: italic; letter-spacing: -1px; line-height: 47.9024px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Amílcar Cabral: hombre de acción y de palabra</h1>
<div class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3farticulo-subtitulos" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<h2 class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3farticulo-subtitulo" style="border: 0px; font-family: Majerit, serif; font-size: 1.176em; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 27.0019px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Hoy se cumplen 45 años del asesinato del padre de Guinea-Bissau y Cabo Verde</h2>
</div>
</div>
<div class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3fcompartir__interior" style="background-color: white; border-bottom-style: solid; border-left: 0px; border-right: 0px; border-top-style: solid; color: #222222; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px auto; padding-left: 0px; padding-right: 0px; vertical-align: baseline;">
<div class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3fcompartir-varios" style="border: 0px; float: right; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
</div>
<div class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3farticulo-apertura" style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: "Benton Sans", sans-serif; font-size: 17.008px; font-stretch: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3ffirma" style="border: 0px; color: #a4a4a4; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3fautor" style="border: 0px; float: left; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-top: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3fautor-texto" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3fautor-nombre" style="border: 0px; display: inline-block; float: left; font-family: inherit; font-size: 0.647em; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: 700; line-height: 15.9561px; margin: 0px; padding: 0px; text-transform: uppercase; vertical-align: baseline;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://elpais.com/autor/el_pais/a/&source=gmail&ust=1516622668927000&usg=AFQjCNEIcORpJ97yr2RIMMTpK82vmSltIA" href="https://elpais.com/autor/el_pais/a/" rel="nofollow" style="background-color: transparent; border: 0px; color: #111111; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" target="_blank" title="Ver todas las noticias de Autor Invitado: Omer Freixa">AUTOR INVITADO: OMER FREIXA</a></span><div class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3fautor-perfiles" style="border: 0px; float: left; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
</div>
</div>
</div>
<div class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3farticulo-datos" style="border: 0px; color: #a4a4a4; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3farticulo-localizaciones" style="border: 0px; color: #111111; font-family: inherit; font-size: 0.706em; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: bold; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Buenos Aires </span><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://elpais.com/tag/fecha/20180120&source=gmail&ust=1516622668927000&usg=AFQjCNFTMgl2mnQdj3OysY1vk-jf-uvhuQ" href="https://elpais.com/tag/fecha/20180120" rel="nofollow" style="background-color: transparent; border: 0px; color: #a4a4a4; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" target="_blank" title="Ver todas las noticias de esta fecha">20 ENE 2018 - 01:51 CET</a></div>
<div class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3farticulo-datos" style="border: 0px; color: #a4a4a4; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
</div>
<div class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3farticulo__contenedor" id="m_8888383385935872879ydp5eb30f3farticulo_contenedor" style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; float: left; font-family: "Benton Sans", sans-serif; font-size: 17.008px; font-stretch: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<img alt="El líder Amílcar Cabral, en una imagen de 1971. " class="CToWUd a6T" height="178" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhM5IPzfJe6yc1VCMY-pU9JH-esjSMU7YHdHS-VS2CaZvSUjAnl7HG9Bovm986Xdo2fixSBxQIRXabXFo-S0WvZ4dPKByG23NawHkzsgD3x_7AkndHgY1A60qHrwacKOoUXO_DMho-DUGB_hsJAj7TBNCSMH326qpFtZPb3DSUjEWQLms5_Rg1CRXqXiBfi83USN9uPWKGal3URXZHifT3Wo3yM2FaUO2N2jrHoD7II-85PKn_xlQ=s0-d-e1-ft" style="border: 0px; display: block; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; height: auto; line-height: inherit; margin: 0px; max-width: 100%; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" tabindex="0" width="320" /><span class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3ffoto-texto" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></span></div>
<div class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3farticulo__contenedor" id="m_8888383385935872879ydp5eb30f3farticulo_contenedor" style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; float: left; font-family: "Benton Sans", sans-serif; font-size: 17.008px; font-stretch: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3ffoto-texto" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">El líder Amílcar Cabral, en una imagen de 1971. </span><span class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3ffoto-firma" style="border: 0px; color: #111111; font-family: inherit; font-size: 0.846em; font-stretch: inherit; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-transform: uppercase; vertical-align: baseline;"><span class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3ffoto-autor" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">GETTY IMAGES</span> <span class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3ffoto-agencia" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">AFP</span></span></div>
<div class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3farticulo__contenedor" id="m_8888383385935872879ydp5eb30f3farticulo_contenedor" style="background-color: white; border: 0px; float: left; font-family: "Benton Sans", sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #111111;"><span style="font-size: 14.3888px; text-transform: uppercase;"><br /></span></span><div class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3farticulo-cuerpo" id="m_8888383385935872879ydp5eb30f3fcuerpo_noticia" style="border: 0px; color: #444444; display: inline; float: none; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 28.0632px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: auto;">
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Hoy se cumplen 45 años del asesinato de Amílcar Cabral, gran exponente de la época de independencias en África e ingeniero agrónomo que dedicó su vida a la consecución de la libertad de su pueblo, el de <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://elpais.com/tag/guinea_bissau/a/&source=gmail&ust=1516622668927000&usg=AFQjCNGTjSgRV6RsVtr4Lyz3epjiaxIeVg" href="https://elpais.com/tag/guinea_bissau/a/" rel="nofollow" style="background-color: transparent; border: 0px; color: #016ca2; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" target="_blank">Guinea-Bissau</a>, hermanado al de <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://elpais.com/tag/cabo_verde/a/&source=gmail&ust=1516622668927000&usg=AFQjCNFsKnDxWCM8jdEsxf48somU5M7mNQ" href="https://elpais.com/tag/cabo_verde/a/" rel="nofollow" style="background-color: transparent; border: 0px; color: #016ca2; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" target="_blank">Cabo Verde</a> (sus padres eran de allí). A ambos países buscó unir en la lucha por la independencia y como naciones soberanas, aunque la muerte le impidió consumar el sueño de ver eliminado el colonialismo portugués (la independencia de Guinea-Bissau fue declarada en forma unilateral el 24 de septiembre de 1973).</div>
<a href="https://www.blogger.com/null" name="m_8888383385935872879_sumario_1" style="background-color: transparent; border: 0px; color: #016ca2; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"></a><div class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3fsumario__interior" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<h3 class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3fsumario-titulo" style="border: 0px; color: #111111; font-size: 0.706em; font-stretch: inherit; font-style: inherit; line-height: 16.9308px; margin: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; text-transform: uppercase; vertical-align: baseline;">
<span class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3fsin_enlace" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></span></h3>
<h3 class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3fsumario-titulo" style="border: 0px; color: #111111; font-size: 0.706em; font-stretch: inherit; font-style: inherit; line-height: 16.9308px; margin: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; text-transform: uppercase; vertical-align: baseline;">
<span class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3fsin_enlace" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">MÁS INFORMACIÓN</span></h3>
<div class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3fsumario-texto" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 0.882em; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 24.7517px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3fapoyos" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<ul class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3fapoyos-listado" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<li class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3fapoyo_normal m_8888383385935872879ydp5eb30f3fapoyo_foto" style="border-bottom-color: rgb(235, 235, 235); border-bottom-style: solid; border-left: 0px; border-right: 0px; border-top: 0px; font-family: inherit; font-size: 0.933em; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20.994px; margin: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;"><img alt="Amílcar Cabral: hombre de acción y de palabra" class="CToWUd" height="100" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEjcl7nKB8z8FWuNQRoPGMMw2oJcLZf3BF2tDTmTHogjZXMkhHD_eL35qTbEW6BImSJYrpXX91R7mZXEYQ89MKZfV_1-I1RZMuae2Zu69Mx3SNFu5LR0QmmtliwrmDBDQQpjM-rmY9WSuZ8bi5zYoeUwo18UUbw0L1Y5KEhpZlpNityZucTxgfI8FewFtDQhEtg1dy_4GwEtIiNrO2zwJokS4Udz4df1iA_zafK5xwN7PT_o59KYnUJq__aZ=s0-d-e1-ft" style="border: 0px; display: block; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; height: auto; line-height: inherit; margin: 0px; max-width: 100%; padding: 0px; vertical-align: baseline;" width="140" /><span class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3fapoyo-titulo" style="border: 0px; font-family: Majerit, serif; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://elpais.com/elpais/2017/05/25/africa_no_es_un_pais/1495711215_453548.html?rel%3Dmas&source=gmail&ust=1516622668927000&usg=AFQjCNEds6xfCJjjvRZU5-_iIKKOMZSA1g" href="https://elpais.com/elpais/2017/05/25/africa_no_es_un_pais/1495711215_453548.html?rel=mas" rel="nofollow" style="background-color: transparent; border-bottom: none; border-left: 0px; border-right: 0px; border-top: 0px; color: black; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" target="_blank">La primera guerra viral en África: Biafra</a></span></li>
<li class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3fapoyo_normal m_8888383385935872879ydp5eb30f3fapoyo_foto" style="border-bottom-color: rgb(235, 235, 235); border-bottom-style: solid; border-left: 0px; border-right: 0px; border-top: 0px; font-family: inherit; font-size: 0.933em; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: 20.994px; margin: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; vertical-align: baseline;"><img alt="Amílcar Cabral: hombre de acción y de palabra" class="CToWUd" height="100" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEiJIFnFU4suqvPWV-HRHZbvDNT6a5e7cOkgNEzgkbgUFdC81pL0EL0f7v8qmJnaNFNSXNk8msgLyFG9g_NoR-HE9uGU2NtjfkBk6VtJ9C0J8bxPeApnJEHkIAcsEIKEOicUe6CTvK18oJ9MFZkJZDP_fSUlP-Zu2UODa9Bz-PSMS-N5ptfTjKGI-T3eujgz2uSVFRYkluMQ3gF97PVUHm8SCLLwjf4TUGLsXo5p1Bh49F2qnmGuXI-njjck=s0-d-e1-ft" style="border: 0px; display: block; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; height: auto; line-height: inherit; margin: 0px; max-width: 100%; padding: 0px; vertical-align: baseline;" width="140" /><span class="m_8888383385935872879ydp5eb30f3fapoyo-titulo" style="border: 0px; font-family: Majerit, serif; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://elpais.com/elpais/2017/12/22/africa_no_es_un_pais/1513956396_003955.html&source=gmail&ust=1516622668927000&usg=AFQjCNHxSDIxB5m7WIvZ_BrXmzgknPpFTQ" href="https://elpais.com/elpais/2017/12/22/africa_no_es_un_pais/1513956396_003955.html" rel="nofollow" style="background-color: transparent; border-bottom: none; border-left: 0px; border-right: 0px; border-top: 0px; color: black; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" target="_blank">En Bangassou hay dragones</a></span></li>
</ul>
</div>
</div>
</div>
<div id="m_8888383385935872879ydp5eb30f3felpais_gpt-INTEXT" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; min-height: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 0px;">
<div style="border: 0pt none; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
El Estado fascista portugués de entonces es el responsable del asesinato de uno de los fundadores del Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), organización creada en 1956 como su par de Angola, el Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) o, más tarde, el Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO). De todos estos, el de Cabral fue el mejor organizado y el que con más facilidad infringió derrotas al ejército portugués. El dirigente se convirtió en el indiscutido referente militar en contra del colonialismo luso y coordinador de esa lucha en el Movimiento Anticolonial (MAC), creado en 1957.</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div style="border: 0px; font-stretch: inherit; line-height: inherit; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
En enero de 1963 comenzó la guerra en Guinea que obligó al Estado portugués a reemplazar cuatro veces al gobernante militar de la colonia. En noviembre de 1973, los avances bélicos del PAIGC (que controlaba la mayor parte del territorio y perfilaba las bases del Estado independiente) más la presión internacional, obligaron a que Lisboa reconociera Guinea como Estado soberano. Portugal reconoció su independencia entre el 26 de agosto y el 10 de septiembre de 1974, meses más tarde de la famosa Revolución de los Claveles en la metrópoli, que también generó turbulencias en Cabo Verde y allanó el camino a su independencia, el 5 de julio de 1975. De la liberación a la unidad de ambos países, siguiendo la idea panafricanista de Cabral, aunque la fractura llegara en 1980.</div>
<div style="border: 0px; font-stretch: inherit; line-height: inherit; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Cabral dirigió una de las pocas luchas en donde un pueblo derrotó al colonizador y alcanzó la libertad, hecho ignorado muchas veces. La proclamación unilateral de independencia, anunciada por el líder guineano el 8 de enero de 1973, <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://elpais.com/diario/1983/01/06/internacional/410655603_850215.html&source=gmail&ust=1516622668927000&usg=AFQjCNE1eCCFmKHI4zK0mG81qLV2eAVFRQ" href="https://elpais.com/diario/1983/01/06/internacional/410655603_850215.html" rel="nofollow" style="background-color: transparent; border: 0px; color: #016ca2; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" target="_blank">fue lo que le costó su asesinato</a>. Su objetivo fue mostrar al mundo que la ocupación colonial era ilegítima. Para ello comandó el combate y empuñó las armas, además de la palabra. Como orador, dejó una importante serie de discursos, que fueron más tarde editados por el partido y sus simpatizantes, pues en vida no tuvo tiempo de hacerlo él.</div>
continuar a ler aqui</div>
<div style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<a class="m_8888383385935872879ydp2d6778benhancr_card_6857044155" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://elpais.com/elpais/2018/01/11/africa_no_es_un_pais/1515688185_879690.html&source=gmail&ust=1516622668927000&usg=AFQjCNEF789nJxgr5ZaNcCt0NYahu5dsyg" href="https://elpais.com/elpais/2018/01/11/africa_no_es_un_pais/1515688185_879690.html" rel="nofollow" style="color: #1155cc;" target="_blank">Opinión | Amílcar Cabral: hombre de acción y de palabra</a></div>
<div>
<br /></div>
<div class="m_8888383385935872879ydp5a6125bbyahoo-link-enhancr-card m_8888383385935872879ydp5a6125bbymail-preserve-class m_8888383385935872879ydp5a6125bbymail-preserve-style" id="m_8888383385935872879ydp5a6125bbenhancr_card_6857044155" style="font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, "Segoe UI", Arial, sans-serif; max-width: 400px;">
<a class="m_8888383385935872879ydp5a6125bbyahoo-enhancr-cardlink" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://elpais.com/elpais/2018/01/11/africa_no_es_un_pais/1515688185_879690.html&source=gmail&ust=1516622668927000&usg=AFQjCNEF789nJxgr5ZaNcCt0NYahu5dsyg" href="https://elpais.com/elpais/2018/01/11/africa_no_es_un_pais/1515688185_879690.html" rel="nofollow" style="color: rgb(0, 0, 0) !important; text-decoration-line: none !important;" target="_blank"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_8888383385935872879ydp5a6125bbcard-wrapper m_8888383385935872879ydp5a6125bbyahoo-ignore-table" style="max-width: 400px;"><tbody>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px;" width="400"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_8888383385935872879ydp5a6125bbcard m_8888383385935872879ydp5a6125bbyahoo-ignore-table" style="border-color: rgb(224, 228, 233); border-radius: 2px; border-style: solid; border-width: 1px; max-width: 400px; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td background="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEgtaXkR-xaE3zv1FIhruqeEjog_aczI603KrxNR-v9qURTcBUk-h-3x0EWAH8JrBELjndxduHa1y27HnUSiXsNIPnUmT7VpUvvNOJmMzCpE2mmVc3I4oURnYSd7LIwYLFq8BGH3dp_ffMi3-vHr2IuTcOYUIIvdOFVd2DV_VHnEeVvEqgQNqN2gDaNiFxnBD1qj1f2rLuurgCTLcB_WrqVPRdqhL0804utWQJyH7DirkGBBraZNuktmS9BqWSCTpJPBnXE8nHGmC_Oq8ycT86bKIlWPnY_Nb8ReaCVhW-XFT5hu_Cx0uX_WNC7h2JVIQj8Eb6qkq3isSY-Ka0jkasSmAAJELeyszkA3R1EJInf7AXqsJ5lvEFYZmR9IeEJlYeAKP6sxU3RRPfR4=s0-d-e1-ft" bgcolor="#000000" class="m_8888383385935872879ydp5a6125bbcard-primary-image-cell" height="175" style="background-color: black; background-image: url("https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEgtaXkR-xaE3zv1FIhruqeEjog_aczI603KrxNR-v9qURTcBUk-h-3x0EWAH8JrBELjndxduHa1y27HnUSiXsNIPnUmT7VpUvvNOJmMzCpE2mmVc3I4oURnYSd7LIwYLFq8BGH3dp_ffMi3-vHr2IuTcOYUIIvdOFVd2DV_VHnEeVvEqgQNqN2gDaNiFxnBD1qj1f2rLuurgCTLcB_WrqVPRdqhL0804utWQJyH7DirkGBBraZNuktmS9BqWSCTpJPBnXE8nHGmC_Oq8ycT86bKIlWPnY_Nb8ReaCVhW-XFT5hu_Cx0uX_WNC7h2JVIQj8Eb6qkq3isSY-Ka0jkasSmAAJELeyszkA3R1EJInf7AXqsJ5lvEFYZmR9IeEJlYeAKP6sxU3RRPfR4=s0-d-e1-ft"); background-size: cover; border-radius: 2px 2px 0px 0px; margin: 0px; min-height: 175px;" valign="top"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_8888383385935872879ydp5a6125bbcard-overlay-container-table m_8888383385935872879ydp5a6125bbyahoo-ignore-table" style="width: 398px;"><tbody>
<tr><td background="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhofjfT0YKD4quZeP2MWPtvrE4miTikv2Wrxxd0zRTlkcIoxOFWaXnfO4jiqkbkA2dY8W8YGe220Yhb4U79PQvyViraTK-A2fxl5NKtJbWKC4Dn0iafJ6vxeCvH2KcynEzRrgNfG23To-OVp3fi6VcIRnwlEtfkt1FA2v6jFqJj0LBA-rj9dPr5amXIoHd81iEXdw=s0-d-e1-ft" bgcolor="transparent" class="m_8888383385935872879ydp5a6125bbcard-overlay-cell" style="background-color: transparent; background-image: url("https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhofjfT0YKD4quZeP2MWPtvrE4miTikv2Wrxxd0zRTlkcIoxOFWaXnfO4jiqkbkA2dY8W8YGe220Yhb4U79PQvyViraTK-A2fxl5NKtJbWKC4Dn0iafJ6vxeCvH2KcynEzRrgNfG23To-OVp3fi6VcIRnwlEtfkt1FA2v6jFqJj0LBA-rj9dPr5amXIoHd81iEXdw=s0-d-e1-ft"); border-radius: 2px 2px 0px 0px; margin: 0px; min-height: 175px;" valign="top"><table border="0" class="m_8888383385935872879ydp5a6125bbyahoo-ignore-table" style="height: 175px; min-height: 175px; width: 398px;"><tbody>
<tr><td class="m_8888383385935872879ydp5a6125bbcard-richInfo2" style="margin: 0px; padding: 15px 0px 0px 15px; vertical-align: top;"></td><td class="m_8888383385935872879ydp5a6125bbcard-actions" style="margin: 0px; padding: 15px 15px 0px 0px; text-align: right; vertical-align: top;"><div class="m_8888383385935872879ydp5a6125bbcard-share-container">
</div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
<tr><td style="margin: 0px;"><table align="center" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_8888383385935872879ydp5a6125bbcard-info m_8888383385935872879ydp5a6125bbyahoo-ignore-table" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border-radius: 0px 0px 2px 2px; border-top: 1px solid rgb(224, 228, 233); max-width: 400px; width: 398px;"><tbody>
<tr><td style="border-radius: 0px 0px 0px 2px; margin: 0px; padding: 16px 0px 16px 12px; vertical-align: top;"></td><td style="border-radius: 0px 0px 2px; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, "Segoe UI", Arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 12px 24px 16px 12px; vertical-align: middle; width: 350px;"><h2 class="m_8888383385935872879ydp5a6125bbcard-title" style="color: #26282a; font-size: 14px; line-height: 19px; margin: 0px 0px 6px;">
Opinión | Amílcar Cabral: hombre de acción y de palabra</h2>
<div class="m_8888383385935872879ydp5a6125bbcard-richinfo-primary" style="color: #979ba7; font-size: 12px; line-height: 16px; margin-bottom: 4px;">
Autor Invitado: Omer Freixa</div>
<div class="m_8888383385935872879ydp5a6125bbcard-description" style="color: #979ba7; font-size: 12px; line-height: 16px;">
Hoy se cumplen 45 años del asesinato del padre de Guinea-Bissau y Cabo Verde</div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</a></div>
<div>
<br /></div>
</div>
</div>
</div>
Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-41516013922119354852017-12-18T11:33:00.003+00:002017-12-18T11:33:38.051+00:00A terrinha está na moda<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<div>
<div class="m_-1201061249993729485ydpea507e24jaw_single_img m_-1201061249993729485ydpea507e24row" style="background-color: #fafafa; color: #333333; font-family: "Source Sans Pro", sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 30px;">
<div class="m_-1201061249993729485ydpea507e24col-lg-12 m_-1201061249993729485ydpea507e24col-md-12 m_-1201061249993729485ydpea507e24col-sm-12 m_-1201061249993729485ydpea507e24col-xs-12" style="float: left; min-height: 1px; padding-left: 15px; padding-right: 15px; width: 907.5px;">
<img alt="" class="m_-1201061249993729485ydpea507e24jw-responsive-img CToWUd a6T" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEj62LH3oWSgcC59qgT6FUYN2nSXmxiyOhw9HMtyhcILn-TMQGlfkj1u5UjtN4xn1qRGf7bg4D_z0sTC00LnOTxbIhVH4RVlecdSt4ibTaITL4tFYz4adP_vgW8MlxTSdYF_i43ookvGWiIWRhaKXMkpHPLeFTo4Pv5WAa2OFvV0aqYN5B6xMzH9pNBvji_Nql6eQ_gMw4y6KYEv=s0-d-e1-ft" style="border: 0px; max-width: 100%; outline: 0px; vertical-align: middle;" tabindex="0" width="320" /></div>
</div>
<div class="m_-1201061249993729485ydpea507e24perex" style="background-color: #fafafa; border-left: 5px solid rgb(240, 21, 25); color: #333333; font-family: "Source Sans Pro", sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 30px; padding-left: 30px;">
<h1 class="m_-1201061249993729485ydpea507e24entry-title" style="color: #0a0a0a; font-size: 38px; font-weight: 400; line-height: 1.1em; margin: 0px; padding: 0px;">
A terrinha está na moda</h1>
<div class="m_-1201061249993729485ydpea507e24row">
<div class="m_-1201061249993729485ydpea507e24col-lg-12 m_-1201061249993729485ydpea507e24col-md-12 m_-1201061249993729485ydpea507e24col-sm-12 m_-1201061249993729485ydpea507e24col-xs-12 m_-1201061249993729485ydpea507e24jaw-perex-content" style="float: left; line-height: 22px; min-height: 1px; padding-left: 15px; padding-right: 15px; width: 872.5px;">
<div style="color: #0a0a0a; line-height: 22px; margin-bottom: 25px; word-wrap: break-word;">
Há meses que entre os meus amigos brasileiros – do Ceará a Santa Catarina, passando por Brasília – não se fala de outra coisa: são cada vez mais os “brazucas” que estão investindo no imobiliário em Portugal ou até mudando-se de malas e bagagens para viver na terrinha.</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Tudo começou de forma discreta, há poucos anos atrás, quando o Brasil entrou em crise e recessão, mas aos poucos a tendência foi-se acentuando cada vez mais, atingindo agora talvez o seu ponto mais alto.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<br /><br />
<div style="background-color: #fafafa; color: #0a0a0a; font-family: "Source Sans Pro", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 22px; margin-bottom: 23px; word-wrap: break-word;">
A febre abrange de simples famílias de classe média dos grandes centros urbanos do Brasil flagelados pela violência e pelo crime – em busca de maior qualidade de vida, tranquilidade e segurança para si e para os filhos – a altos executivos de grandes empresas desejosos de desfrutar da estabilidade do euro, garantindo o valor das suas poupanças em património que só tende a valorizar, e inclui ainda altos funcionários do Estado, juízes dos tribunais superiores, directores de media e jornalistas em fim de carreira à procura das facilidades e isenções tributárias concedidas no país aos aposentados estrangeiros dispostos a investir algum capital.</div>
<div style="background-color: #fafafa; color: #0a0a0a; font-family: "Source Sans Pro", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 22px; margin-bottom: 23px; word-wrap: break-word;">
<img alt="" class="m_-1201061249993729485ydp56c9805falignnone m_-1201061249993729485ydp56c9805fsize-full m_-1201061249993729485ydp56c9805fwp-image-61704 CToWUd a6T" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEiOmTY2EpAS_fam_ZWC2DeyA3zVExsKWnqj4eU3dvBmmI5ASvzaWMJdq0Uzd-WUqTpAJFf3PHoWl-JG0Oy_mWqbu-tz9RKHy9gKInVweZfbI1IvgDaw0AQ8TEtQ0Opncu_Z6aiGg94yk-BYLmpjLIwjLVSKFu66MO-eTTeOxVHRBT8TX5VV7w=s0-d-e1-ft" style="border: 0px; display: block; max-width: 100%; outline: 0px; vertical-align: middle;" tabindex="0" width="320" /></div>
<div style="background-color: #fafafa; color: #0a0a0a; font-family: "Source Sans Pro", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 22px; margin-bottom: 23px; word-wrap: break-word;">
Os dados oficiais comprovam a magnitude do movimento – o Brasil (com 10%), é já hoje o primeiro país de fora da Europa em volume de investimento estrangeiro no imobiliário português, tendo ultrapassado a China (que passou de 13% para 7%), e vindo logo a seguir à França (25%) e ao Reino Unido (19%).</div>
<div style="background-color: #fafafa; color: #0a0a0a; font-family: "Source Sans Pro", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 22px; margin-bottom: 23px; word-wrap: break-word;">
É até provável que o investimento brasileiro seja maior, mas não esteja totalmente contemplado nas estatísticas, uma vez que parte dele estará a ser concretizado por pessoas que adquiriram recentemente a nacionalidade portuguesa (um movimento crescente possibilitado pela nova lei, que concede, ainda que sob algumas condições, direito de cidadania aos netos de portugueses) ou tenham outra nacionalidade europeia.</div>
<div style="background-color: #fafafa; color: #0a0a0a; font-family: "Source Sans Pro", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 22px; margin-bottom: 23px; word-wrap: break-word;">
Seja como for, uma coisa é certa – no Brasil, a terrinha está na moda. E agora não é só para casais de classe média irem de visita a Fátima pagar uma promessa, comer um pastel de Belém ou fazer compras no Corte Inglês, apenas de passagem rápida, no regresso de uma viagem à Europa.</div>
<div style="background-color: #fafafa; color: #0a0a0a; font-family: "Source Sans Pro", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 22px; margin-bottom: 23px; word-wrap: break-word;">
É bastante mais do que isso – é investimento em imóveis e opção – ainda que temporária, ou dividida entre lá e cá – de novo lugar de residência, em busca de mais sossego e qualidade de vida.</div>
<div style="background-color: #fafafa; color: #0a0a0a; font-family: "Source Sans Pro", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 22px; margin-bottom: 23px; word-wrap: break-word;">
O curioso é que as notícias que aqui dão conta desse movimento quase só refiram, para o explicar, o desequilíbrio das respectivas situações económicas e os atractivos de mercado que o justificam, quase nunca mencionando as afinidades históricas que ligam Portugal e Brasil. No máximo, menciona-se a comunidade da língua como factor que pode pesar na hora de decidir.</div>
<h2 style="background-color: #fafafa; color: #0a0a0a; font-family: "Work Sans", sans-serif; font-size: 24px; line-height: 1.4em;">
Um silêncio que fala</h2>
<div style="background-color: #fafafa; color: #0a0a0a; font-family: "Source Sans Pro", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 22px; margin-bottom: 23px; word-wrap: break-word;">
<img alt="" class="m_-1201061249993729485ydp56c9805falignnone m_-1201061249993729485ydp56c9805fsize-large m_-1201061249993729485ydp56c9805fwp-image-61698 CToWUd a6T" height="264" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEjKWA2C_R4rf3pCpDBbJDfBUlaW7Wf-yZxaATGsOMT6vX-FKkZ9zgm4p0DK4yWauBtrcibD0Pq8eLHBiWyYO1w5IxsqoqTgoUAVTik0lxYUbSZXTrcrSwfrbtaVP8H1Mzp4gn1LQ-u9QO-6IHbHE58UMjLa2CJQzY4dOUqsVn8Gp0jbq3ausdqH1sye=s0-d-e1-ft" style="border: 0px; display: block; max-width: 100%; outline: 0px; vertical-align: middle;" tabindex="0" width="320" /></div>
<div style="background-color: #fafafa; color: #0a0a0a; font-family: "Source Sans Pro", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 22px; margin-bottom: 23px; word-wrap: break-word;">
Esse silêncio é significativo e merece ser apontado, na medida em que ele traduz um certo estado de espírito em relação a Portugal, que vem pelo menos desde a independência do Brasil e foi sendo instituído (muitas vezes de forma até inconsciente) de maneira a consolidar, pela diferença e pelo afastamento, a própria identidade nacional.</div>
<div style="background-color: #fafafa; color: #0a0a0a; font-family: "Source Sans Pro", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 22px; margin-bottom: 23px; word-wrap: break-word;">
Ao longo de praticamente um século – da independência à Semana de Arte Moderna de 1922 – diferentes situações de conflito contra o que restava dos interesses comerciais e financeiros portugueses no Brasil ou contra os novos imigrantes lusos que começaram a chegar ao país a partir de finais do século XIX acabaram por acentuar esse estranhamento.</div>
<div style="background-color: #fafafa; color: #0a0a0a; font-family: "Source Sans Pro", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 22px; margin-bottom: 23px; word-wrap: break-word;">
A ponto de hoje, entre o comum dos brasileiros, muitas vezes sequer se relacionar a língua que se fala com o país que somos.</div>
<div style="background-color: #fafafa; color: #0a0a0a; font-family: "Source Sans Pro", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 22px; margin-bottom: 23px; word-wrap: break-word;">
Daí que os media, ao falarem da onda de investimento do Brasil em Portugal o façam aqui de forma aparentemente neutra, limitando-se às “tecnicalities”, como se pouco ou nada houvesse na história que ligasse os dois países e só por acaso neles se falasse a mesma língua…</div>
<div style="background-color: #fafafa; color: #0a0a0a; font-family: "Source Sans Pro", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 22px; margin-bottom: 23px; word-wrap: break-word;">
O desconhecimento, aliás, é mútuo, uma vez que os portugueses conhecem pouco da sua própria história no Brasil e da relação de muitos brasileiros ilustres com Portugal.</div>
<div style="background-color: #fafafa; color: #0a0a0a; font-family: "Source Sans Pro", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 22px; margin-bottom: 23px; word-wrap: break-word;">
A diferença, porém, é muito grande: enquanto do lado português se olha para o Brasil como sendo, de alguma forma, a continuação de Portugal nos trópicos, do lado brasileiro o olhar é muito mais distanciado – como se Portugal fosse para o Brasil um país como qualquer outro, longe do “Portugal, meu avozinho”, de Manuel Bandeira.</div>
<div style="background-color: #fafafa; color: #0a0a0a; font-family: "Source Sans Pro", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 22px; margin-bottom: 23px; word-wrap: break-word;">
A ironia da história é que, com esta onda de investimento em Portugal, muitos brasileiros estão agora a (re)descobrir, in loco, e pelas suas próprias mãos, as raízes comuns que subsistem para além de todas as diferenças que nos separam.</div>
<div style="background-color: #fafafa; color: #0a0a0a; font-family: "Source Sans Pro", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 22px; margin-bottom: 23px; word-wrap: break-word;">
Porque, a verdade é esta: o Brasil é certamente menos português do que os portugueses imaginam, mas sem dúvida mais, muito mais, do que a generalidade dos brasileiros tende a admitir. Por isso, num certo sentido, aqueles que agora chegam à terrinha estão literalmente regressando a casa.</div>
<div style="background-color: #fafafa; color: #0a0a0a; font-family: "Source Sans Pro", sans-serif; font-size: 16px; line-height: 22px; margin-bottom: 23px; word-wrap: break-word;">
E aí, imagino que num belo fim de tarde – seja nas margens do Tejo ou do Douro, no Mondego, no Alentejo ou no Algarve – como no Fado Tropical de Chico Buarque e Ruy Guerra, tudo se misture:</div>
<div class="m_-1201061249993729485ydp56c9805fblockquote-container" style="background: rgb(240, 240, 240); color: #0a0a0a; font-family: "Source Sans Pro", sans-serif; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 15px 20px;">
<div class="m_-1201061249993729485ydp56c9805fquote-icon" style="float: left; font-size: 30px; line-height: 20px; padding: 0px;">
<span class="m_-1201061249993729485ydp56c9805fjaw-icon-quotes-right" style="font-family: jaw-icon !important; line-height: 1;"></span></div>
<blockquote style="border: none rgb(220, 220, 220); line-height: 1.5em; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 50px;">
<br /><em>Guitarras e sanfonas</em><br /><em>Jasmins, coqueiros, fontes</em><br /><em>Sardinhas, mandioca</em><br /><em>Num suave azulejo</em><br /><em>E o rio Amazonas</em><br /><em>Que corre Trás-os-Montes</em><br /><em>E numa pororoca</em><br /><em>Deságua no Tejo… Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal…</em></blockquote>
</div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<a class="m_-1201061249993729485enhancr_card_4335193260" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=http://www.jornaltornado.pt/terrinha-esta-na-moda/&source=gmail&ust=1513682847815000&usg=AFQjCNFT29mlK0xW5yrCj1zNdmOipK0xeQ" href="http://www.jornaltornado.pt/terrinha-esta-na-moda/" style="color: #1155cc;" target="_blank">A terrinha está na moda</a></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div class="m_-1201061249993729485ydpb2cde836yahoo-link-enhancr-card m_-1201061249993729485ydpb2cde836ymail-preserve-class m_-1201061249993729485ydpb2cde836ymail-preserve-style" id="m_-1201061249993729485ydpb2cde836enhancr_card_4335193260" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, "Segoe UI", Arial, sans-serif; font-size: 13px; max-width: 400px;">
<a class="m_-1201061249993729485ydpb2cde836yahoo-enhancr-cardlink" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=http://www.jornaltornado.pt/terrinha-esta-na-moda/&source=gmail&ust=1513682847815000&usg=AFQjCNFT29mlK0xW5yrCj1zNdmOipK0xeQ" href="http://www.jornaltornado.pt/terrinha-esta-na-moda/" rel="nofollow" style="color: rgb(0, 0, 0) !important; text-decoration-line: none !important;" target="_blank"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_-1201061249993729485ydpb2cde836card-wrapper m_-1201061249993729485ydpb2cde836yahoo-ignore-table" style="max-width: 400px;"><tbody>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px;" width="400"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_-1201061249993729485ydpb2cde836card m_-1201061249993729485ydpb2cde836yahoo-ignore-table" style="border-color: rgb(224, 228, 233); border-radius: 2px; border-style: solid; border-width: 1px; max-width: 400px; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td background="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEiSVWWcezERechCegeegFxpGalLVmYqwZNI6RymvIjvG5qjOZ_JSOfMJzTQayZycoSRIxtI123L0QvQgaiD8BhRF9y65CgZvuYX49FNTXIoX-WdiBzPKOcnAqMzTaOkLCkSlh7-YrHi5lO1BRJj3ZBl7yrfLDaf77ASR-ExqXGh9cHgaEMz1Dtw_L38DL6OrL4CPSO0eK8Q6qXfHg1tebKoHulpp9wv9VtN_SjQuxKKjGusRFsqcDJed7osZy7G9cIzDlbFYCe4jjulLuY6U3mb_lhObiUeJ_lZRPxUY1rrEYlsn9ay2lZgbjSFB1MDwZA0lXE1fYzriSCmARMGLjT7lwLr7KBlI4cY=s0-d-e1-ft" bgcolor="#000000" class="m_-1201061249993729485ydpb2cde836card-primary-image-cell" height="175" style="background-color: black; background-image: url("https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEiSVWWcezERechCegeegFxpGalLVmYqwZNI6RymvIjvG5qjOZ_JSOfMJzTQayZycoSRIxtI123L0QvQgaiD8BhRF9y65CgZvuYX49FNTXIoX-WdiBzPKOcnAqMzTaOkLCkSlh7-YrHi5lO1BRJj3ZBl7yrfLDaf77ASR-ExqXGh9cHgaEMz1Dtw_L38DL6OrL4CPSO0eK8Q6qXfHg1tebKoHulpp9wv9VtN_SjQuxKKjGusRFsqcDJed7osZy7G9cIzDlbFYCe4jjulLuY6U3mb_lhObiUeJ_lZRPxUY1rrEYlsn9ay2lZgbjSFB1MDwZA0lXE1fYzriSCmARMGLjT7lwLr7KBlI4cY=s0-d-e1-ft"); background-size: cover; border-radius: 2px 2px 0px 0px; margin: 0px; min-height: 175px;" valign="top"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_-1201061249993729485ydpb2cde836card-overlay-container-table m_-1201061249993729485ydpb2cde836yahoo-ignore-table" style="width: 398px;"><tbody>
<tr><td background="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhofjfT0YKD4quZeP2MWPtvrE4miTikv2Wrxxd0zRTlkcIoxOFWaXnfO4jiqkbkA2dY8W8YGe220Yhb4U79PQvyViraTK-A2fxl5NKtJbWKC4Dn0iafJ6vxeCvH2KcynEzRrgNfG23To-OVp3fi6VcIRnwlEtfkt1FA2v6jFqJj0LBA-rj9dPr5amXIoHd81iEXdw=s0-d-e1-ft" bgcolor="transparent" class="m_-1201061249993729485ydpb2cde836card-overlay-cell" style="background-color: transparent; background-image: url("https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhofjfT0YKD4quZeP2MWPtvrE4miTikv2Wrxxd0zRTlkcIoxOFWaXnfO4jiqkbkA2dY8W8YGe220Yhb4U79PQvyViraTK-A2fxl5NKtJbWKC4Dn0iafJ6vxeCvH2KcynEzRrgNfG23To-OVp3fi6VcIRnwlEtfkt1FA2v6jFqJj0LBA-rj9dPr5amXIoHd81iEXdw=s0-d-e1-ft"); border-radius: 2px 2px 0px 0px; margin: 0px; min-height: 175px;" valign="top"><table border="0" class="m_-1201061249993729485ydpb2cde836yahoo-ignore-table" style="height: 175px; min-height: 175px; width: 398px;"><tbody>
<tr><td class="m_-1201061249993729485ydpb2cde836card-richInfo2" style="margin: 0px; padding: 15px 0px 0px 15px; vertical-align: top;"></td><td class="m_-1201061249993729485ydpb2cde836card-actions" style="margin: 0px; padding: 15px 15px 0px 0px; text-align: right; vertical-align: top;"><div class="m_-1201061249993729485ydpb2cde836card-share-container">
</div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
<tr><td style="margin: 0px;"><table align="center" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_-1201061249993729485ydpb2cde836card-info m_-1201061249993729485ydpb2cde836yahoo-ignore-table" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border-radius: 0px 0px 2px 2px; border-top: 1px solid rgb(224, 228, 233); max-width: 400px; width: 398px;"><tbody>
<tr><td style="border-radius: 0px 0px 0px 2px; margin: 0px; padding: 16px 0px 16px 12px; vertical-align: top;"></td><td style="border-radius: 0px 0px 2px; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, "Segoe UI", Arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 12px 24px 16px 12px; vertical-align: middle; width: 350px;"><h2 class="m_-1201061249993729485ydpb2cde836card-title" style="color: #26282a; font-size: 14px; line-height: 19px; margin: 0px 0px 6px;">
A terrinha está na moda</h2>
<div class="m_-1201061249993729485ydpb2cde836card-description" style="color: #979ba7; font-size: 12px; line-height: 16px;">
por Carlos Fino, em Brasília - Há meses que entre os meus amigos brasileiros – do Ceará a Santa Catarina, passan...</div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</a></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
</div>
Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-19697844686196289192017-12-14T18:24:00.001+00:002017-12-14T18:25:09.180+00:00Achado<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Segundo nota publicada na <a href="http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=217280&pagfis=16098">edição 117</a> do Correio Mercantil, e Instructivo, Politico, Universal do dia 29 de abril de 1859, saiu do Porto do Rio de Janeiro no dia anterior, com destino a Campos, o vapor Ceres, de 182 toneladas, levando vários gêneros e passageiros, dentre os quais:<br />
<br />
Eduardo Bello de Araujo e 1 escravo, José Joaquim Ferreira, sua mulher e 1 filho, José Antonio Teixeira, Belmiro José Ferreira, João Fernandes Pereira, Antonio Rodrigues Mutuca, Antonio Joaquim Ferreira da Annunciação, Alexandrino Telles de Menezes; os portuguezes Manoel Gonçalves Teixeira Bastos, José Antonio da Silva Pinto, Jacintho José da Silva, João Bernardo da Silva, Joaquim Pinto da Silva, Dr. José Pinto Rebello de Carvalho, Antonio José da Costa Braga, Manoel Velloso de Oliveira e João da Costa Moreira e 1 escravo; o preto forro Joaquim Antonio Pertininga e 2 escravos a entregar.<br />
<br />
A imagem desse registro, que pode ser vista abaixo, está disponível na base de dados <a href="http://bndigital.bn.gov.br/hemeroteca-digital/">Hemeroteca Digital</a>, mantido pela Biblioteca Nacional do Brasil.<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEjGfeVgn9Giq3GxjOPEaANl-MHTv9bqyKyIT02vjCePHiR4rLoe6RKZVpFlBBSswPcaO0kVOncNCDLb8hleFga2SMgQnNWJRqkuhv2kamNj0_KxDkzvzExcQTfIcl133Nja_1h-fCSQRpqtlE_qggKqwr4XZ0wRYsGPJZsihx-PEa8pVHDGXv6aK5ugYBPuLYosvTigOTfUes5yjW1F8Cm3y109KmRll5OAbqZi_hld=s0-d-e1-ft&ssl=1" />Correio Mercantil… 29/04/1859<br />
<br />
Trata-se de um registro importante que até então não havia sido encontrado mesmo por genealogistas profissionais, aos quais solicitei informações sobre a chegada desse primo de minha trisavó paterna sobre quem <a href="https://genealogiapratica.com/?s=Jos%C3%A9+Pinto+Rebello+de+Carvalho">tanto já escrevi</a> aqui no blog.<br />
<br />
A informação que José (1788-1870) teria falecido na cidade de Campos, no Império do Brasil, já era conhecida, porém não havia sido encontrado nenhum registro de sua chegada à cidade ou mesmo ao Brasil – tampouco o pedido de um passaporte em Portugal – entre as décadas de 1840 e 1860, segundo relatório preparado pelo genealogista contratado.<br />
<br />
Ele pode ter chegado ao Brasil entre 1858 e 1859 e, ao que tudo indica, teria vindo só, pois não consta até o momento nenhuma informação a respeito da vinda de sua esposa Maria José Adelaide Ferreira Pinto ou da filha que teria tido com ela. Esse simples registro permite retomar a narrativa dos últimos anos de vida de José Pinto Rebello de Carvalho. Anos de muito sofrimento, segundo evidências indiretas já encontradas.<br />
<br />
José de Araújo é linguista e genealogista amador.<a href="https://genealogiapratica.com/2017/11/26/achado/">Genealogia Prática - Achado</a><br />
<a href="https://genealogiapratica.com/2017/11/26/achado/"><br />Genealogia Prática - Achado<br /><br />Segundo nota publicada na edição 117 do Correio Mercantil, e Instructivo, Politico, Universal do dia 29 de abril...<br /></a></div>
Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-66061078581242318692017-12-14T18:15:00.002+00:002017-12-14T18:15:33.743+00:00O que é a genealogia?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #26282a;">Vale a pena aprendermos um pouco mais sobre a ciência do "nascimento" , com a iniciativa que o <b>'famicity' e seu aplicativo</b>, ajuda os interessados, a construir a história das famílias !</span></div>
<div class="m_6817335646702077597ydp877f3515yahoo_quoted" id="m_6817335646702077597ydp877f3515yahoo_quoted_2518201246" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<div style="color: #26282a; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif;">
<div id="m_6817335646702077597ydp877f3515yiv5293029959">
<div style="font-family: "bookman old style", "new york", times, serif;">
<div>
<br /></div>
<div>
<div>
<span style="color: #54595f; font-size: 16px; font-weight: 700;">Qu'est-ce que la généalogie ?</span></div>
</div>
<div>
<div style="color: #54595f; font-size: 16px;">
Du grec "génos" et "logos", signifiant respectivement "naissance" et "science", on peut dire que la généalogie est la science de la naissance - un peu d'étymologie, ça fait pas de mal ! La généalogie est une pratique ayant pour but de rechercher ses ancêtres et les situer dans le temps de manière à en apprendre davantage sur son origine ethnique, sociale, géographique, ainsi que sur le mode de vie de ses ancêtres. Science annexe de l'histoire, elle peut-être réalisée par un généalogiste professionnel ou de manière personnelle.</div>
<div style="color: #54595f; font-size: 16px;">
Il existe différents types de généalogie : - la généalogie ascendante, qui a pour but de rechercher les ancêtres d'une personne<br />- la généalogie descendante, qui consiste à rechercher les descendants d'une personne<br />- la généalogie successorale, qui est pratiquée par des professionnels à la demande d’un notaire lors d’une succession<br />- la généalogie agnatique, qui s’intéresse uniquement à l'ascendance mâle d'une personne<br />- la généalogie cognatique, qui a pour but de rechercher les ascendants et descendants n'ayant pas le même nom<br />Avant de devenir le véritable phénomène de société qu'il est aujourd'hui, nous verrons que la généalogie fait partie des sciences les plus anciennes de l'histoire de l'humanité !</div>
<h2 style="color: #54595f;">
Histoire de la généalogie</h2>
<h3 style="color: #54595f;">
La généalogie : de l’antiquité à la Révolution Française</h3>
<img alt="famicity-histoire-genealogie" class="CToWUd a6T" height="252" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEiTpwBuvXRHiY429SMwGpA5f4OJVTOxpOw1jjtVSdXgAg_AW7Swj9DmzfBNWt0JWoadssuVtrFdXvA7qyAShvebZgVY5X5TnpCBjKL9ZMxkZXoOBeooe57MppNFKrfIKZsH1cjBR6upGbC_QHzhwdyGGiJXjNliHEGL5OSXkB1_Y1Ji4xKxHYYNICiJ-ewvZbfDv5SDTRPXz71ulzGNztp_EB7GDbLYvsi5wy2-nbWlPARhquodgqxcg4Kb4FVLchwpXCyJO8aMUWh9zbwk7renVaELBXh4soH0u_-FxTV1EQsYFA=s0-d-e1-ft" style="font-size: 1em; max-width: 40em; outline: 0px; vertical-align: middle;" tabindex="0" width="320" /><div style="color: #54595f; font-size: 16px;">
<br /></div>
<div style="color: #54595f; font-size: 16px;">
"Marcus, père d'Octavius, fils de Tullus, petit-fils de Maximus et arrière-petit-fils de Lucius", pouvons-nous lire sur une inscription romaine. Nous pouvons déceler dans chacune des grandes civilisations antiques un attachement particulier, parfois d'ordre divin, à la connaissance de leur filiation.</div>
<div style="color: #54595f; font-size: 16px;">
La Bible, et surtout la Genèse, apparaît comme un traité de généalogie descendante qui devait permettre de distinguer les tribus, définir leur hiérarchie mutuelle et montrer que les élus de Dieu descendent du premier homme créé par ce dernier. La mythologie grecque dessinait également la généalogie de ses dieux et de ses héros. Les civilisations arabes se représentent comme les descendants du prophète Mahomet et attachent également une grande importance à leur filiation : certains disent que leur particularité d'écrire de droite à gauche témoignerait de cette attitude tournée vers le passé. Enfin, il est important de noter le rapport cultuel qu'entretenaient les Chinois avec leurs ancêtres représentés par des tables funéraires, accueillant les offrandes de leurs descendants.</div>
<div style="color: #54595f; font-size: 16px;">
Le Moyen-âge s'intéressait à la généalogie pour des raisons strictement religieuses et pratiques : le droit canonique interdisant le mariage entre deux êtres liés par le même sang, il fallait pouvoir prouver la non consanguinité par un "tableau généalogique". Mais c'est surtout pendant la Renaissance que se développa la généalogie en tant que science et que le métier de "généalogiste" apparut. Cependant, en France, elle ne s'appliquait qu'aux nobles masculins car elle avait pour finalité de justifier certains titres de noblesse et s'octroyer les privilèges fiscaux, se transmettant seulement d'hommes à hommes.</div>
<h3 style="color: #54595f;">
La "généalogie nouvelle"</h3>
<div style="color: #54595f; font-size: 16px;">
Après la Révolution Française, les hommes de la bourgeoisie naissante demandaient leur service aux pseudo-généalogistes afin de redorer leur lignée, discréditant ainsi la discipline. C'est à partir de la seconde moitié du XIXème siècle que la généalogie se détache du statut de "pseudo-science" qu'elle avait jusque-là pour atteindre celui de "science". Elle un objet : la filiation ; une méthode : analogue à celle de la recherche historique, qui consiste à étudier les documents du passé pour en tirer des hypothèses et des conclusions ; un but : établir une histoire à l'échelle familiale. Cependant, comment expliquer qu'elle soit devenue depuis quelques décennies aussi populaire et pratiquée par autant d'amateurs ?</div>
<div style="color: #54595f; font-size: 16px;">
Cet engouement pour la généalogie serait le fruit de plusieurs évènements historiques ayant engendrés la dispersion de très nombreuses familles, tels que les ères industrielles ou le "boom" économique des années 1960, et donc, d'un désir pour d'innombrables personnes de remonter aux sources et de retrouver leurs racines. Aujourd'hui, l'accès à de nombreux types de documents (états civils, livrets de famille etc.), les progrès de la génétique, l'apparition de la psychogénéalogie et les logiciels numériques spécialisés encouragent nombre de curieux à entamer des recherches généalogiques par eux-mêmes. Certains sondages montrent que 60% des français s'intéressent à leur généalogie, si bien qu'on ne saurait nier le phénomène de société qu'elle est devenue. Associations, revues spécialisées, guides, livres se sont multipliés pour aider l'homme contemporain soumis aux réalités migratoires et économiques à mieux se repérer.</div>
<h2 style="color: #54595f;">
Comment faire ses recherches généalogiques ?</h2>
<img alt="famicity-archives-recherches-genealogiques" class="CToWUd a6T" height="211" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhQ2sPzgNynP9F0ZlXQJ2Sa2HtsNX9H6kT7_XUCC6K-JyA7hrTrNgAZpN9pkzmGg34NPxhVTMsCehSLpHhawNawlupgXZevNA40jhv3VAC0077Q9mJoPKiOpGGJtlIHvp6EBmRsPikcuH5UEXxFwgG2uPdTnjAXHAMXM9l4OKRGsJgCmScjnd3ogtW2RPzRuYMD3uDce8NgjOg95oWEAEFB9-vNrMlMWkj0T2X2StRqG4nDzoe8feONMeKHnKUgMep4jHkmz6A09TXBxaUza0EiSMwD0wifmFUugw9zK-_YFNPvVdM=s0-d-e1-ft" style="font-size: 1em; max-width: 40em; outline: 0px; vertical-align: middle;" tabindex="0" width="320" /><div style="color: #54595f; font-size: 16px;">
<br /></div>
<div style="color: #54595f; font-size: 16px;">
Par où commencer mes recherches en généalogie ? Pour orienter vos recherches, il est essentiel de répondre à la question suivante : Quelles sont les recherches que je souhaite mener ? Les recherches généalogiques peuvent être plus ou moins étendues : vous pouvez très bien rechercher toutes les personnes qui composent votre arbre généalogique, comme étudier qu'une seule branche de l'arbre. Dans ce cas, vous remontez tous les porteurs d'un même nom de famille, ce qui relève de la généalogie agnatique.</div>
<div style="color: #54595f; font-size: 16px;">
Dans le cas où il ne s'agirait d'étudier que les lignées féminines, on parlera de généalogie cognatique. Vous pouvez aller bien plus loin et par exemple étudier l'histoire d'un village en reconstituant toutes les familles grâce aux registres paroissiaux, états civils et actes notariés. S'il vous tarde de passer à l'action et rechercher vos ancêtres, vous pouvez lire ce petit guide qui liste tous les documents officiels et pièces essentielles pour une <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://www.famicity.com/fr/comment-faire-recherche-genealogique&source=gmail&ust=1513361458665000&usg=AFQjCNHKBIP762uFl-ZGFpvXQj173-OaPg" href="https://www.famicity.com/fr/comment-faire-recherche-genealogique" rel="nofollow" style="color: #96bd3e; vertical-align: baseline;" target="_blank">recherche généalogique</a> ambitieuse.</div>
</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<a class="m_6817335646702077597ydp877f3515yiv5293029959enhancr_card_2774229507" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://www.famicity.com/fr/cest-quoi-la-genealogie&source=gmail&ust=1513361458665000&usg=AFQjCNFxrhgvVCeiUDGU6q3A4oYIVje0aQ" href="https://www.famicity.com/fr/cest-quoi-la-genealogie" rel="nofollow" style="color: #1155cc;" target="_blank">Qu'est-ce que la généalogie ? | Famicity</a></div>
<div>
<br /></div>
<div class="m_6817335646702077597ydp877f3515yiv5293029959ydp6b179450yahoo-link-enhancr-card m_6817335646702077597ydp877f3515yiv5293029959ydp6b179450yahoo-link-enhancr-not-allow-cover m_6817335646702077597ydp877f3515yiv5293029959ydp6b179450ymail-preserve-class m_6817335646702077597ydp877f3515yiv5293029959ydp6b179450ymail-preserve-style" id="m_6817335646702077597ydp877f3515yiv5293029959ydp6b179450enhancr_card_2774229507" style="font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, "Segoe UI", Arial, sans-serif; max-width: 400px;">
<a class="m_6817335646702077597ydp877f3515yiv5293029959ydp6b179450yahoo-enhancr-cardlink" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://www.famicity.com/fr/cest-quoi-la-genealogie&source=gmail&ust=1513361458665000&usg=AFQjCNFxrhgvVCeiUDGU6q3A4oYIVje0aQ" href="https://www.famicity.com/fr/cest-quoi-la-genealogie" rel="nofollow" style="color: black; text-decoration-line: none;" target="_blank"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_6817335646702077597ydp877f3515yiv5293029959ydp6b179450card-wrapper m_6817335646702077597ydp877f3515yiv5293029959ydp6b179450yahoo-ignore-table" style="max-width: 400px;"><tbody>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px;" width="400"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_6817335646702077597ydp877f3515yiv5293029959ydp6b179450card m_6817335646702077597ydp877f3515yiv5293029959ydp6b179450yahoo-ignore-table" style="border-color: rgb(224, 228, 233); border-radius: 2px; border-style: solid; border-width: 1px; max-width: 400px; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td style="margin: 0px;"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_6817335646702077597ydp877f3515yiv5293029959ydp6b179450card-info m_6817335646702077597ydp877f3515yiv5293029959ydp6b179450yahoo-ignore-table" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border-radius: 0px 0px 2px 2px; border-top: 1px solid rgb(224, 228, 233); max-width: 400px; width: 398px;"><tbody>
<tr><td style="border-radius: 0px 0px 0px 2px; margin: 0px; padding: 16px 0px 16px 12px; vertical-align: top;"></td><td style="border-radius: 0px 0px 2px; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, "Segoe UI", Arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 12px 24px 16px 12px; vertical-align: middle; width: 350px;"><h2 class="m_6817335646702077597ydp877f3515yiv5293029959ydp6b179450card-title" style="color: #26282a; font-size: 14px; line-height: 19px; margin: 0px 0px 6px;">
Qu'est-ce que la généalogie ? | Famicity</h2>
<div class="m_6817335646702077597ydp877f3515yiv5293029959ydp6b179450card-description" style="color: #979ba7; font-size: 12px; line-height: 16px;">
Quels sont les différents types de généalogie ? Quand et comment est apparue la généalogie ? Comment faire ses r...</div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</a></div>
<div>
<br /></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-62302572688122727602017-12-14T18:08:00.002+00:002017-12-14T18:08:51.025+00:00História Geral de África<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
História Geral de África em 8 volumes grátis descarregáveis<br /><br />Para quem se interessa por história e por África, esta monumental e recente História Geral de África, promovida pela UNESCO, parece dever ser uma referência. <br /><br />Como estas ligações pela rede podem acabar a qualquer momento, sugiro que façam mesmo a descarga dos oito volumes para a vossa biblioteca virtual. Assim, ficam lá, à espera de leitura ou de consulta.<br /><br />História Geral de África em 8 volumes grátis. <br /><br />8 volumes: edição completa.<br /><br />Brasília: UNESCO, Secad/MEC, UFSCar, 2010.<br /><br />Resumo: Publicada em oito volumes, a coleção História Geral da África está agora também disponível em português. A edição completa da coleção já foi publicada em árabe, inglês e francês; e sua versão condensada está editada em inglês, francês e em várias outras línguas, incluindo hausa, peul e swahili. Um dos projetos editoriais mais importantes da UNESCO nos últimos trinta anos, a coleção História Geral da África é um grande marco no processo de reconhecimento do património cultural da África, pois ela permite compreender o desenvolvimento histórico dos povos africanos e sua relação com outras civilizações a partir de uma visão panorâmica, diacrónica e objetiva, obtida de dentro do continente. A coleção foi produzida por mais de 350 especialistas das mais variadas áreas do conhecimento, sob a direção de um Comitê Científico Internacional formado por 39 intelectuais, dos quais dois terços eram africanos.<br /><br />Download gratuito(somente na versão em português):<br /><br /><div>
<a href="http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001902/190249POR.pdf">Volume I: Metodologia e Pré-História da África</a> (PDF, 8.8 Mb)<br />ISBN: 978-85-7652-123-5<br /></div>
<div>
<a href="http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001902/190250POR.pdf">Volume II: África Antiga</a> (PDF, 11.5 Mb)<br />ISBN: 978-85-7652-124-2<br /></div>
<div>
<a href="http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001902/190251POR.pdf">Volume III: África do século VII ao XI</a> (PDF, 9.6 Mb)<br />ISBN: 978-85-7652-125-9<br /></div>
<div>
<a href="http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001902/190252POR.pdf">Volume IV: África do século XII ao XVI</a> (PDF, 9.3 Mb)<br />ISBN: 978-85-7652-126-6<br /></div>
<div>
<a href="http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001902/190253POR.pdf">Volume V: África do século XVI ao XVIII</a> (PDF, 18.2 Mb)<br />ISBN: 978-85-7652-127-3<br /></div>
<div>
<a href="http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001902/190254POR.pdf">Volume VI: África do século XIX à década de 1880</a>(PDF, 10.3 Mb)<br />ISBN: 978-85-7652-128-0<br /></div>
<div>
<a href="http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001902/190255POR.pdf">Volume VII: África sob dominação colonial, 1880-1935</a> (9.6 Mb)<br />ISBN: 978-85-7652-129-7<br /></div>
<div>
<a href="http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001902/190256POR.pdf">Volume VIII: África desde 1935</a> (9.9 Mb)<br />ISBN: 978-85-7652-130-3</div>
</div>
Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-11251485998357106932017-12-09T20:47:00.001+00:002017-12-09T20:48:44.183+00:00Kremlin - Conta uma história da globalização a partir de Portugal<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<span style="color: #232339; font-family: "duplicate ionic web" , serif; font-size: 20px; font-stretch: normal;"></span><br />
<div class="m_-7902856771156666996ydpe3fae891t-article-content-2" style="border-top-color: rgb(140, 140, 140); border-top-style: dotted; font-stretch: normal; line-height: 1.3; padding-left: 0px; padding-right: 0px;">
<div style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span style="color: #232339; font-family: "duplicate ionic web" , serif; font-size: 20px; font-stretch: normal;"><br /></span></div>
<div style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span style="color: #232339; font-family: "duplicate ionic web" , serif; font-size: 20px; font-stretch: normal;">Tesouros que contam a história do império português entre o século XVI e XVIII podem ser vistos em Moscovo.</span></div>
<div style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span style="color: #232339; font-family: "duplicate ionic web" , serif; font-size: 20px; font-stretch: normal;"><br /></span></div>
<div style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span style="color: #232339; font-family: "duplicate ionic web" , serif; font-size: 20px; font-stretch: normal;">É a primeira exposição que se faz na Rússia num dos grandes museus dedicada à história e cultura do primeiro império colonial da época moderna. </span></div>
<div style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span style="color: #232339; font-family: "duplicate ionic web" , serif; font-size: 20px; font-stretch: normal;">O objetivo deles é esse e mostrar o controlo militar e político português, afirma António Filipe Pimentel, diretor do Museu Nacional de Arte Antiga, sobre a mostra dedicada aos tesouros portugueses dos séculos XVI a XVIII, que a partir de hoje se pode ver nos Museus do Kremlin, em Moscovo.</span></div>
<div style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span style="color: #232339; font-family: "duplicate ionic web" , serif; font-size: 20px; font-stretch: normal;"><br /></span></div>
<div style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span style="color: #232339; font-family: "duplicate ionic web" , serif; font-size: 20px; font-stretch: normal;">Focamo-nos na história e cultura de Portugal como um grande império colonial, com um papel crucial na história do mundo, explica Elena Gagarina, a diretora dos Museus do Kremlin, citada pela instituição, a propósito de Senhores do Oceano -Tesouros do Império Português do Século XVI ao XVIII. </span></div>
<div style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span style="color: #232339; font-family: "duplicate ionic web" , serif; font-size: 20px; font-stretch: normal;">É inegável que a metrópole mudou a paisagem religiosa e cultural das colónias, mas é nosso objetivo demonstrar que o processo foi mútuo, acrescenta.</span></div>
<div style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span style="color: #232339; font-family: "duplicate ionic web" , serif; font-size: 20px; font-stretch: normal;">As Descobertas são uma idade de ouro para Lisboa, a cidade onde tudo se passa, onde confluem materiais exóticos e luxuosos, que vieram a fazer parte dos primeiros gabinetes de curiosidades da Europa, geralmente nas casas mais ricas e influentes. São eles o princípio dos tesouros das casas reais europeias. </span></div>
<div style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span style="color: #232339; font-family: "duplicate ionic web" , serif; font-size: 20px; font-stretch: normal;">Alguns deles pertenciam, por exemplo, ao czares russos e terão destaque na exposição, detalha a instituição. Um desses objetos é um nautilus, do século XVII, de Goa.</span></div>
</div>
<span style="color: #232339; font-family: "duplicate ionic web" , serif; font-size: 20px; font-stretch: normal;">
A influência cultural é uma estrada de dois sentidos, defendem os Museus de Moscovo. A exposição demonstrará que peças criadas em diferentes continentes foram influenciadas por portugueses e europeus, mas não só. Combina-se a influência europeia com a Ásia, África e o Novo Mundo. Exemplos disso é a chamada arte exportada. Objetos de prata, madeira, marfim, bronze de diferentes geografias do império colonial para consumo na Europa. Alguns destes objetos demonstram ainda a emergência de motivos decorativos europeus no desenho tradicional fora da Europa. Veja-se, por exemplo, o biombo japonês datado do século XVII que pertence ao Museu Victoria & Albert, em Londres.<br />
<div class="m_-7902856771156666996ydp8a9befcaselectionShareable">
Os visitantes terão oportunidade de ver cerca de 140 obras primas de museus europeus e russos, que demonstram a magnificência da corte portuguesa durante a expansão global do império, diz a instituição, em comunicado, sobre a exposição, que pode ser vista até 25 de fevereiro no Palácio do Patriarcado.</div>
<div class="m_-7902856771156666996ydp8a9befcaselectionShareable">
O Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), constata Pimentel em declarações ao DN, é o principal emprestador nacional, dada o número de peças da época a que se dedica a exposição. Das 69 peças de Portugal que seguiram viagem para a capital russa, algumas classificadas de tesouros nacionais, 35 saíram das Janelas Verdes. Joias, marfins, ourivesaria, cerâmica, contadores, caixas, o retrato do vice-rei [da Índia] Afonso de Albuquerque, o [retrato] dito de Vasco da Gama e o retrato de uma senhora de vermelho. E, ainda, um fragmento de texto indiano que representa os portugueses no Índico.</div>
<div class="m_-7902856771156666996ydp8a9befcaselectionShareable">
À lista de empréstimos de Portugal soma-se um paramento chinês, um cofre de Namban, um relicário proveniente de Macau e peças da capela de São Roque, um biombo chinês e um colar e brincos da Casa-Museu Medeiros e Almeida, um globo do Palácio Nacional de Sintra e o Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494 por Portugal e Espanha, que se encontra na Torre do Tombo. Há também peças do Museu Britânico e do Victoria & Albert, em Londres, do Hermitage, em S. Petersburgo, bem como peças das coleções dos czares, agora no acervos dos museus do Kremlin.</div>
<div class="m_-7902856771156666996ydp8a9befcaselectionShareable">
Ontem, em Moscovo, na inauguração da exposição, o ministro da Cultura afirmou que o Império Marítimo Português inaugurou a Era da Economia-Mundo e deu início à primeira etapa do que chamamos hoje Globalização.</div>
<div class="m_-7902856771156666996ydp8a9befcaselectionShareable">
Esta exposição não só mostra a construção do Império Marítimo Português e a sua importância para a História do Mundo como documenta extensamente o impacto da chegada dos portugueses, portadores de uma Cultura Europeia, contornando a África, às longínquas paragens da Índia, da China e do Japão ou do Brasil, e, principalmente, o diálogo cultural que se estabeleceu com as culturas locais através de magníficas obras de arte que espelham a riqueza do encontro de materiais, de técnicas e de temas em que se fundem e misturam conceitos ocidentais e das civilizações contactadas, afirmou Castro Mendes.</div>
<div class="m_-7902856771156666996ydp8a9befcaselectionShareable">
A exposição divide-se em duas secções. A primeira mostra a Cultura e História de Portugal, com o foco na corte, na Igreja, no poderio naval, exibindo retratos de exploradores que desempenharam um papel importante nos Descobrimentos. Há também peças do período manuelino - designado pelos russos como um estilo de arquitetura ornamental único de Portugal, combinando gótico, mourisco, renascentista e motivos exóticos influenciados pelas viagens marítimas.</div>
<div class="m_-7902856771156666996ydp8a9befcaselectionShareable">
Um segundo núcleo apresenta peças criadas em diferentes países sob a influência da cultura portuguesa. </div>
<div class="m_-7902856771156666996ydp8a9befcaselectionShareable">
<span style="font-family: "ubuntu" , sans-serif; font-size: 0.9em; font-stretch: normal; font-weight: 700; letter-spacing: -0.03em;"><br /></span></div>
<div class="m_-7902856771156666996ydp8a9befcaselectionShareable">
<span style="font-family: "ubuntu" , sans-serif; font-size: 0.9em; font-stretch: normal; font-weight: 700; letter-spacing: -0.03em;">Com Lusa</span><br />
<span style="font-family: "ubuntu" , sans-serif; font-size: 0.9em; font-stretch: normal; font-weight: 700; letter-spacing: -0.03em;"><br /></span></div>
</span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<a class="m_-7902856771156666996enhancr_card_3481164877" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://www.dn.pt/artes/interior/kremlin-conta-uma-historia-da-globalizacao-a-partir-de-portugal-8971621.html&source=gmail&ust=1512937340501000&usg=AFQjCNFczT_myCiaKXfqWMgwbi_SuV75ig" href="https://www.dn.pt/artes/interior/kremlin-conta-uma-historia-da-globalizacao-a-partir-de-portugal-8971621.html" style="color: #1155cc; font-family: "Duplicate Ionic Web", serif; font-size: 20px;" target="_blank">Kremlin conta uma história da globalização a partir de Portugal</a></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: 13px;">
<div>
<br /></div>
<div class="m_-7902856771156666996ydp8b636d37yahoo-link-enhancr-card m_-7902856771156666996ydp8b636d37ymail-preserve-class m_-7902856771156666996ydp8b636d37ymail-preserve-style" id="m_-7902856771156666996ydp8b636d37enhancr_card_3481164877" style="font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, "Segoe UI", Arial, sans-serif; max-width: 400px;">
<a class="m_-7902856771156666996ydp8b636d37yahoo-enhancr-cardlink" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://www.dn.pt/artes/interior/kremlin-conta-uma-historia-da-globalizacao-a-partir-de-portugal-8971621.html&source=gmail&ust=1512937340501000&usg=AFQjCNFczT_myCiaKXfqWMgwbi_SuV75ig" href="https://www.dn.pt/artes/interior/kremlin-conta-uma-historia-da-globalizacao-a-partir-de-portugal-8971621.html" rel="nofollow" style="color: rgb(0, 0, 0) !important; text-decoration-line: none !important;" target="_blank"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_-7902856771156666996ydp8b636d37card-wrapper m_-7902856771156666996ydp8b636d37yahoo-ignore-table" style="max-width: 400px;"><tbody>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px;" width="400"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_-7902856771156666996ydp8b636d37card m_-7902856771156666996ydp8b636d37yahoo-ignore-table" style="border-color: rgb(224, 228, 233); border-radius: 2px; border-style: solid; border-width: 1px; max-width: 400px; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td background="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEi7PFmN4XXRY5Ke-CegpOKklrylScBBH8wrI7q9v2FrUtAdHZV-tpqYZtmcZhQqNwW2VE_R2lhRffIHF1gnVa0sYzycppJ8po5SZESgwsT02LeBx2aQQ-B8a7efkaLjLLOSrfZgHzTWAfcq3ZLB9Djsy1g7fbQgPUM6zaOzL-axYQxvFP9Ifm8Y-YnnbRZnYqjBAMO4lDm94vdJhKwVjDjPYIl06dKI8SuQj0gbzDITZg9SONJpCVR7QKDdIeYijqpGvCvUkr8JrT-ZQ5uOJ-5COd8oEC7SLMgVxhm_zKYho6UNOnEALwFCrb1stMmi6nVJ8MbUReq4z76F8_uDPRhXT-dN_3Wu30ILWyCeNW2JUkopbE6nqaDnJOW5kjAFZcn_EuUxVmmoh9O9jZLRAW35AAKDSjzL2Pwkk2QSe3sri9M=s0-d-e1-ft&type=generate&name=original&w=800&h=420&id=8971621&watermark=true&t=20171208001600.cf.jpg" bgcolor="#000000" class="m_-7902856771156666996ydp8b636d37card-primary-image-cell" height="175" style="background-color: black; background-image: url("https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEi7PFmN4XXRY5Ke-CegpOKklrylScBBH8wrI7q9v2FrUtAdHZV-tpqYZtmcZhQqNwW2VE_R2lhRffIHF1gnVa0sYzycppJ8po5SZESgwsT02LeBx2aQQ-B8a7efkaLjLLOSrfZgHzTWAfcq3ZLB9Djsy1g7fbQgPUM6zaOzL-axYQxvFP9Ifm8Y-YnnbRZnYqjBAMO4lDm94vdJhKwVjDjPYIl06dKI8SuQj0gbzDITZg9SONJpCVR7QKDdIeYijqpGvCvUkr8JrT-ZQ5uOJ-5COd8oEC7SLMgVxhm_zKYho6UNOnEALwFCrb1stMmi6nVJ8MbUReq4z76F8_uDPRhXT-dN_3Wu30ILWyCeNW2JUkopbE6nqaDnJOW5kjAFZcn_EuUxVmmoh9O9jZLRAW35AAKDSjzL2Pwkk2QSe3sri9M=s0-d-e1-ft&type=generate&name=original&w=800&h=420&id=8971621&watermark=true&t=20171208001600.cf.jpg"); background-size: cover; border-radius: 2px 2px 0px 0px; margin: 0px; min-height: 175px;" valign="top"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_-7902856771156666996ydp8b636d37card-overlay-container-table m_-7902856771156666996ydp8b636d37yahoo-ignore-table" style="width: 398px;"><tbody>
<tr><td background="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhofjfT0YKD4quZeP2MWPtvrE4miTikv2Wrxxd0zRTlkcIoxOFWaXnfO4jiqkbkA2dY8W8YGe220Yhb4U79PQvyViraTK-A2fxl5NKtJbWKC4Dn0iafJ6vxeCvH2KcynEzRrgNfG23To-OVp3fi6VcIRnwlEtfkt1FA2v6jFqJj0LBA-rj9dPr5amXIoHd81iEXdw=s0-d-e1-ft" bgcolor="transparent" class="m_-7902856771156666996ydp8b636d37card-overlay-cell" style="background-color: transparent; background-image: url("https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhofjfT0YKD4quZeP2MWPtvrE4miTikv2Wrxxd0zRTlkcIoxOFWaXnfO4jiqkbkA2dY8W8YGe220Yhb4U79PQvyViraTK-A2fxl5NKtJbWKC4Dn0iafJ6vxeCvH2KcynEzRrgNfG23To-OVp3fi6VcIRnwlEtfkt1FA2v6jFqJj0LBA-rj9dPr5amXIoHd81iEXdw=s0-d-e1-ft"); border-radius: 2px 2px 0px 0px; margin: 0px; min-height: 175px;" valign="top"><table border="0" class="m_-7902856771156666996ydp8b636d37yahoo-ignore-table" style="height: 175px; min-height: 175px; width: 398px;"><tbody>
<tr><td class="m_-7902856771156666996ydp8b636d37card-richInfo2" style="margin: 0px; padding: 15px 0px 0px 15px; vertical-align: top;"></td><td class="m_-7902856771156666996ydp8b636d37card-actions" style="margin: 0px; padding: 15px 15px 0px 0px; text-align: right; vertical-align: top;"><div class="m_-7902856771156666996ydp8b636d37card-share-container">
</div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
<tr><td style="margin: 0px;"><table align="center" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_-7902856771156666996ydp8b636d37card-info m_-7902856771156666996ydp8b636d37yahoo-ignore-table" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border-radius: 0px 0px 2px 2px; border-top: 1px solid rgb(224, 228, 233); max-width: 400px; width: 398px;"><tbody>
<tr><td style="border-radius: 0px 0px 0px 2px; margin: 0px; padding: 16px 0px 16px 12px; vertical-align: top;"></td><td style="border-radius: 0px 0px 2px; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, "Segoe UI", Arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 12px 24px 16px 12px; vertical-align: middle; width: 350px;"><h2 class="m_-7902856771156666996ydp8b636d37card-title" style="color: #26282a; font-size: 14px; line-height: 19px; margin: 0px 0px 6px;">
Kremlin conta uma história da globalização a partir de Portugal</h2>
<div class="m_-7902856771156666996ydp8b636d37card-description" style="color: #979ba7; font-size: 12px; line-height: 16px;">
Tesouros que contam a história do império português entre o século XVI e XVIII podem ser vistos em Moscovo.</div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</a></div>
<div>
<br /></div>
</div>
</div>
Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-52846182532660078632017-11-26T11:39:00.002+00:002017-11-26T11:41:41.517+00:00Arte comprada com açúcar da Madeira em exposição em Lisboa<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
A arte adquirida com o dinheiro do açúcar produzido na Madeira, entre os séculos XV e XVI, desde pintura, escultura e ourivesaria, vai estar em exposição no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, a partir de hoje.<br />
Uma selecção de 86 obras, que o chamado “ouro branco” comprou naquele período de grande prosperidade económica, faz o conteúdo desta exposição que abre ao público na quinta-feira, no âmbito das celebrações dos 600 anos da descoberta da Madeira.<br />
‘As ilhas do ouro branco - Encomenda Artística na Madeira (séculos XV-XVI)’ é comissariada por Francisco Clode de Sousa e Fernando António Baptista Pereira.<br />
Foi este “ouro branco” escoado para os mercados europeus, numa altura em que o açúcar ainda era raro e caro, que proporcionou umenorme desenvolvimento local na Madeira.<br />
Os mercadores que levavam o açúcar para Bruges e Antuérpia, entre outras cidades da Flandres, regressavam regularmente à Madeira com muitas obras de arte, sobretudo de carácter religioso, entre pintura, escultura, artes decorativas e ourivesaria.<br />
Na exposição, o público poderá ver, segundo os comissários, “a mais importante e emblemática escultura da Madeira, com extraordinária qualidade do entalhe escultórico”, uma Virgem e o Menino do século XVI, proveniente da Flandres.<br />
Outras obras em destaque, da Flandres, são o Retábulo dos Reis Magos, de uma oficina de Antuérpia, de 1530, um óleo sobre madeira dourada e policromada, e o tríptico de Jan Provost, da escola flamenga, de 1529, com Nossa Senhora da Misericórdia ao centro, ladeada pelos santos Cristóvão, Paulo, Pedro e Sebastião.<br />
Proveniente da Ásia, a cana-de-açúcar terá começado a ser importada da Sicília pelo Infante D. Henrique, que introduziu o seu cultivo na Madeira, um projecto de rápida expansão.<br />
A exposição ficará patente ao público no Museu Nacional de Arte Antiga até 18 de Março de 2018.<br />
=================<br />
<img height="180" src="https://mail.google.com/mail/u/0/?ui=2&ik=784529a307&view=fimg&th=15fc7590901548e1&attid=0.1&disp=emb&attbid=ANGjdJ85GkD3wh0eiRKoo_g2vostvq88VvwkktAOCjBQAOn4pbPb5gR-h8D1Mse1qgHhF76fA6x1R4-H-2AMMpn3bhIyYfiCOfco9JYy3FKL3GEFrsHyj40jRtNA2i8&sz=s0-l75-ft&ats=1511696037821&rm=15fc7590901548e1&zw&atsh=1" width="320" /><br />
<div>
<br /></div>
<div>
<h1 class="m_-3418789355047717768ydp6d575b1eheadline m_-3418789355047717768ydp6d575b1efont-1 m_-3418789355047717768ydp6d575b1emedium m_-3418789355047717768ydp6d575b1ebold" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; line-height: 1.1; margin: 0px 0px 7px; padding: 0px;">
<span style="font-size: xx-small;">Fonte: <a href="http://www.dnoticias.pt/5-sentidos/arte-comprada-com-acucar-da-madeira-em-exposicao-em-lisboa-IA2354857">http://www.dnoticias.pt/5-sentidos/arte-comprada-com-acucar-da-madeira-em-exposicao-em-lisboa-IA2354857</a></span></h1>
</div>
</div>
Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-1065158298651277342017-11-26T11:15:00.000+00:002017-11-26T11:16:54.915+00:00Um ingate à laia do Puorto...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Deliciei-me a ler este lindíssimo texto do amigo Rui, um tripeiro conhecedor das suas gentes e lugares.<br />
«O PORTO ESTÁ NA MODA»! É ler este texto, e ver as «vistas» lindíssimas do Porto que o Rui colocou. Aí, sim, todos compreenderão porque o Porto está na moda.<br />
<br />
(<a href="https://coisas-da-fonte.blogspot.pt/2017/11/um-ingate-laia-do-puorto-cap-i-ii-iii-e.html?showComment=1511693640247#c4295776081018400785">https://coisas-da-fonte.blogspot.pt/2017/11/um-ingate-laia-do-puorto-cap-i-ii-iii-e.html?showComment=1511693640247#c4295776081018400785</a>)<br />
<br />
Depois de muito rir, fui «ter» com o «Sousa da Ponte». A continuação do bem falar tripeiro.<br />
<br />
(<a href="https://www.youtube.com/watch?v=AC3EyhWpTTI&list=PLXmctBpsQY-IenE849mKV4yzDcWAn8hO1">https://www.youtube.com/watch?v=AC3EyhWpTTI&list=PLXmctBpsQY-IenE849mKV4yzDcWAn8hO1</a>)<br />
<br /></div>
Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-60638417553018255252017-11-26T11:03:00.005+00:002017-11-26T11:03:36.872+00:00Lista de Chefes de Governo de Portugal<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: small;">
<span style="font-size: small;">Lista de Chefes de Governo de Portugal desde a instituição oficial do cargo em 1834, com o restabelecimento da Monarquia Constitucional, com o nome de Presidente do Conselho de Ministros, até ao presente .</span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: small;">
<a class="m_-3156684770332483732ydp38785379enhancr_card_3173746569" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_chefes_de_governo_de_Portugal&source=gmail&ust=1511780502670000&usg=AFQjCNF8dX7JhuLQm6Hbv5nYRvvpXDDF4g" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_chefes_de_governo_de_Portugal" rel="nofollow" style="color: #1155cc;" target="_blank">Lista de chefes de governo de Portugal – Wikipédia, a enciclopédia livre</a></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: "bookman old style", "new york", times, serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div class="m_-3156684770332483732ydp38785379yahoo-link-enhancr-card m_-3156684770332483732ydp38785379ymail-preserve-class m_-3156684770332483732ydp38785379ymail-preserve-style" id="m_-3156684770332483732ydp38785379enhancr_card_3173746569" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, "Segoe UI", Arial, sans-serif; font-size: small; max-width: 400px;">
<a class="m_-3156684770332483732ydp38785379yahoo-enhancr-cardlink" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-PT&q=https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_chefes_de_governo_de_Portugal&source=gmail&ust=1511780502670000&usg=AFQjCNF8dX7JhuLQm6Hbv5nYRvvpXDDF4g" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_chefes_de_governo_de_Portugal" rel="nofollow" style="color: rgb(0, 0, 0) !important; text-decoration-line: none !important;" target="_blank"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_-3156684770332483732ydp38785379card-wrapper m_-3156684770332483732ydp38785379yahoo-ignore-table" style="max-width: 400px;"><tbody>
<tr><td style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0px;" width="400"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_-3156684770332483732ydp38785379card m_-3156684770332483732ydp38785379yahoo-ignore-table" style="border-color: rgb(224, 228, 233); border-radius: 2px; border-style: solid; border-width: 1px; max-width: 400px; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td background="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEiZ5QHje9AGkTDzg_mxirvj7C_YmIq2owuufCCJemf6nXR8l_9aYvVmtKOJQSGtdyWbQHHHWd5bLT325szzoX5Rn-AbmUrfXqSAr4htg7pojJ5IT-WoFpQAZf2PiBjbKxAZXLS9RIfcO8IKSRnPc-ls8kjUEiUEB6xMS6GKBrecrvzgX0ODi85gswXs5aLIU9jc9QMi9VTsJRTuFRhFP4YBRpnt7XLCXLjI71bB_BDcJa-LTbxh6JQwteTyOOv7jvW58z29cTgo6OOLwNgFTECueefuOb897qvIlLVT8n2ovlRJXmIZPcoRZctV_NJQSsRIS2HSi54MNuHEIy5qvLPCmeJ2cq0XuTpV7RJCMatjeoMTjzfHC_p441dvDEyztI8jDospcXhs-95fkyUAtlEIHJi7mSCFd2GUrD9IpwKIO1Up-HUu=s0-d-e1-ft" bgcolor="#000000" class="m_-3156684770332483732ydp38785379card-primary-image-cell" height="175" style="background-color: black; background-image: url("https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEiZ5QHje9AGkTDzg_mxirvj7C_YmIq2owuufCCJemf6nXR8l_9aYvVmtKOJQSGtdyWbQHHHWd5bLT325szzoX5Rn-AbmUrfXqSAr4htg7pojJ5IT-WoFpQAZf2PiBjbKxAZXLS9RIfcO8IKSRnPc-ls8kjUEiUEB6xMS6GKBrecrvzgX0ODi85gswXs5aLIU9jc9QMi9VTsJRTuFRhFP4YBRpnt7XLCXLjI71bB_BDcJa-LTbxh6JQwteTyOOv7jvW58z29cTgo6OOLwNgFTECueefuOb897qvIlLVT8n2ovlRJXmIZPcoRZctV_NJQSsRIS2HSi54MNuHEIy5qvLPCmeJ2cq0XuTpV7RJCMatjeoMTjzfHC_p441dvDEyztI8jDospcXhs-95fkyUAtlEIHJi7mSCFd2GUrD9IpwKIO1Up-HUu=s0-d-e1-ft"); background-size: cover; border-radius: 2px 2px 0px 0px; margin: 0px; min-height: 175px;" valign="top"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_-3156684770332483732ydp38785379card-overlay-container-table m_-3156684770332483732ydp38785379yahoo-ignore-table" style="width: 398px;"><tbody>
<tr><td background="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhofjfT0YKD4quZeP2MWPtvrE4miTikv2Wrxxd0zRTlkcIoxOFWaXnfO4jiqkbkA2dY8W8YGe220Yhb4U79PQvyViraTK-A2fxl5NKtJbWKC4Dn0iafJ6vxeCvH2KcynEzRrgNfG23To-OVp3fi6VcIRnwlEtfkt1FA2v6jFqJj0LBA-rj9dPr5amXIoHd81iEXdw=s0-d-e1-ft" bgcolor="transparent" class="m_-3156684770332483732ydp38785379card-overlay-cell" style="background-color: transparent; background-image: url("https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhofjfT0YKD4quZeP2MWPtvrE4miTikv2Wrxxd0zRTlkcIoxOFWaXnfO4jiqkbkA2dY8W8YGe220Yhb4U79PQvyViraTK-A2fxl5NKtJbWKC4Dn0iafJ6vxeCvH2KcynEzRrgNfG23To-OVp3fi6VcIRnwlEtfkt1FA2v6jFqJj0LBA-rj9dPr5amXIoHd81iEXdw=s0-d-e1-ft"); border-radius: 2px 2px 0px 0px; margin: 0px; min-height: 175px;" valign="top"><table border="0" class="m_-3156684770332483732ydp38785379yahoo-ignore-table" style="height: 175px; min-height: 175px; width: 398px;"><tbody>
<tr><td class="m_-3156684770332483732ydp38785379card-richInfo2" style="margin: 0px; padding: 15px 0px 0px 15px; vertical-align: top;"></td><td class="m_-3156684770332483732ydp38785379card-actions" style="margin: 0px; padding: 15px 15px 0px 0px; text-align: right; vertical-align: top;"><div class="m_-3156684770332483732ydp38785379card-share-container">
</div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
<tr><td style="margin: 0px;"><table align="center" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="m_-3156684770332483732ydp38785379card-info m_-3156684770332483732ydp38785379yahoo-ignore-table" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border-radius: 0px 0px 2px 2px; border-top: 1px solid rgb(224, 228, 233); max-width: 400px; width: 398px;"><tbody>
<tr><td style="border-radius: 0px 0px 0px 2px; margin: 0px; padding: 16px 0px 16px 12px; vertical-align: top;"></td><td style="border-radius: 0px 0px 2px; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, "Segoe UI", Arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 12px 24px 16px 12px; vertical-align: middle; width: 350px;"><h2 class="m_-3156684770332483732ydp38785379card-title" style="color: #26282a; font-size: 14px; line-height: 19px; margin: 0px 0px 6px;">
Lista de chefes de governo de Portugal – Wikipédia, a enciclopédia livre</h2>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</a></div>
</div>
Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-5465575795874343302017-11-21T17:39:00.000+00:002017-11-21T17:39:13.011+00:00Os tesouros dos Descobrimentos portugueses chegam a Moscovo<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Museus do Kremlim vão mostrar relíquias dos museus do Oriente e de Arte Antiga<div>
<br /><a href="http://mediaserver2.rr.pt/newrr/17vportg0631119ca5.jpg"><img height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhjTcPAUiSbTo7CAha-3DaNtOG_1FA1aQ4HMQ97TKh32IuNG2YlyK7XIOqg1lzmcBry6YMGG1IihbiBCVRGPRjWvei_jzvqybLTzMM0hWPPCrNvwXkG1NT4AMJ7dHCuzePu7h3rHuY9FnyiXPW1YkPvqyk2Cickryckwdg=s0-d-e1-ft" width="320" /></a><div>
<br /></div>
<div>
<a href="http://mediaserver2.rr.pt/newrr/17vportg0631119ca5.jpg">Uma arca indiana, do século XVII</a><br /></div>
<div>
Os Museus do Kremlin, em Moscovo, vão organizar uma <a href="http://www.kreml.ru/en-Us/exhibitions/moscow-kremlin-exhibitions/vladyki-okeana-sokrovishcha-portugalskoy-imperii-xvi-xviii-vv/">exposição</a> de Dezembro deste ano a Fevereiro de 2018 sobre a época dos Descobrimentos portugueses.<br />A exposição “Lords of the Ocean. Treasures of the Portuguese Empire of the 16th-18th centuries” terá mais de 200 peças, provenientes maioritariamente de Portugal e da Rússia.<br />O Museu do Oriente e o Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, vão ceder algumas relíquias das suas colecções à exposição russa. Entre elas, está um cofre indiano em prata, um contador do Sri Lanka coberto por marfim e uma taça goesa em prata e casca de coco.<br /><br />A exposição consegue demonstrar “a magnificência da Corte portuguesa, as tradições de navegação”, a ciência e a cultura da época, ao mesmo tempo que evidencia a “influência mútua e as trocas culturais” entre os portugueses e as colónias na Índia, China, Japão, África e Brasil, dizem os Museus do Kremlin.<br /><br />Portugal teve o “primeiro império colonial do período moderno inicial”. Nele os portugueses foram “pioneiros nas trocas de comunicação e na ligação de África e da Ásia com a Europa”. Resultado: “peças de arte únicas no seu impacto cultural”.<br /><br />Os museus russos acrescentam ainda que toda a época dos Descobrimentos testemunhou o “inundar da Europa em materiais naturais exóticos e objectos de luxo” que se tornaram tesouros indispensáveis à cultura europeia.<br /><br />A exposição está dividida em duas secções. Na primeira, está exposta a cultura e História de Portugal dos séculos XVI e XVII. Esta secção foca-se na corte real, Igreja, poder naval e em alguns dos navegadores mais importantes da época. Alguns instrumentos de navegação, livros, armas, mapas, objectos de cerimónia, moedas e joalharia também são incluídos nesta primeira parte.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Já a segunda apresenta peças criadas nas colónias portuguesas:<br />Um contador do Ceilão, Sri Lanka<br />Uma carta náutica do Atlântico Norte, datado de cerca de 1550<br />Contador com arte nanban, Japão, fim do século XVI, início do século XVII século XVII<br />Estribo para cavaleiro da arte nanban, Japão, fim do século XVI, início do século XVII<br />Copo, Goa, Índia, primeira metade do século XVII<br /><br /><a href="http://rr.sapo.pt/noticia/79501/os_tesouros_dos_descobrimentos_portugueses_chegam_a_moscovo">Os tesouros dos Descobrimentos portugueses chegam a Moscovo - Renascença</a><br /><a href="http://rr.sapo.pt/noticia/79501/os_tesouros_dos_descobrimentos_portugueses_chegam_a_moscovo"><br />Os tesouros dos Descobrimentos portugueses chegam a Moscovo - Renascença<br /><br />Renascença<br /><br />Museus do Kremlim vão mostrar relíquias dos museus do Oriente e de Arte Antiga. Veja as imagens.</a></div>
</div>
</div>
Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8259515514851953183.post-26397054456801631922017-07-20T15:56:00.000+01:002017-07-29T15:52:08.238+01:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<h2 style="text-align: left;">
DESAFIO...</h2>
(Este género de desafio aprendi com o Rui, do <a href="https://coisas-da-fonte.blogspot.pt/">https://coisas-da-fonte.blogspot.pt/</a>)<br />
<br />
Esta foto foi captada na «Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto».<br />
<br />
Eis o desafio:<br />
<br />
1 Este lindíssimo Hummer está parado à entrada de que rua?<br />
2 Que serviços se encontravam instalados no prédio cor-de-rosa, antes das suas novas funções (lado esquerdo da foto)?<br />
3 Que serviços de encontram instalados no prédio branco (lado direito da foto, e que faz esquina)?<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZPfGA5A6jNLzYle6qglaq2Knu4lFineFS3ZiuSHLgyBo5Pvhpv2yq9aZS-5jBwqKztCCtvKwtK-zrRCkNVX4B4WgWive8eMEHOJOZEVQosu19a_CFk7Vk89V9a4gLmfgsnaQkSGmFnaOs/s1600/20170718_150736.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="638" data-original-width="1135" height="178" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZPfGA5A6jNLzYle6qglaq2Knu4lFineFS3ZiuSHLgyBo5Pvhpv2yq9aZS-5jBwqKztCCtvKwtK-zrRCkNVX4B4WgWive8eMEHOJOZEVQosu19a_CFk7Vk89V9a4gLmfgsnaQkSGmFnaOs/s320/20170718_150736.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Respostas para: jaimehfmbraga@gmail.com<br />
...<br />
<br />
Parabéns: AFRODITE, RUI e PROF. MS. JOÃO PAULO DE OLIVEIRA por terem respondido acertadamente às três questões.<br />
Parabéns e obrigado a todos os participantes.</div>
Jaimehttp://www.blogger.com/profile/03514382477460345630noreply@blogger.com14